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O Sonho de Cassandra

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Drama 108 min 2007 M/16 10/01/2008 GB, EUA

Título Original

Cassandra's Dream

Sinopse

Woody Allen continua de costas voltadas para a América. "O Sonho de Cassandra", que antecede a sua incursão por terras espanholas, volta a ter o Reino Unido como palco e tem Ewan McGregor e Colin Farrell como protagonistas. Ian e Terry são irmãos. Apesar dos problemas económicos que enfrentam, compram um veleiro em segunda mão chamado "O Sonho de Cassandra", com o objectivo de o recuperarem e poderem navegar durante os fins-de-semana. Ian apaixona-se por Ângela, uma jovem actriz que procura o êxito no mundo da representação. Já a maior paixão de Terry é o jogo e as dívidas que vai acumulando vão deixá-los numa situação delicada. Quando o tio Howard regressa dos Estados Unidos, traz com ele o que parece ser um alívio económico para Ian e Terry. Mas tudo tem um preço e os dois irmãos serão postos à prova. <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Woody em piloto automático

Jorge Mourinha

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

O Sonho de Cassandra

Joao Guerra

Mais um ano, mais um filme de Woody Allen, que j� nos habituou ao seu filme anual. Se por um lado, os verdadeiros f�s n�o podem passar sem esse momento anual, por outro, pode n�o ser positivo para a sua obra realizar um filme por ano. Deixemos de lado essa aparente tentativa de bater um qualquer record, a verdade � que um filme de Woddy Allen, a meu ver, continuar� sempre a ser um acontecimento, ainda que este "O Sonho de Cassandra" seja apenas um filme bom. Esta � uma obra na qual o realizador retoma a tem�tica do crime e castigo, e dos dilemas morais que atormentam quem se torna um assassino. Regressa igualmente ao crime enquanto garantia de ascens�o social, divagando novamente pela oposi��o existente entre diferentes classes sociais e as oportunidades d�spares que normalmente est�o associadas a cada uma das posi��es na sociedade. Vem, pois, na senda de "Crimes e Escapadelas" e do mais recente "Match Point". Este filme conta-nos a hist�ria de dois irm�os (interpretados por Ewan McGregor e Colin Farrel), oriundos de classe m�dia baixa, que n�o estando satisfeitos com a vida que levam, aceitam cometer um crime, como passaporte para uma vida melhor. O sotaque brit�nico continua a assentar como uma luva na obra do realizador, o argumento � um pouco requentado, mas as interpreta��es sao consistentes e h� momentos verdadeiramente �nicos. Ainda que o fim do filme, seja um pouco despachado, o que j� vem sendo t�pico (mas outra coisa n�o seria de esperar, dada a inspira��o nas trag�dias gregas), s�o cerca de 100 minutos muito bem passados, acompanhados pela m�sica de Phillip Glass, que sem d�vida contribui muito para o bom desempenho do filme. Fica, no entanto, a quest�o: ir� Woody Allen, com a mudan�a para Barcelona, novamente com Scarlett Johansson, e com o contributo de Penelope Cruz, dar uma nova volta na sua carreira? Esperemos que sim.<BR/>http://mr-robinson.blogspot.com/
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Trag�dia de jogadores

Nazar�

� fatal a tenta��o de comparar este filme com Match Point. E, apesar do interessante argumento e de momentos dram�ticos muito bem conseguidos, n�o lhe chega aos calcanhares. Mas recomenda-se. A dualidade entre os dois irm�os (Ewan McGregor e Colin Farrell) � a espinha dorsal do argumento, t�o diferentes entre si mas t�o a mesma coisa na sua ess�ncia. E se tudo o que fazem � diferente, se os que os rodeiam (a come�ar pelos pais) os distinguem tanto um do outro, eles est�o ligados umbilicalmente como se g�meos siameses fossem. Ambos s�o jogadores, ao ponto de viverem obsecados com jogos de altas paradas. Jogos diferentes, claro. At� que um tio misterioso (Tom Wilkinson) entra em cena e mete-os num jogo onde eles n�o se sentem � vontade. O argumento � muito inteligente, desenvolvendo-se a partir da "tal" jogada por dois rumos totalmente diferentes, que de t�o antag�nicos se tornam inconcili�veis. Como nunca antes tinham sido as vidas destes irm�os.<BR/>O pior defeito deste filme, e um defeito grave, � a direc��o de actores. Sobretudo na primeira metade, quase todos os di�logos soam a falso, soam a est�dio, ou a palco de teatro, s�o fraco cinema. As personagens parece que foram coladas aos cen�rios, como se de cromos animados se tratassem. Isso � t�o espantoso em Woody Allen, que at� se poderia pensar que ele o fez de prop�sito. Se o fez, � uma experimenta��o que s� consegue colher estranheza e � muito injusta para com o excelente lote de actores deste filme. Talvez valha pelo efeito de progressiva familiaridade que vamos tendo a partir da metade, mas estranha-se. Tal como se estranha a incapacidade das personagens de mentirem. S�o cromos, mesmo!<BR/>Colin Farrell, quase sempre com a cara amachucada pelas suas ang�stias, tem a representa��o mais apaixonante. Mas sem McGregor a fazer-lhe o contraste, n�o iria ter o mesmo efeito. No fundo, � uma trag�dia interessante, que na forma pode ser esquisita, mas que pelo fazer-nos pensar tem bastante m�rito.
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Trag�dia de jogadores

