Críticas dos leitores

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O Meu Bolo Favorito

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "O Meu Bolo Favorito" é um drama romântico trágico-cómico made in Irão, que explora as temáticas da solidão na terceira idade e da repressão exercida pelo intolerante regime fundamentalista islâmico sobre as mulheres (como se a sua liberdade afectiva atentasse contra o Estado ultra-conservador), que valeu ao casal de realizadores Maryam Moghaddam & Behtash Sanaeeha a proibição de sair do país (com confisco dos respectivos passaportes). Uma sensivel e intimista história de "amor" à primeira vista, que apenas sobreviverá algumas horas, entre dois solitários corações septuagenários.

Ela, uma enfermeira reformada de classe média e viúva (desde há trinta anos), cuja única filha reside no estrangeiro; ele, um divorciado, sem qualquer rede familiar, que, apesar da idade avançada, ainda se vê obrigado a conduzir um táxi como forma de subsistência.

Ambos encontram-se, por mero acaso, num restaurante e ela decide, sem qualquer pudor (e à revelia do seu modus operandis), convidá-lo para jantar na sua casa. Ao arrepeio da generalidade da crítica especializada, e não desvalorizando as infames penalizações infligidas à dupla de realizadores, ouso cometer a blasfémia de assumir que esta obra não me encheu as medidas de sobremaneira (quiçá, decorrente da expectativa gerada pelo sururu mediático em seu torno, bem como pelo termo comparativo com o seu trabalho precedente - "O Perdão ").

De facto, se excluirmos a ternura contagiante exalada pelos protagonistas (Lili Farhadpour e Esmaeel Mehrabi), resta uma narrativa algo simplista e subdesenvolvida (e até aborrecida, em determinados momentos).

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Isto (Não) É Um Rapto

Adorei

Sandra Andrade

Chorei a rir.

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Forrest Gump

Um dos Filmes da Década

Thomas

É certamente um dos melhores filmes da década de 90, a obra-prima de Robert Zemeckis.

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Perseguição sem Tréguas

Perseguição sem trégua

Alberto João Burica

Adoro o filme.

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All We Imagine as Light - Tudo o Que Imaginamos como Luz

4 estrelas

José Miguel Costa

"Tudo o Que Imaginamos Como Luz", primeira longa-metragem de ficção realizada pela indiana Payal Kapadia (que também acumula os papéis de argumentista e protagonista), vencedora do Grande Prémio do Festival de Cannes, é um "drama feminino" sobre a influência que as conservadoras tradições classicistas e machistas ainda continuam a ter no controle das relações conjugais, através dos "casamentos combinados" por familiares à revelia dos futuros casais (inclusivé, no universo de mulheres cultas e emancipadas residentes nas grandes urbes cosmopolitas).

A sua melancólica e afectuosa história acompanha o "quotidiano minimalista" (pejado de obstáculos) de 3 amigas solitárias, pertencentes a gerações distintas e provenientes de diferentes zonas da India, que trabalham num hospital de Bombaim (uma cozinheira viúva na eminência de ser desocupada, vitima da especulação imobiliária; uma enfermeira casada, cujo marido, que praticamente não conhece e não estabelece qualquer contacto consigo há mais de um ano, está emigrado na Alemanha; e uma jovem solteira, estudante de enfermagem, enamorada por um árabe, mas prestes a ter um homem desconhecido negociado pelos progenitores).

A narrativa, que poder-se-á considerar dividida em dois capítulos (uma primeira parte com uma vertente algo neorrealista e uma segunda metade mais metafórica e onírica), não é propriamente dotada de uma consistência "à prova de bala". Todavia, o Todo conquista-nos irreversivelmente. De facto, é quase impossível resistir às suas nunces de lirismo e humanismo/"doçura", captadas com enorme sensibilidade e empatia por uma câmara atenta aos mais subtis gestos e expressões faciais dos personagens num caótico ambiente eminentemente nocturno de uma cidade em constante movimento (despida do caracteristico exotismo e "pintada" em belíssimos tons de azul sombrios).

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Mário

Descendência

Nelson Calembe

Billy (estranho um homem adulto manter este diminutivo que já era bizarro em Billy Wilder) foi uma figura associada à chamada L.A. Rebellion, muito embora não tenha tido o fulgor das outras, nem obra assinalável além de "Bless Their Little Hearts", filme-ilha no centro de uma obra árida. Ultimamente, interessou-se por Angola.

Primeiro fez uma curta, "A Story From Africa" na qual não apenas usa "África" como se toda a África fosse igual, como também inventa e manipula factos históricos numa montagem que mais se aparenta com uma apresentação Power Point. Agora interessou-se por Mário Pinto de Andrade, do qual arrisco dizer que só ouviu falar por ele ter sido marido da realizadora francesa Sarah Maldoror, que agora é considerada africana e que tem sido alvo daquela repescagem que alguns cineastas sofrem pouco antes ou logo depois de morrer.

O que é pena nesta redacção escolar de Billy Woodberry é a ingenuidade com que vai atrás do tema sem nunca se comprometer com uma investigação adulta. É caso para dizer: quem te mandou a ti, sapateiro, pores-te a tocar violino?

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A Tragédia do Bushidô

Tragédia do Bushidô

José Coelho

Muito bom, um discípulo do Akira Korusawa.

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Submissão

Casamento Bifasico

Vitor Santos

Filme bastante interessante, com uma temática atual. Muito boas interpretações. Ótimo para desenjoar das habituais americanices comerciais.

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O Quarto ao Lado

O Quarto ao Lado

Maria João

Filme intimista, sensível, óptimos desempenhos.

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Kraven, o Caçador

Ao que tu chegaste Russel

Jorge

Bater no fundo. Filme execrável, de porrada irreal tipo matrixiana, argumento para totós e, o pior de tudo, ver um Russel Crowe a representar nesta paranóia, a gladiar-se pelo cheque ao fim do mês, que a vida custa a todos, ainda mais na decadência. Fujam deste Kraven Caçador.

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