Quando Chega o Outono
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ver sessõesMichelle é reformada e vive numa pequena aldeia da Borgonha, em França. Os seus dias são passados a cuidar da casa, da horta e a conviver com as amigas mais próximas, entre elas Marie-Claude, que conhece desde a juventude. Agora, mal pode esperar pela visita de Valérie, a filha, que ali vai deixar o seu neto Lucas a passar uns dias. Mas quando Valérie tem uma intoxicação alimentar devido aos cogumelos que a mãe cozinhou, as dificuldades de entendimento entre ambas, que sempre foram enormes, agudizam-se. Isso vai desencadear uma tragédia que irá pôr a descoberto segredos há muito guardados.
Em competição no Festival de Cinema de Cinema San Sebastián, este drama tem realização e argumento de François Ozon – o aclamado realizador de Sob a Areia, Oito Mulheres, Swimming Pool, O Tempo Que Resta, Dentro de Casa, O Amante Duplo, Verão de 85 ou O Crime É Meu. A interpretar as personagens estão os actores Hélène Vincent, Josiane Balasko, Ludivine Sagnier, Pierre Lottin e Garlan Erlos. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Quando Chega o Outono: dos mais interessantes filmes recentes de François Ozon
Melodrama enxutíssimo, sóbrio, subtil sobre a culpa e o perdão.
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Cinema City Alvalade, Lisboa
15h10
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Cinema City Alvalade, Lisboa
15h10
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Críticas dos leitores
Sobre o preconceito
Nazaré
A entrada das madames na igreja traz de volta um mundo que até aí era abstracto, quando não simplesmente suprimido. É um momento de choque (suave) para o espectador que nos completa a construção das personagens principais, e que nos remete de volta ao texto bíblico, lido nessa mesma igreja no início da fita. Filme relativamente pausado, mas sempre animado duma tensão interior muito bem gerida, é uma estupenda realização.
Misteriosamente: muito bem articulado! 3-4*
Martim Carneiro
Problemáticas vidas passadas, amizade e sobrevivência, amor filial, decepções e revoltas, eis um...policial (?) realizado e interpretado com mestria, muita sensibilidade... e... de, surpresa em surpresa, até à surpresa final.
3 estrelas
José Miguel Costa
François Ozon é, provavelmente, o mais produtivo (média de um filme por ano) e versátil (saltitando entre géneros cinematográficos de obra para obra, independentemente das temáticas que abarca serem recorrentes – sexo e morte) dos realizadores franceses.
No entanto, revela-se, simultaneamente, como um dos mais irregulares em termos de resultado do produto final, sendo capaz de criar uma obra-prima (e conta inúmeras no seu currículo) para "logo a seguir" oferecer-nos apenas um "nim".
A sua mais recente película, "Quando Chega o Outono", poderá considerar-se um "satisfaz +". Trata-se de um emocional drama familiar (algo noir, apesar da sua aparente "ambiência branda") que entra com pezinhos de lã nos domínios do género policial, sem objectivamente possuir características concretas que permitam classificá-lo como tal (e é precisamente neste ponto que observamos a mestria com que Ozon domina a dramatologia - toda a narrativa é "apenas" construída na base da sugestão/insinuação, do não dito e de elipses, deixando-nos "sementes de malicia" a germinar no cérebro).
A história, que decorre numa pequena vila da Borgonha, incide sobre uma serena ex-prostituta idosa que ambiciona passar mais tempo com o neto, mas que vê tal intenção constantemente barrada pela sua filha (uma mulher ressabiada que "não a grama nem com molho de tomate"), eventualmente devido a assuntos mal resolvidos no passado de ambas.
A omnipresente conflitualidade (manifestada apenas por uma das partes) agudiza-se quando a simpática sénior inadvertidamente (hummm) provoca uma intoxicação alimentar grave na filha (com um belo manjar de cogumelos campestres), evento que esta absurdamente (hummm) percepciona como uma tentativa de homicídio. E a partir de então... Realce-se a performance da octogenária Hélène Vincent, capaz de transitar com fluidez, e naturalidade, entre estados de espírito antagónicos, mantendo a sua "aura" imaculada ("ninguém a levaria presa"... nem nós!).
Quando Chega o Outono
Maria Adelina Valdeira da Silva
Filme a não perder... grande sensibilidade do realizador sobre as relações familiares e interpessoais. Excelente desempenho dos atores.
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