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O Bom Alemão

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Drama, Thriller, Mistério 105 min 2006 M/12 08/03/2007 EUA

Título Original

The Good German

Sinopse

Berlim 1945. Jake Geismer (George Clooney), correspondente de guerra americano, acabou de chegar para fazer a cobertura da Conferência de Paz de Potsdam, onde os líderes dos Aliados irão determinar o futuro de uma nova Europa, o destino dos vencidos... e no processo resgatarem e sonegarem objectos de valor que tenham sobrado. Não é a primeira visita de Jake a Berlim. Já vivera e trabalhara na cidade, e também ali se tinha apaixonado. Mas tudo isso, parece ter acontecido numa vida passada, à medida que observa a devastação. O seu motorista, o cabo Tully, por baixo de uma aparência de rapaz bondoso e desejoso de agradar a todos, é corrupto até ao tutano. Mas isso parece comum, na Berlim do pós-guerra em que todos escondem um segredo e fazem tudo para obter dinheiro, poder ou simplesmente sobreviver. Os negócios de Tully não interessam a Jake, mas a sua namorada sim. Lena (Cate Blanchett) fora a sua antiga paixão, mas a guerra e as dificuldades transformaram-na para sempre. E quando Tully aparece morto, Jake tenta deslindar o mistério da sua morte. Mas quanto mais investiga, mais percebe que é impossível desenterrar toda a verdade quando as pessoas só querem esquecer: esquecer os horrores da guerra e esquecer tudo o que precisaram de fazer para sobreviver. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

Beleza sem sentimento

Rita | cinerama.blogs.sapo.pt

THE GOOD GERMAN <BR/>de Steven Soderbergh<BR/><BR/><BR/>Berlim, Julho 1945. Logo após a rendição alemã, Estaline, Truman e Churchill reuniram-se na conferência de Potsdam para dividirem a Alemanha entre si. Berlim é uma cidade bombardeada. É também uma terra sem leis, onde não se pode confiar em ninguém, e pejada de jornalistas, entre os quais o correspondente Jake Geismer (George Clooney), que já tinha estado sedeado na cidade antes da guerra, onde tinha conhecido Lena Brandt (Cate Blanchett), actualmente é namorada do oficial designado para ser seu motorista em Berlim, Tully (Tobey Maguire). Tully está envolvido em negociatas no mercado negro, aproveitando as oportunidades que a guerra, ao contrário da paz, lhe trouxe. Mas é junto do general russo Sikorsky (Ravil Isaynov) que Tully vai tentar conseguir o dinheiro que precisa para ajudar Lena a sair da Alemanha, ao saber que aquele procura o falecido marido de Lena, Emil (Christian Oliver), um matemático a serviço das SS. <BR/><BR/>Baseado no livro de Joseph Kanon (2001) e adaptado por Paul Attanasio (“Quiz Show”, “Donnie Brasco”), o filme de Steven Soderbergh (“Erin Brockovich”, “Traffic”, saga “Ocean’s”) é uma homenagem ao <i>film noir</i>, irrepreensível em termos de estilo e de ambiente. Soderbergh filmou “The Good German” como se estivesse de facto em 1945, utilizando os materiais e aparelhos disponíveis na altura, bem como imagens de arquivo. Do genérico inicial ao poster, o visual é consistentemente anos 40, passando pela dupla de protagonistas, em especial Blanchett que até no sotaque faz lembrar Marlene Dietrich (e quanto de “Casablanca” anda por ali...). <BR/><BR/>Infelizmente o filme de Soderbergh, que está também a cargo da fotografia e da montagem, sob os pseudónimos de Peter Andrews e Mary Ann Bernard, respectivamente, negligencia o conteúdo a favor da forma. As personagens têm pouca densidade, e aos actores é dado muito pouco com que trabalhar, e por muitos bonitos que sejam Clooney e Blanchett, entre eles não existe qualquer química. Aliás, “The Good German”, peca, em contraste com a profunda beleza do seu jogo de luzes e sombras, pelo vazio emocional. Enquanto a personagem de Maguire está no filme a sensação de thriller mantém-se, mas após o seu desaparecimento, este filme reduz-se a um exercício estilístico. <BR/><BR/>Também não ajuda o facto de Soderbergh nos privar de um herói típico que mova a narrativa e nos comova. Em vez disso, ele opta por nos mostrar três pontos de vista, mas é através desta mudança de perspectiva que as respostas aos mistérios vão sendo dadas. São tocadas ao de leve algumas questões morais como a possibilidade de ignorar os crimes de guerra de um indivíduo se este possuir informações que beneficiem os vencedores; ou o “roubo de cérebros” efectuado no pós-guerra entre russos e americanos como recursos para guerras futuras. Mas tudo isto carece de sentimento. “The Good German” é como uma mulher extremamente bonita que desencanta assim que se fala com ela. É uma pena Sr. Soderbergh. <BR/><BR/><BR/>5/10
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O único verdadeiro mistério...

João

... é o título deste filme.<BR/>Quanto ao mais, para além da razoável prestação dos autores, o argumento fica-se por uma requentada intriga passada nos tempos em que ao fim de uma guerra já se sucedia o início de outra, esta última "fria" por sinal. A história não é nada original e, para além dos superficiais zigue-zagues do enredo, bastante previsível.<BR/>A intenção de Soderbergh era boa, mas de boas intenções e bons alemães...<BR/>Nota positiva: a irreconhecível versão morena de Cate Blanchet, aliás, Cate Blanchet ponto.
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Film Noir

Luís Coelho

"O Bom Alemão" é um filme que merece ser visto. O ambiente é perfeito, fazendo lembrar alguns filmes de Billy Wilder, ou até mesmo um certo toque de cinefilia expressionista. O argumento é arguto, apesar de cair num ciclo um tanto vicioso em que os acontecimentos se sucedem de forma um tanto estereotipada. As imagens são avassaladoramente realistas e os cenários brilhantemente construídos. <br/>A realização é de mestre, sendo que o filme é muito mais do que um poderoso retrato do pós-guerra (referente à II Grande Guerra)... É um hino ao cinema mais negro, num tom de revivalismo do film noir.<BR/>Não vale a pena contar a história, vale a pena sim ver o filme e ir acompanhando o desflorar dos acontecimentos. Espantosa a forma como se entronizam no filme diferentes narradores-personagens; bela a forma como os acontecimentos parecem deturpar a vida de todos e de "ninguém".
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