Contágio

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Suspense, Drama, Thriller 107 min 2011 M/12 13/10/2011 EUA

Título Original

Sinopse

De regresso de uma viagem de negócios a Hong Kong, Beth Emhoff morre subitamente do que parece ser uma gripe comum, deixando Mitch, o seu marido, completamente arrasado. Poucos dias depois, outros casos com os mesmos sintomas chegam aos hospitais do país, incluindo o seu filho pequeno, que acaba também por morrer. É o início de uma pandemia fatal. E, apesar de a comunidade científica estar focada em encontrar uma maneira de travar aquele vírus, o pânico instala-se. À medida que a população se debate com um vírus mortal sem precedentes, torna-se imperativo, não apenas encontrar a cura, como travar o medo, que se demonstra ainda mais perigoso do que a própria doença....<br />Um thriller realizado por Steven Soderbergh, que se debruça sobre as hipotéticas consequências de uma epidemia a nível mundial na sociedade contemporânea, onde a mobilidade é praticamente total. O elenco conta com a presença de Laurence Fishburne, Marion Cotillard, Matt Damon, John Hawkes, Jude Law, Gwyneth Paltrow ou Kate Winslet, entre outros. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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O filme é o vírus

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Críticas dos leitores

Contágio é uma obra para bom entendedor

Um Microbiólogo

Contágio é um filme cheio de pormenores técnicos e detalhes que apenas quem busca cultura os conseguirá apreciar. <br /> <br />Soderbergh teve a genialidade de reproduzir uma doença mais contagiosa que a gripe, mas pouco mais letal. Com ela, gera um cenário totalmente possível e complexo, principalmente para quem é da área (como é o meu caso). <br /> <br /> <br />Por outras palavras, este é um filme demasiado complexo para alguns olhares críticos, e indicado a quem sabe pouco do tema e deseja aprender alguma coisa.
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Um contágio pouco virulento ...

Miguel Costa

<p>Por norma não sou fã de "filmes-catástrofe", dado estes darem primazia aos efeitos especiais e relegarem para último plano o argumento (quase sempre básico e linear - com o inevitável herói americano, que acaba por conseguir salvar tudo e todos mesmo no último minuto). O Soderberg deve partilhar da minha opinião (piada!), e como tal tentou fazer um filme que fosse a antítese de tudo isto (sendo que para o efeito tentou - e bem - não explorar tanto as consequências da catástrofe, mas antes investigar as suas causas; mostrar que dentro das grandes corporações não existem apenas "maus", pois estas também integram indivíduos altruístas, que acabam por ser os heróis anónimos...). Todavia, exagerou um pouco na "dose", e ao fugir dos estereótipos deste género cinematográfico, acabou por dar-nos um "produto" com pouca "alma" (especialmente, nas cenas em que o vírus já se havia propagado de tal forma que se transformara numa epidemia com milhões de mortos). <br />Em definitivo, uma das suas obras menores...</p>
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Não é grande coisa

Nazaré

<p>Gosto do ritmo da narrativa, cada cena está muito bem dramatizada, a realização é de mestre (como se esperaria de Soderbergh), os actores estão ao seu nível (o que é muito bom neste elenco de estrelas). Mas a história é fraquita. É um género algo estafado, desta vez optando-se por nos dar uma espécie de reportagem, distanciada, neutra até, e onde se aproveita demagogicamente para lançar umas achas à fogueira da desconfiança no governo e nas autoridades sanitárias (a desautorização blogger é demasiado discreta). E dispersa-se por muitos pólos, tornando as ideias demasiado superficiais ou então subliminares, ou seja ineficazes. Seria demasiada coisa para um filme desta duração, se tivessem feito algo mais longo talvez ficasse bem melhor. Este realizador seria capaz, sem dúvida.<br /><br />O que faz suspeitar que se apostou em nomes sonantes para encobrir a falta de ideias e de empenhamento da produção. Uma treta de filme, portanto. Opta por ser demasiado verbal, o que lhe rouba muito do impacto, usa separadores com a contagem dos dias como recurso baratucho (ou apressado), e há muitas inconsistências. Não devíamos sentir o medo dentro das personagens? Não devíamos sentir o alastramento da doença sem ser só por números? Não devia explicar-se como as cidades ficaram fantasma? (e onde pára a polícia?) Não devia morrer menos gente nos primeiros infectados? E no contraponto com a realidade: comparadas com as revoltas de Tottenham em Agosto passado, as cenas de pilhagem/desenfreamento encenadas até parecem de crianças, e a "explicação" final até parece visar m branqueamento da gripe A. Há muita coisa mal pensada, ou então pensada a fazer de nós parvos. Ainda não chegámos a isso, pois não?<br />Mas o que realmente me irritou é a persistente preguiça dos legendistas, que não traduzem SARS para pneumonia atípica, ou clusters para focos. Ou é mesmo só ignorância?</p>
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Uma catástrofe em câmara lenta

