Críticas dos leitores
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Ainda Estou Aqui
Decepção
Darcy Oliveira
Um filme fraco, voltado a remexer a história com objetivos de promover a atual ditadura jurídica brasileira.
Mickey 17
3 estrelas
José Miguel Costa
O filme “Mickey 17”, escrito e dirigido pelo sul-coreano Bong Joon-ho, é uma submersiva e imaginativa comédia dramática sci-fi (embora não chegue aos calcanhares da sua obra-prima “Parasitas”) impregnada de humor negro e sátira política que aponta todas as suas baterias ao capitalismo desenfreado – gerador de assimetrias sociais – e às opressoras estruturas de poder político populistas (numa quase metáfora ao surrealismo trumpista).
Uma divertida história, narrada em voz off por Robert Pattinson (a força motriz desta obra), que acompanha as desventuras de Mickey num futuro distópico, no interior de uma nave em missão de colonização espacial (dado a Terra ter-se transformado num local praticamente inabitável). Este alistou-se, por forma a fugir a um agiota, para exercer a função de “descartável” (sem ler o “contrato de trabalho”), que consiste em ser morto (como cobaia de experiências científicas perigosas) e clonado repetidamente (numa fotocópia do original) até chegar à sua versão nº 17 (em que, por lapso, sobrevive e passa a coexistir com o seu semelhante nº 18 – algo estritamente proibido por parte da Comissão de Ética).
Apesar do interessante substrato narrativo de base (e da competente alternância ritmada entre os momentos de tensão, acção e reflexão), acaba por desperdiçar o seu efectivo potencial (deixando muitas “pontas” soltas e subdesenvolvidas) e, acima de tudo, desiludir com um desfecho apressado e sofrível.
Miral
Miral
Inês
Vejo um filme com interesse no conteúdo. Mostra perfeitamente como os judeus invadem a Palestina fortalecidos pelo Tio Sam. Pediram a Terra para Deus e ganharam do Tio Sam.
Brincar Com o Fogo
4 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Brincar Com o Fogo", dirigido pelas irmãs Delphine Coulin e Muriel Coulin, é um drama social (e politico nas entrelinhas) com uma abordagem eminentemente naturalista, que cingindo-se às vivências de um microcosmos (um núcleo familiar da classe operária, de uma pequena vila do interior de França, constituído por um pai viúvo e dois filhos jovens adultos) que vê germinar no seu seio as sementes da extrema-direita, serve-se delas como espelho do "Estado da Nação".
Em crise com uma nova geração acrítica (esquecida/negligenciada pelos decisores políticos) que se deixa contaminar por polarizados ideais populistas ultra-nacionalistas dissiminadores de discursos de ódio de cariz racista, xenófobo, misógino, homofóbico e islamofóbico que, sob a capa de uma alegada luta anti-sistema, reduzem a realidade à rudimentat dicotomia "Eles versus Nós".
Vincent Lindon encarna Pierre (prémio de Melhor Actor no Festival de Veneza), um operacional dos caminhos-de-ferro tradicionalmente ligado à esquerda, que nunca deixou faltar nada aos filhos (ambos estudantes, um deles prestes a entrar para a universidade e o outro a frequentar um curso de formação profissional).
A degradação da harmoniosa e intimista dinâmica relacional progenitor/filho "menos escolarizado" surge quando este último (Benjamin Voisin, que nos granjeia com um excelente personagem ambivalente) passa a confraternizar com um grupo de violentos jovens nacionalistas (embora, ele aparentemente, mantenha uma postura "terna").
O "pai-galinha" não compreende a alteração da conduta comportamental do ("novo") filho frustrado e vazio (que culpa as minorias residentes no pais por "todos os males e mais alguns") e, por consequência, não sabe como reagir à mesma de modo assertivo e construtivo (sendo tal magistralmente verbalizado, pelo próprio, nas emocionantes cenas finais). Perante esta impotência a ruptura (irreversível?) entre ambos torna-se inevitável. A química emanada pela interacção entre estes dois actores é um autêntico "tratado de representação".