Nazar�

� fatal a tenta��o de comparar este filme com Match Point. E, apesar do interessante argumento e de momentos dram�ticos muito bem conseguidos, n�o lhe chega aos calcanhares. Mas recomenda-se. A dualidade entre os dois irm�os (Ewan McGregor e Colin Farrell) � a espinha dorsal do argumento, t�o diferentes entre si mas t�o a mesma coisa na sua ess�ncia. E se tudo o que fazem � diferente, se os que os rodeiam (a come�ar pelos pais) os distinguem tanto um do outro, eles est�o ligados umbilicalmente como se g�meos siameses fossem. Ambos s�o jogadores, ao ponto de viverem obsecados com jogos de altas paradas. Jogos diferentes, claro. At� que um tio misterioso (Tom Wilkinson) entra em cena e mete-os num jogo onde eles n�o se sentem � vontade. O argumento � muito inteligente, desenvolvendo-se a partir da "tal" jogada por dois rumos totalmente diferentes, que de t�o antag�nicos se tornam inconcili�veis. Como nunca antes tinham sido as vidas destes irm�os.<BR/>O pior defeito deste filme, e um defeito grave, � a direc��o de actores. Sobretudo na primeira metade, quase todos os di�logos soam a falso, soam a est�dio, ou a palco de teatro, s�o fraco cinema. As personagens parece que foram coladas aos cen�rios, como se de cromos animados se tratassem. Isso � t�o espantoso em Woody Allen, que at� se poderia pensar que ele o fez de prop�sito. Se o fez, � uma experimenta��o que s� consegue colher estranheza e � muito injusta para com o excelente lote de actores deste filme. Talvez valha pelo efeito de progressiva familiaridade que vamos tendo a partir da metade, mas estranha-se. Tal como se estranha a incapacidade das personagens de mentirem. S�o cromos, mesmo!<BR/>Colin Farrell, quase sempre com a cara amachucada pelas suas ang�stias, tem a representa��o mais apaixonante. Mas sem McGregor a fazer-lhe o contraste, n�o iria ter o mesmo efeito. No fundo, � uma trag�dia interessante, que na forma pode ser esquisita, mas que pelo fazer-nos pensar tem bastante m�rito.
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O Sonho de Cassandra - Trag�dia Grega Adaptada ao S�culo XXI

Ant�nio Merc�s

O mais recente trabalho de Woody Allen, desta feita exclusivamente como realizador-argumentista, explora uma das facetas mais comuns ao ser humano, nomeadamente, a ambi��o. � esta mesma ambi��o que impulsionar� os dois irm�os protagonistas a ultrapassarem uma linha (a capacidade de matar um semelhante, em prol de interesses pessoais), da qual j� n�o poder�o voltar atr�s, a partir do momento a que tomam a sua decis�o. Partindo desta no��o est� constru�da a trama que se constitui como o principal fio condutor da narrativa. Ali�s, toda a estrutura f�lmica parece assentar na f�rmula da trag�dia cl�ssica grega: um atentado � integridade f�sica de um semelhante, que acaba por determinar a sua morte (constituindo-se subsequentemente como um desafio aos c�digos �tico-morais de uma sociedade - a condena��o do homic�dio volunt�rio - no��o de hybris); bem como o final fratricida, em que o irm�o atormentado pela culpa mata acidentalmente o outro irm�o, que at� parecia viver bem com a sua consci�ncia, apesar do acto perpetrado. Ap�s matar o irm�o, aquele que vivia atormentado acaba por se suicidar. Ou seja, no fim de contas, a justi�a acaba � exercida pelo inexor�vel agente do tempo: o pr�prio destino, que acaba por chegar a todos, de acordo com o procedimento das ac��es individuais de cada um.<BR/>O caracter�stico humor negro de Woody Allen encontra-se igualmente presente neste trabalho, pautando o "comic relief" em cenas aparentemente de carga dram�tica pesada - funcionando assim como contraponto.<BR/>Trata-se de um trabalho minimamente competente, no qual destaco a agrad�vel surpresa em que se constitui o desempenho da jovem actriz Hayley Atwell (no papel de Angela Stark). <BR/>
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mau

Jack the Nipple

Um filme sem nada para dizer, e que ainda por cima demora demasiado a diz�-lo
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Não concordo com a crítica

Lu�s Coelho

N�o concordo com a cr�tica relativamente � impress�o da mesma relativa ao novo filme de Woody Allen. � certo que � "mais do mesmo", mas n�o tem uma qualidade muito inferior ao de "Match Point"; ali�s, a tem�tica relacionada com a moral e a quest�o da �tica e o sentido da ac��o est� no filme, muito mais do que no anterior "Scoop". Este � um filme extremamente parecido com "Match Point" e, � semelhan�a deste, possui muitas pitadas de "Crimes e Escapadelas". Apesar de o filme ser parcialmente previs�vel, n�o deixa de ter um final surpreendente.<BR/>Em geral, gostei bastante deste filme. Agarra, possui v�rios condimentos pr�prios de Allen, uma fotografia excelente, interpreta��es magistrais. A meu ver, a cr�tica subestima este filme. Continua a ser Woody Allen.
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Sentimentos estranhos

XX

� um filme como todos os que caracterizam este realizador: ele diverte-se com as personagens e com o p�blico. Mexe com as emo��es estranhas que temos e esse � o �nico ponto hraco, sa�mos do filme com sentimentos estranhos e emo��es menos boas.
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