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Vitória e Abdul

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Histórico, Drama 112 min 2017 M/12 28/09/2017 EUA, GB

Título Original

Victoria and Abdul

Sinopse

Abdul Karim nasceu em Lalitpur na Índia Britânica, em 1863. Aos 24 anos, é enviado para Inglaterra para servir no Jubileu de Ouro, onde a rainha marcou o 50.º aniversário da sua subida ao trono com um banquete onde juntou a realeza europeia. Entre Karim e a rainha nasce um entendimento inesperado que, com o passar do tempo, se transforma numa grande amizade. Por causa disso, a soberana conferiu-lhe o título de "Munshi", uma palavra urdu que significa "professor". Mais tarde, nomeou-o seu secretário oficial, o que veio a criar tensões dentro do círculo restrito da rainha que, horrorizado, o acusou de ser um espião da Liga Patriótica Muçulmana. A amizade nascida entre ambos fez com que Vitória — conhecida pelo seu isolamento desde o falecimento do príncipe Alberto, seu marido e conselheiro —, mudasse a sua forma de estar no mundo.
Uma história biográfica com argumento e realização de Stephen Frears que adapta a obra com o mesmo nome, escrita por Shrabani Basu, sobre a relação de amizade entre a Rainha Victória (1819 – 1901) e o indiano Abdul Karim (1863 – 1909). O elenco conta com Ali Fazal, Tim Pigott-Smith, Eddie Izzard e Judi Dench – que aqui retoma o papel que já antes interpretara no filme “Sua Majestade, Mrs. Brown” (1997), de John Madden. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O império com pés de barro

Jorge Mourinha

Stephen Frears torna a história verídica da amizade entre a rainha Vitória e um criado indiano numa desmontagem metódica do filme de época e do imperialismo inglês.

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Críticas dos leitores

Amizade Improvável

Pedro Brás Marques

A história verdadeira da «amizade improvável» entre a mulher mais poderosa do Mundo e um servo indiano está na base deste “Victoria & Abdul”. Mais do que um choque cultural, com a habitual comicidade de circunstância, este filme de Stephen Frears mostra como quando se olha alguém nos olhos, consegue ver-se a sua alma… <br />O cenário é o jubileu de Victoria, assinalando o meio-século do reinado da “Rainha de Inglaterra e Imperatriz da India”. De todos os lados chegam presentes incluindo do sub-continente indiano: uma medalha, que lhe é trazida por dois íncolas. Um deles, Abdul, acaba por cair nas graças da aniversariante, que o chama para a corte, acabando por se tornarem confidentes um do outro. Ela, porque está cansada da superficialidade da vida na Corte e da prisão que significa ser rainha, ele, porque gosta de ajudar os outros e é incompreendido. Claro que ninguém vê esta relação com bons olhos, muito menos o ansioso herdeiro, o Príncipe de Gales, herdeiro legítimo do trono e que desespera com a longevidade da mãe, que lhe parece reforçada pela alegria do convívio com Abdul… Mas o que Victoria e Abdul trocam são apenas confissões, estados de alma, lamentos. Ela sente-se tratada como um ser humano e não como a intocável e inatingível monarca que a todos causa temor. A rainha descobre um novo mundo, uma nova cultura, aprende outra língua e tudo isto a faz sentir viva. Já Abdul está deslumbrado pela corte, pela vida faustosa, mas nunca perde o sentido de tudo, de que avida vale a pena se for efectivamente desfrutada. <br />Absolutamente soberba está Judi Dench no papel da Rainha Victoria. Oscilando entre o ser fechado, aborrecido e entediado que ostenta em público, e o lado interessado, frágil e humano quando está em privado com o seu criado indiano. A sua cara muda, a sua luz transforma-se e Victoria parece desdobrar-se em dois seres completamente distintos. Judi Dench está perfeita neste seu regresso a uma personagem a quem já havia dado vida há quase duas décadas, em “Mrs. Brown”, uma relação semelhante à que teve com Abdul, mas dessa vez com John Brown, o escocês duro com quem ela convivia em Balmoral, na Escócia. Mas se a história decorre num tom leve e, até, com alguma comédia à mistura, isso deve-se não só ao argumento dinâmico e leve de Lee Hall, como à realização discreta e eficaz de Stephen Frears ajudado pela excelente fotografia de Danny Cohen, que nunca perdem a mão, seja nos espaços fechados das salas dos palácios ou nos horizontes sem fim das montanhas da antiga Caledónia. “Victoria & Abdul” não é extraordinário, mas é uma história interessante e muito bem contada, o que é de saudar nos tempos que correm.
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Graça Maria

Graça Maria

Um filme de época, mas onde a narrativa é descontruida para deixar ver muito para além da amizade entre a rainha e Abdul, sobretudo quando põe a ridículo comportamentos e o excesso de protocolo da corte britânica daquela época com momentos muito bem humorados. Interpretações excelentes. Um filme a não perder!
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4,5* - Eloquente e elucidativo...

Luís

<p>...com "alguém" que, como se costuma dizer, "não fica bem na fotografia". Produção e realização de alto nível, com interpretações condizentes - a não perder. </p><p> </p><p>PS - Nunca tínhamos visto uma sala de cinema tão bem composta à hora de almoço, no Fórum de Almada... (bom sinal?)</p>
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