Pedro Vardasca

<p>O norte-americano Steven Soderbergh continua a sua peregrinação pela diversidade do cinema, desta vez abeirando-se do filme-catástrofe, o que acrescenta mais uma peça a uma carreira gerida entre o coração da indústria e outros lugares mais esconsos, normalmente preenchidos por pequenas obras que contradizem os códigos do espetáculo hollywoodesco. "Contágio" não pertence categoricamente a nenhum destes pólos, ainda que ambos estejam nele bem presentes.<br /><br />Do centro vem o brilho de atores cimeiros - Damon, Paltrow, Law, Winslet, Fishburne..., enquanto as pulsões centrífugas do realizador se encarregam de erodir o capital de prestígio daquelas mesmas personalidades, que vêem o seu brilho recuar no seio de uma história focada numa pandemia que cerca, literalmente, a humanidade, mas cuja narração não obedece aos estereótipos apocalípticos de outros filmes do género. Porventura, esta indefinição justificará as dificuldades do filme em fixar um público rendido às suas eventuais virtudes, pois se os nomes cativam o grosso dos consumidores, o despojamento das suas interpretações causará estranheza a este mesmo público, enquanto uma minoria poderá hastear a bandeira do preconceito face a um objeto tido por fabril, mesmo que modelado pela mão de um homem capaz de empreitadas muito significativas.<br /><br />Claro que podemos sempre preferir uma terceira via, aquela que é capaz de libertar-se das posições mais monolíticas, incessantemente envolvidas no confronto entre a relevância da quantificação industrial - que não dispensa o maravilhamento pirotécnico - e a ideia de um cinema reflexivo, que secundariza a velocidade dos acontecimentos que se vão desenrolando na tela. Nesta perspectiva, "Contágio" percorre um caminho insólito. Soderbergh redimensiona parte da nata do cinema norte-americano, depurando-a do seu fulgor. Os exemplos são variados. Damon é uma figura abúlica, muito longe das personagens que lhe têm sido talhadas. Paltrow ainda está menos viva e chega a ser uma verdadeira beleza morta a cargo da medicina legal. Os outros, já referidos, aparecem sem uma marca distintiva, ao serviço das intenções do argumento.<br /><br />Por isso, é nas especificidades deste que encontramos a riqueza de um filme que transforma o profissionalismo cimeiro de Hollywood num instrumento de crítica ao estado de uma nação, a norte-americana. Através de uma trave-mestra da projeção mundial do país - o cinema -, coteja-se a sua agilidade em transportar centenas de milhares de homens para o outro lado do Planeta com a desorientação assustadora perante uma doença. Na verdade, não são apenas os cidadãos anónimos que receiam o avanço do desconhecido, mas toda a hierarquia social, que ameaça decompor-se por causa da lentidão com que se caminha para uma vacina.<br />A Soderbergh não interessa o heroísmo habitual deste cinema, mas antes a análise de uma contradição aberrante: a irracionalidade na gestão das prioridades dos recursos torrenciais dos Estados Unidos da América, um país capaz de prodígios científicos inimagináveis até há poucas dezenas de anos, como a exploração espacial, mas que ainda estremece, de alto a baixo, em questões de natureza social, como no caso do furacão Katrina em 2005. Ora a saúde pública pertence exatamente a este domínio e "Contágio" acaba, pelo olhar do realizador, por acercar-se das tonalidades do documentário, luxuosamente ornamentado de símbolos fundamentais da cultura de massas, aqui despojados do seu magnetismo.<br /><br />Sabemos que o futuro não reservará um lugar especialmente importante para este "Contágio", que é o resultado de pressupostos razoavelmente inconciliáveis. Um filme aparentado ao género catastrófico, cujas especificidades carecem de acentuada trepidação, mas realizado em câmara lenta, essencialmente interessado no registo da corrupção de um edifício, um país inteiro a simbolizar a humanidade à beira do abismo. Apesar das dúvidas de muitos, Soderbergh fá-lo com notável mestria e embaraça o ego coletivo de uma potência que, dizem, não conhece igual em toda a história. <br /><br />Assim, "Contágio" é, antes de tudo, a narrativa de uma estranha fragilidade. Ainda que falho de um didatismo explícito, não podemos deixar de considerar o filme como um ótimo exemplo sobre a incapacidade da humanidade em aprender as lições que o tempo, prodigamente, lhe vai concedendo. Como se tem visto, o modelo de eterna expansão económica com que nos seduzem encarrega-se de obliterar o sentido crítico que a natureza nos consentiu.</p>
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Fraquinho...

