Shutter Island
Título Original
Sinopse
EUA, 1954. O xerife Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e o seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) são enviados para o Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, na ilha Shutter, onde estão internados os mais perversos criminosos do país. O caso prende-se com Rachel Solando, uma perigosa assassina que desapareceu inexplicavelmente da sua cela e cuja única pista parece ser uma folha de papel com uma pergunta indecifrável. Os médicos, funcionários e enfermeiras da instituição não parecem empenhados em cooperar com a investigação e há algo de particularmente misterioso com Dr. Cawley (Ben Kingsley), o director do hospital. Com um furacão a aproximar-se, rodeados por um ambiente psicótico e pacientes perigosos, ambos percebem que as suas vidas estão em risco e que podem não conseguir sair vivos desta ilha maldita.<br /> Realizado por Martin Scorsese, é baseado na obra "Paciente 67" de Dennis Lehane (também autor de "Mystic River", adaptado para cinema por Clint Eastwood em 2003). PÚBLICO
Realizado por
Elenco
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Shutter Island
Fernando Oliveira
“Shutter island” é um filme quase perfeito nas suas formas: no virtuosismo do realizador através das escolhas com que “constrói” o encadeado narrativo com as imagens, arte de Martin Scorsese que até nos pormenores mostra o prazer que tem em fazer filmes; no excelente trabalho de fotografia de Robert Richardson e de cenografia de Dante Ferretti que adensam, sublinhando o trabalho de Scorsese, o horror claustrofóbico da trama contada no filme; da excelente banda sonora. Mas, à qualidade formal do trabalho do realizador falta “alma”, ou seja, sente-se demasiado esse trabalho, como se o realizador se tivesse sentido tentado a demonstrar que para ele o Cinema não tem segredos. E, por isso, o filme ganha um peso de exercício de estilo, que causa algum desconforto. <br />E o que conta o filme? “Shutter island” conta uma encenação, mesmo uma mentira; e enquanto esta encenação é a “realidade” para o espectador, o filme é um magnífico quase filme negro, ou quase uma magnífica homenagem a eles, pontuado por momentos de algum terror, um convincente jogo de máscaras que nos confunde do propósito daquilo tudo. Mas quando os sonhos e os pesadelos da personagem interpretada por DiCaprio começam a encher todo o filme de uma psicologia malsã e muitas vezes ridícula e difícil de aceitar, a visão do filme torna-se por vezes bastante desagradável. O desenlace não anula o excesso quase delirante do que ficou para trás. <br />O que queria contar Martin Scorsese? Parece-me que o realizador quis mostrar as muitas possibilidades na definição do que é verdade, ou não, naquilo que nos é mostrado, de como tudo depende do ponto de vista de quem mostra. De como a verdade pode ser manipulada através das imagens. <br />“Shutter island” é, assim, um filme feito por quem sabe tudo sobre Cinema, mas onde se nota demasiado a necessidade de mostrar esse saber, e com um argumento demasiado alucinado que se sente que há qualquer coisa a mais, uma angústia desconfortável que atenua o prazer que nos dá, mesmo assim, de ver o cinema do mestre. <br />Não consegue agarrar-nos e fazer-nos estremecer, causar aquela agitação que nos perturba. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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5*
Frederico Daniel
osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2016/01/shutter-island.html <br /> <br />"Shutter Island": 5* <br /> <br />É um filme obrigatório. Com o seu desenrolar vamos descobrindo tudo e isso é-nos mostrado de uma forma magistral. <br /> <br />Cumprimentos, Frederico Daniel.
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Uma seca
Nazaré
Realização exemplar, com uma fotografia excepcional, actores estupendos (um luxo, ter DiCapario, Ruffalo, Kingsley e Von Sydow no mesmo filme), mas a fita em si fica muito aquém do que seria de esperar. Scorcese pura e simplesmente deslumbrou-se com a série de filmes de elevado impacto que fez nos últimos anos, caindo naquilo que em inglês se chama self-indulgence, ou seja, ficar com a mania. A sequência do forte é um rol de truques baratos e tiques que, para mim, deu a machadada final neste filme assim-assim. De nada valem os arrojados e tão belos jogos de câmara que faz, sem dúvida uma consequência de ter filmado os Stones como fez.
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AHAHAH
Diogo Sottomayor
O Vasco Câmara não entendeu o filme... Daí ter dado uma estrela, que metaforicamente está associado ao seu único neurónio que além de único, funciona mal.
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Brilhante!!!
Nelly Santos
Mais um filme a não perder, quer pelo argumento brilhantemente construído quer pela actuação, mais uma vez irrepreensível de Leonardo Di Caprio. Surpreendente!
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A ilha das nossas vidas!
Carlos D Silva
Mais do que um excelente filme, Scorsese dá sentido ao significado de fazer cinema! Todo o filme está construído sobre um complexo delírio patológico. Situar a narrativa nos anos 50 – anos de manipulação de paranóias colectivas convenientes aos dirigentes políticos de um mundo bipolar – foi o estratagema para olhar os dias de hoje, também tempos de paranóias colectivas. Aquilo que no filme é o psicodrama terapêutico que pretende obter o “insight” conducente à descoberta da verdade, é a metáfora para o psicodrama social de hoje em que as fronteiras que delimitam a verdade da mentira se esbatem entre a profusão de informações verdadeiras acerca de falsidades e informações falsas acerca de verdadeiros problemas. Tal como ontem, também hoje personalidades “acima de toda a suspeita” mentem e manipulam, construindo um “insight” diferente: a indiferença e o cansaço. Claro que tudo isso tem um preço: se o personagem do filme prefere morrer como um homem bom a viver como um monstro, hoje vai surgindo quem prefira morrer como um monstro a viver como um homem bom.
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Previsível? Talvez…
Maxrunner
....mas é visualmente soberbo, juntando a excelente fotografia a uma banda sonora simplesmente fantástica. A originalidade já foi discutida, mas a execução essa é irrepreensível e facilmente vale o preço do bilhete. Ah! E estamos perante mais um grande filme com Di Caprio... O rapaz anda a escolher bem os projectos.....:P
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Bom mas... já vi parecido
Nelson Lima
Começo por destacar exactamente este conceito que serve de titulo ao meu comentário. Este filme, apesar de ser excelente e contar com uma boa interpretação de Leonardo Di Caprio, que já nos havia mostrado todo o seu talento em filmes anteriores tais como "The Departed" e "Blood Diamond", torna-se uma mistura de argumentos e ideias de outros 2 bons filmes que também serão do conhecimento do grande publico em geral. Pode-se por acaso dizer que a receita será uma mistura de "Uma Mente Brilhante" com Russel Crowe e "Projecto Lazarus" com Paul Walker. Pega-se nas ideias e conceitos destes 2 filmes muda-se um pouco a história aqui e ali, muda-se o cenário para um ilha e voilá temos aqui um filme a merecer sem duvida uma ida ao cinema. O realizador soube muito bem utilizar o enredo e a filmografia para acentuar e elevar ao máximo a tensão e o mistério que este filme pode ter junto dos espectadores.
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Grande!
joana
Grande... grande filme! Chega-se ao fim sem fôlego... intenso, boas actuações. DiCaprio muito bem.
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A Mente Humana de quem?
Batista
A Mente Humana é cheia de mistérios. Afinal quem é o Louco? Aquele que cria? Aquele que trama? Aquele que provoca? Ou aquele que nos convence que estamos loucos? Uma excelente obra cinematográfica sobre o assunto da mente humana. Afinal estamos a tratar de um Monstro ou de um Homem de bem? Fica ao vosso critério. Recomendo: 4 Estrelas!
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