Peter Von Kant
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Elenco
Sinopse
Peter Von Kant (Denis Ménochet) é um realizador famoso que vive com Karl (Stéfan Crépon), seu assistente, que não se coíbe de maltratar. Um dia, Sidonie (Isabelle Adjani), uma actriz sua amiga, apresenta-lhe o belo Amir (Khalil Gharbia), um rapaz de origens humildes por quem depressa Peter se encanta e a quem convida para se mudar para sua casa. Perdido de amores, o realizador usa o seu prestígio e influência para lançar a carreira de Amir. Mas ele afasta-se do seu mentor assim que ele se torna célebre, deixando-o despedaçado.
Escrito e dirigido pelo francês François Ozon – o aclamado realizador de "Sob a Areia", “8 Mulheres”, "Swimming Pool", "O Tempo Que Resta", "Dentro de Casa", “O Amante Duplo” ou “Verão de 85” –, este drama é uma adaptação livre da obra "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" (1972), de Rainer Werner Fassbinder. A título de curiosidade, Hanna Schygulla, a actriz que dá vida a Rosemarie von Kant, mãe do protagonista neste filme, desempenhou a personagem Karin Thimm, amante de Petra, no filme de Fassbinder. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
3 estrelas
José Miguel Costa
Em 1972 o realizador alemão Rainer Wenner Fassbinder lança o filme que é considerado por muitos como a sua obra-prima, "As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant", no qual ao que consta (não o visionei, mas para eventuais interessados encontra-se em reposição no cinema Nimas) debruça-se sobre a doentia dinâmica relacional existente entre uma arrogante estilista de sucesso, a sua empregada pessoal (uma espécie de escrava dos tempos modernos) e uma jovem modelo (com a qual mantém uma intensa relação, de curta duração, já que esta abandona-a após alcançar os seus intentos profissionais). François Ozon na sua nova obra, "Peter von kant", faz uma adaptação livre deste clássico, invertendo o género dos intervenientes, transformando-os num realizador (Peter, um indivíduo com as características do próprio Fassbinder, pelo que acaba por ser, igualmente, algo biográfico), o seu assistente e um jovem aspirante a actor. Apesar de constituir-se uma cruel sátira à cultura da "celebridade", não deixa de revelar-se um "Ozon menor", talvez devido ao tom demasiado melodramático/quase folhetinesco (ainda que propositado) do protagonista, bem como à omnipresente sensação de claustrofobia decorrente de toda a acção decorrer no espaço exíguo de um apartamento (o que torna demasiado teatral - embora o realizador, como é seu apanágio, o explane através de magníficos enquadramentos de câmara).
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