P.Az.

<p>O filme tem uma boa fotografia e boa realização, como seria de esperar, mas é muito fraquinho. Espremido, não dá em nada... <br />Um filme que se veria com algum interesse, numa pachorrenta e invernosa tarde de Domingo. O "cruzamento" do morcego com o porco é hilariante. Que desilusão!</p>
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Fujam!!

João Carlos

<p>Fui ver o filme e saí a meio. O filme debruça-se sobre um tema já visto e este não trás nada de novo. Não pude deixar de recordar o "Ensaio Sobre a Cegueira", que também se centra numa epidemia. A história decorre a um ritmo demasiado lento para prender a atenção. Péssimo!!</p>
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Muito bom

TiagoDJ

<p>Ao contrário de algumas críticas parciais que li aqui, este filme retrata muito bem o acontecimento em causa. De facto, nada tem a ver com a H1N1 ou com outro tipo de epidemias localizadas, como a do "Outbreak" (com o Dustin Hoffman). A banda sonora é péssima e não condiz com o tema do filme. As interpretações são óptimas, dentro do limite que cada personagem pode dar, não cada actor. Se esta história não fosse contada num filme, acabaria por ser esticada numa série com 3 ou 4 temporadas, onde então seriam detalhadamente explorados outros pormenores. Claro que os actores não seriam os mesmos e o interesse perder-se-ia rapidamente. No filme, a realidade é mostrada de uma forma mais crua. Em menos de duas horas, mostra-se o que acontece num espaço de 5 meses, após o desencadear de um vírus mortal desconhecido. Deu-se importância a alguns pormenores mais relevantes como a forma de acção das organizações de saúde, a instalação de pânico na população e a tentativa de resolução do problema principal. Desde o Dia 2 até à atribuição das vacinas à população, assistimos a várias perspectivas, do povo, da política, dos média e dos cientistas. O grande interesse e a parte mais importante do filme é exactamente a última cena, em que nos é apresentado o Dia 1 e em que se mostra a ingénua forma do aparecimento do vírus. Esta sim, é a parte aterradora de todo o filme, sem banda sonora de choque, sem diálogos, sem quês nem porquês. Simplesmente uma imagem de "Queres saber como? Então foi assim." E o espectador só cala e consente. A não perder, nem que seja por um piscar de consciência.</p>
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Anônimo

