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O Amante Duplo

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Thriller, Drama 107 min 2017 M/18 27/12/2018 FRA

Título Original

L' Amant Double

Sinopse

<p>Chloé, uma jovem parisiense, envolve-se com o seu psicanalista, o homem que a ajudou a ultrapassar uma depressão. Começam a morar juntos e ela acaba por descobrir algo que ele tem mantido em segredo: tem um irmão gémeo, igualmente psicanalista, com quem ela também se vai cruzar.<br />Adaptado de "Lives of the Twins", da norte-americana Joyce Carol Oates, publicado em 1987 sob o pseudónimo Rosamond Smith, um "thriller erótico" de François Ozon, que volta a juntá-lo a Marine Vacth, a estrela do seu "Jovem e Bela", de 2013. Foi mostrado na competição da edição de 2017 do Festival de Cannes. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

Homens duplicados

Luís Miguel Oliveira

Ozon às vezes afunda-se numa rotina polida e super-profissional, mas muito superficial, que não desagrada de todo mas não se ergue acima de uma irrelevância bubble gum — é o caso deste O Amante Duplo.

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Críticas dos leitores

Irmãos (in) Separáveis

J.F.Vieira Pinto

Diferentes estilos convergem neste filme de Ozon. Aquele que já foi o “enfant terrible” do cinema francês, cria sempre grandes espectativas em cada novo filme. Para grandes espectativas, grandes deceções, o que, de todo, não será o caso de “O Amante Duplo”. <br />Chloé, que nasceu “sem ser desejada”, tem desde sempre dores de barriga. Nem o facto de deixar de comer alimentos com glúten – o alimento démodé -, anula as tais ditas dores. Próximo passo: consultar um psicanalista. Duas opções: mulher ou um homem. A escolha da segunda opção, vai encetar uma estranha relação paciente/doente, ou seja, Chloé apaixona-se pelo doutor Paul “Mayer”, depois, pelo doutor “Delord”. Quem é quem?... É o que será proposto ao espetador neste “thriller” psicológico (ou será erótico), onde descobrimos as diversas influências que François Ozon teve ao longo da sua carreira. <br />Influências de Cronenberg, claro, e há momentos que parecemos estar num filme de George A. Romero. Uma miscelânea a que Ozon já nos habituou. <br />As interpretações, insípidas de Marine Vacth e Jérémie Renier, não ajudam a subir a nota final. (**)
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3 estrelas

José Miguel Costa

François Ozon no filme "O Amante Duplo" coloca-nos perante Chloé, uma mulher frígida que padece de dores crónicas na barriga, sem que alegadamente exista qualquer patologia de índole física que justifique tal condição, motivo pelo qual inicia terapia com um psicólogo. Todavia, a relação entre ambos acaba por evoluir para além do estritamente profissional (o tal mecanismo de transferência freudiano tão cliché nas narrativas cinematográficas), pelo que as sessões são interrompidas, e esta é reencaminhada para uma outra profissional da área. <br /> A partir daí começa a construir-se um complexo (quiçá, desconcertantemente sensacionalista/inverossímil) triângulo (ou será quadrado?) amoroso (enfatizado por François Ozon através de constantes/"virtuosas" - quase exageradas - "filmagens em espelho", que jamais deixam de sugestionar-nos com eventuais "pistas" saturadas de alegorias). <br /> <br />Estamos perante um sinuoso thriller psicológico (apimentado com uma dose light de erotismo), esteticamente virtuoso (de facto, é impossível resistir aos exibicionistas "ângulos geométricos de filmagem" do cineasta), mas "ferido" por uma narrativa ultra-exagerada ao nível das "elaborações psicológicas" (que roça o kitsh). Apenas não resvalando em definitivo devido à classe da "ambiência envolvente" (não inteiramente original, pois, não poucas vezes, Ozon parece "socorrer-se" do Hitchcock, Cronenberg ou até do Lynch), bem como à contenção das performances da dupla de protagonistas (Jérémie Renier e Marine Vatch).
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