Anora
5 Óscares?
Sérgio Brandão
O filme é fraco, com uma narrativa banal e actores banais. Como é possível um filme destes, que se esquece no minuto a seguir a ser visto ser um filme galardoado com 5 Óscares de Hollywood? O cinema americano está em decadência e os Óscares são apenas um grande "lobby" pago pelas produtoras e pelas empresas de marketing. Vergonhoso.
Parthenope
Parthenope
Maria Jose fernandes dos Santos
Filme inteligente que nos apresenta uma Nápoles luminosa e os vários sentidos que a existência pode abarcar. A beleza da juventude e a melancolia.
No Other Land
No Other Land
Teo
É preciso muito descaramento, insensibilidade, falta de empatia e falta de conhecimento em geral, para alguém no conforto do seu lar em Portugal vir aqui comentar sobre "erros, distorções e manipulações" deste magnífico filme, quando a única coisa que os realizadores fazem é mostrar a realidade crua e dura, a reiterada violência contra a sua aldeia.
Os próprios israelitas por trás do filme reconhecem o sofrimento daquele povo e apoiam a sua luta. É urgente isso sim classificar a FDI (IDF) como organização terrorista e julga-la por crimes contra a humanidade, bem como punir os colonos israelitas. Mas isso era se houvesse justiça. Mas esta realidade diária do povo palestiniano nem nas notícias passa.
Erros, distorções e manipulações cria o governo israelita todos os dias com a sua máquina de propaganda.
O Atentado de 5 de Setembro
4 estrelas
José Miguel Costa
O filme "O Atentado de 5 de Setembro", dirigido e co-escrito pelo austriaco Tim Fehlbaum, é um drama histórico com características de "thriller" jornalístico, baseado em factos reais, ambientado quase integralmente na redação desportiva do canal de TV norte-americano ABC, durante os Jogos Olímpicos de Munique em 1972, que nos dá conta da reacção da sua equipa de profissionais quando confrontada, "in loco", com a ocorrência de uma acção de contestação violenta (sequestro) na aldeia olímpica (encetada por um grupo de palestinianos, pertencentes à facção extremista da organização politica Fatha, contra os atletas de Israel) e a consequente necessidade desta cobrir tal evento em tempo real (naquela que viria a ser a primeira transmissão global, em directo, via satélite).
Confesso que estive reticente em visionar este filme por antecipar uma xaropada panfletária e maniqueísta pró-israelita. Felizmente acabei por não ceder a tal ímpeto, dado que o realizador não se focou no acontecimento em si, tendo optado por explorar exclusivamente a forma como este foi percepcionado/investigado/gerido/transmitido pela pequena equipa de jornalistas (sem sequer aflorar as causas e as consequências politicas da tomada dos reféns), durante dois dias, num exíguo e claustrofóbico espaço físico.
Esta interessante perspectiva (que expõe os dilemas éticos e morais, bem como a infinidade de problemas técnicos numa era ainda totalmente analógica, com que os profissionais da informação se defrontaram aquando do acompanhamento da tragédia), aliada a um excelente ritmo/tensão (mesmo sendo o desfecho final sobejamente conhecido) decorrente de um trabalho de edição "ágil", transforma a obra num quase "case study" sobre o jornalismo de investigação isento (algo em extinção no presente dominado pelos sensacionalismos/populismos e "fake news", com o objectivo deliberado, por parte dos poderes político-económicos instituídos, de disseminar narrativas enviesadas para "evangelizar" o povo).
As Aventuras de Lia
As aventuras de Lia
Nana Silva
Parabéns ao realizador! Espectacular história de 5 estrelas. Verdadeiro encanto do princípio ao fim!! Filme que vi por seis vezes e voltaria a ver pois sou uma pessoa que quando gosta de um filme vê as vezes que gosta. Parabéns, novamente! Lia, és uma verdadeira ternura... com os teus amigos e o cavaleiro.