Anônimo

<p>Após assistir mais uma vez o filme (por razões puramente irracionais) pude ter a certeza de que, realmente, é uma decepção embora a haja coisa bem pior a passar nas salas por aí!<br /><br />Até percebi que a ideia central do filme não é, afinal, reflectir a realidade científica do combate a um vírus apocalíptico mas sim a de alertar apenas para o perigo da disseminação do pânico e da ignorância em si próprios, através da crescente multiplicação em nossas caixas de correio electrónico e blogs, de mensagens alarmistas, por exemplo, sobre a fatalidade do uso de panelas de alumínio, o risco de golpes electrónicos em multibancos, ideias conspiratórias e remédios caseiros sem base científica. O problema é que o tema, relativamente simples, é mal apresentado debaixo de várias camadas de histórias desconexas e pouco credíveis perdendo, com isso, toda a objectividade.<br /><br />A trilha sonora, de algum valor, tenta reproduzir a tensão crescente conseguida à perfeição em "A Rede Social" porém não chega para preencher o vácuo do filme, pelo contrário, contribui para distanciá-lo cada vez mais do seu tema verdadeiro.<br /><br />A piorar a direcção, a performance dos atores (levando-se em conta o elenco estelar) é pífia e talvez os únicos que merecem algum destaque pelo empenho sejam o Matt Damon e o Lawrence Fishburn. Elliot Gould num papel dramático não convence.<br /><br />Pode-se dizer que este filme possui heróis e vilões incoerentes, imprudentes e altruístas mas, realisticamente, não há factualidade ou coerência em nenhuma dessas histórias!<br /><br />Fica a impressão de mais um filme levianamente promovido e cujo título serve para "contagiar" as pessoas a irem ao cinema num verão sem grandes estreias e, de uma vez por todas, máscaras cirúrgicas não têm nenhum efeito contra vírus...</p>
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Análise Social de um Vírus

David Bernardino

<p>Com alguma antecipação chega finalmente este "Contagion", um interessante filme que tenta desfiar o que aconteceria se realmente um vírus como a gripe das aves ou a gripe A se espalhasse eficazmente por todo o Mundo. O filme não desilude, mas também não entrega totalmente aquilo que prometia.<br />"Contagion" apresenta um elenco de luxo que só por si leva o espectador ao cinema: Laurence Fishburn, Jude Law, Matt Damon, Kate Winslet, Marion Cotillard , Gwineth Paltrow, entre outros bons actores que num filme "normal" veriam o seu nome no cartaz. Evidentemente que o problema disto é que nenhum deles consegue encontrar o seu espaço, e muito menos screen-time, de forma a justificar a sua presença. E o facto de cada uma destas personagens não estarem directamente relacionadas na história faz com que com o passar das cenas nos esqueçamos dela, deixando de existir personagens principais. Alguns destes actores têm tão poucas cenas que a sua presença chega a parecer um cameo (Gwineth Paltrow). A única personagem que escapa desta óptica talvez seja a de Laurence Fishburn que acaba tendo um papel mais central que outras. Por vezes lembra-nos Crash ou Babel, ou mesmo Traffic, mas graças a Deus (ou alguém) Contagion é muito melhor que isso, tal como Soderbergh é muito melhor que Iñarritu mas isso já são outras rosas.<br /><br />"Contagion" não manipula (muito), apenas expõe. Observamos o expandir do vírus e como os governos, a imprensa e a população geral lida com ele, os boatos que se espalham, as verdades escondidas. E está feito de forma interessante, realista e bem executada. Emocionalmente ficamos indiferentes depois de ver o filme, embora informativamente fiquemos alerta. É um filme metódico, frio, é quase um filme biológico/científico. Aqui Soderbergh foge àquilo que habitua o espectador, negando um filme apocalíptico fácil, com imagens de destruição e calamidade global. Não. Soderbergh opta pela apatia do vírus, transpondo-a para a forma como executa o filme, e nisso acerta na mouche. Parece que nunca saímos dum laboratório de química, o que surpreendentemente se revelou interessante e intenso, nunca se deixando cair no enredo fácil.<br /><br />"Contagion" é uma boa aposta para esta altura do ano em que não passam grandes filmes nas salas e decerto não irá desiludir. Também não é propriamente um filme de entretenimento (algumas pessoas chegaram a sair da sala) mas também a Tagline "Nada se espalha tão depressa como Medo" não traduz nem pouco mais ou menos aquilo que se irá ver. Vale a pena sem dúvida.</p><p> </p>
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Mixed feelings

Andreia

<p>Achei super-interessante a componente científica do filme. A ciência foi colocada acima da componente humana. Não houve aquela explosão de emoções que costumamos ver neste tipo de filme, o que não é necessariamente mau - ninguém pode acusar "Contágio" de ser mais do mesmo. Houve certas alturas em que senti que estava a assistir a um documentário e não a um filme. Por isso quando chegaram aos créditos finais não sabia muito bem se tinha gostado ou não, levou um tempo a assentar. E gostei. De salientar a performance do Jude Law e a banda sonora do filme, de Cliff Martinez, que muito sinceramente, adorei e se encaixou muito bem no filme.</p>
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