O Crime É Meu
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Sinopse
Na Paris dos anos 1930, uma actriz na mó de baixo fica famosa após ser acusada e ilibada, por auto-defesa, do homicídio de um célebre produtor. Até que um dia questões começam a ser levantadas sobre o caso. É essa a premissa desta comédia sobre crime de François Ozon, com Nadia Tereszkiewicz, Isabelle Huppert, Rebecca Marder, Dany Boon ou Fabrice Luchini. É vagamente baseada na peça “Mon Crime”, de Georges Berr e Louis Verneuil, de 1934, que deu duas adaptações de Hollywood, por Wesley Ruggles e John Berry, nos anos 1930 e 1940. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
O Crime É Meu, de François Ozon. Mais veneno, precisava-se
Um pouco cansativo e quase sempre menos engraçado do que julga, ou pretende, ser.
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4 estrelas
José Miguel Costa
François Ozon é, por certo, o realizador francês mais produtivo (média de um filme por ano), polivalente (saltitando entre géneros cinematográficos de obra para obra, apesar das temáticas que abarca serem recorrentes – sexo e morte) e interessante da actualidade.
No entanto, é, simultaneamente, um dos mais irregulares em termos de resultado final (sendo capaz de gerar uma obra-prima para "logo a seguir" oferecer-nos apenas um "nim"). Desta feita, no divertido "O Crime É Meu" brinda-nos com um produto cinéfilo marcadamente teatral, que cruza na perfeição uma espécie de thriller criminal de época (que nos transporta até à Paris da década de 1930) com comédia de costumes enganadoramente ligeira (devido às suas personagens caricaturais, bem como pelas múltiplas situações de enredo absurdas e deliciosamente amorais, mas na verdade a sua narrativa simples, e de ritmo acelerado, revela-se impregnada de uma laboriosa ironia cáustica - troçando sorrateiramente das sociedades ocidentais marcadamente patriarcais que menosprezam o valor das mulheres).
Todavia, esta "empreitada" também atingiu tal nível de excelência devido às performances hilariantes da dupla de protagonistas (Nadia Tereszkiewicz e Rebecca Marder) e da diva Isabelle Huppert, forças motrizes da recambolesca história de 3 mulheres (falidas) que lutam publicamente pela autoria do assassinato de um magnata com o intuito de obterem notoriedade.
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