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Melinda e Melinda

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Comédia 97 min 2004 M/12 06/01/2005 EUA

Título Original

Melinda and Melinda

Sinopse

Num encontro de amigos contam-se duas histórias, uma com um enfoque dramático e a outra cómico, sobre Melinda, uma mulher com problemas emocionais que procura ajuda junto dos amigos. Uma das histórias relata a chegada de Melinda a casa de uma amiga, chamada Laurel, e do marido, durante um jantar com um produtor. Na outra história, Melinda aparece sem avisar em casa dos vizinhos, a realizadora Susan e o marido. <br />"Melinda e Melinda" é o novo filme de Woody Allen e volta a tratar os temas que são caros ao realizador, entre os quais a infidelidade, a fragilidade do amor, o romance e a incapacidade de comunicar. <p> </p>PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

Uma questão de perspectiva

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Há quem acuse Woody Allen de ter entrado numa fase pouco criativa e demasiado repetitiva, com recurso constante aos mesmos ambientes, personagens-tipo e referências. De facto, os seus últimos filmes não têm marcado propriamente pela surpresa, embora contenham traços de eficácia - os diálogos, sobretudo - que permitem ignorar, pelo menos parcialmente, alguma insistência na auto-citação. "A Vida e Tudo o Mais" ("Anything Else"), de 2004, foi talvez o mais refrescante filme do realizador nos últimos anos, convocando o par Jason Biggs/Christina Ricci para uma bem-conseguida comédia romântica. "Melinda e Melinda" ("Melinda and Melinda"), a sua nova obra, apresenta uma premissa diferente do filme anterior e aposta na exploração das peripécias de uma personagem - Melinda - segundo duas perspectivas: uma tendencialmente cómica, outra baseada numa vertente mais dramática.<BR/><BR/>O cinema de Allen sempre conciliou, com maior ou menor intensidade, estas duas componentes, por isso "Melinda e Melinda" não traz nada que o realizador não tenha já abordado. De resto, a história cómica de Melinda adquire, aos poucos, episódios mais dramáticos, enquanto que a história inicialmente trágica incorpora, a espaços, momentos de humor. Esta interligação, quase inevitável na filmografia do cineasta, já não é propriamente uma novidade, mas tal não seria problemático para "Melinda e Melinda" caso o ponto de partida fosse trabalhado com consistência e uma forte carga inventiva. Contudo, esta(s) história(s) de uma mulher emocionalmente vulnerável que encontra algum calor humano ao interromper um jantar de amigos e vizinhos - naturalmente, ligados ao meio artístico -, que até começa de forma promissora, não gera muitas surpresas ou particular envolvência.<BR/><BR/>O tipo de personagens de "Melinda e Melinda" segue a linha habitual de Allen, ou seja, são neuróticas q.b., vivem amores desencontrados e encontram-se algo desorientadas. <BR/>O problema é que nenhuma suscita muita empatia ou complexidade, em parte porque não há nenhuma que seja muito explorada, com eventual excepção da(s) protagonista(s). É pena, porque no vasto elenco há actores que mereciam personagens mais fortes e consistentes - Chloë Sevigny (sempre apelativa, ainda que subaproveitada), Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor ou mesmo um irregular Will Ferrell -, mas que aqui mais não são do que figuras bidimensionais e pouco carismáticas. A protagonista Radha Mitchell é competente, mas Melinda - tanto na vertente cómica como na dramática - não é uma personagem especialmente aliciante, e por isso o filme nunca chega a conquistar.<BR/><BR/>Claro que, sendo "Melinda e Melinda" produto da criatividade de Woody Allen, contém ainda episódios cativantes e divertidos, com cenas bem-escritas e profissionalmente filmadas, mas o resultado final é demasiado fragmentado e inconstante.<BR/><BR/>O filme é geralmente agradável de seguir, mas pouco mais do que isso, nunca efectuando muitos desvios a uma rotina que tem marcado a obra recente do realizador. <BR/>"Melinda e Melinda", apesar de algumas tentativas de inovação na forma, acaba por ser mais do mesmo em termos de conteúdo e apresenta Woody Allen em piloto automático, sem grandes ousadias ou rupturas. No entanto, esta opinião poderá variar e ser contrariada, mediante o ponto de vista, pois as formas de perspectivar uma história são, como o filme demonstra, múltiplas e abrangentes. Classificação: 2,5/5 - Razoável.
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A mesma estória em comédia e drama

Jorge Pedra

Retratar a mesma trama da vida em comédia e drama - em simultânaeo e sem pausas - é um conceito novo no cinema? Ou já fora feito e Allen homenageia um qualquer autor esquecido do público jovem? Honestamente não sei. (perguntem ao grande Bénard da Costa). Em qualquer caso parece-me uma atitude genial do génio Woody. Personagens muito idênticas nas suas vivências "atiram" linhas que mais do que se assemelham nos dois "lados" do filme, por vezes no mesmo espaço físico, numa criatividade do realizador que é, no mínimo saborosa. Os diálogos do filme não são tão ricos como Allen nos habituou por tantas e tantas vezes? Não! E daí vem algum mal? Penso que, por esta vez, esse não é o "assunto" e não convirá "distrair" o espectador.<BR/><BR/>Pela segunda vez vi a personagem "Woody Allen" sem que Woody Allen seja actor neste seu filme - a primeira fora com Kennneth Branagh em "Celebridades". Humilde espectador que escrevo estas linhas, ocorre-me acabar assim: quem faz uma exímia direcção de actores, quem é? Por tudo isto, para este filme W Allen, nota 5, remando contra a crítica.
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Melinda e Merlin

João Pedro Assis

Permitam-me discordar da opinião dos críticos do "Público". Para mim, este "Melinda e Melinda" é algo de muito bom. Porque contrapõe realmente as duas perspectivas de ver o nosso mundo, sendo que actualmente a perspectiva dramática tende a impor-se sobre a cómica. E também porque a história, do mais simples possível, toma um rumo bem agradável e fácil de digerir. A opção de filmar as duas perspectivas (comédia/drama) cruzadas é excelente e o espectador, no final, retira que é sempre melhor ter uma atitude positiva que uma negativa, apesar de todos os problemas que o rodeiam. Penso que a nível de argumento nao é, de todo, o melhor filme de Woody Allen, mas a forma como conduz esta simples, mas dupla, história, para mim é brilhante. Woody Allen continua a ser para o cinema como um Merlin, um mágico, que com o mais simples dos truques põe uma plateia a sorrir (pelo menos em mim provoucou mais do que isso...).
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