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A Rainha

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Comédia Dramática 97 min 2006 M/12 30/11/2006 ITA, GB, FRA

Título Original

Sinopse

A morte repentina da princesa Diana deixou o mundo em choque em Agosto de 1997. O universo conservador da rainha de Inglaterra e da família real britânica entrou em colisão com um moderno e recém-eleito primeiro-ministro, Tony Blair. "A Rainha" é um olhar sobre a forma como a realeza foi afectada e o que aconteceu nos bastidores do poder quando a tragédia bateu à porta. É um filme sobre a batalha entre o que deve ser público e o que é privado, a responsabilidade e a emoção, enquanto uma nação e o mundo se ajoelhavam a chorar a morte da "princesa do povo", aguardando as reacções dos líderes. Helen Mirren é a rainha, num papel que lhe valeu o Prémio de Melhor Actriz em Veneza. No mesmo certame, o filme, assinado por Stephen Frears, ganhou também o Prémio de Melhor Argumento.

PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Vasco Câmara

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Luís Miguel Oliveira

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Jorge Mourinha

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Há 50 anos este filme seria uma blasfémia

Isabel Salema

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Os dias que abalaram o mundo

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Outro exemplo de legendas má traduzidas!

Luon V Koene

O filme foi uma crítica da constituição e do estabelecimento britânico. Infelizmente a má tradução das legendas arruinou o filme para mim, como mudou o sentido em muitos casos. O filme vale a pena ver, mas SEM LEGENDAS!
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A Rainha

Ricardo Mendes de Oliveira

Dia 30, Agosto de 1997. Diana morre tragicamente num acidente de automóvel em Paris. É com este trágico acontecimento que tem início um dos mais difíceis momentos na história do reinado de Isabel II mas, também, e muito em particular, na história recente da própria monarquia britânica como a conhecemos. São os bastidores deste trágico acontecimento (na semana que se seguiu à morte de Diana), no seio da Casa Real, que “A Rainha”, de Stephen Frears (“Dangerous Liaisons”, “Mrs Henderson Presents”), vem mostrar, de um modo extremamente inteligente e imaginativo.<BR/><BR/>O filme centra-se, sobretudo, na reacção (ou melhor, na ausência de reacção) por parte da família real à morte de Diana, contrapondo uma mulher firme e determinada nas suas mais profundas convicções e princípios, Isabel II (Helen Mirren), encarando a situação como um assunto exclusivamente do foro privado, às exigências que então as trágicas circunstâncias lhe impunham: as de reagir oficial e publicamente – perante a indignação generalizada e inflamada dos seus súbditos – à morte daquela que ficou, então, conhecida como “A Princesa do Povo”. Tony Blair (Michael Sheen), o então recentemente eleito primeiro-ministro trabalhista, faz a ponte entre os anseios do povo e a firmeza das posições de Isabel II, acabando por vestir o papel de conselheiro da própria rainha, da qual consegue, progressivamente, obter algumas concessões, até à tão ansiada reacção oficial da Casa Real. <BR/><BR/>Nomeado para sete Óscares da Academia (incluindo o de Melhor Filme, Melhor Actriz e Melhor Realizador), “A Rainha” conta com a interpretação brilhante que Helen Mirren (como sempre, fantástica) faz de Isabel II (que só por si justifica ver o filme), fazendo absoluta justiça à sua nomeação para o Óscar de Melhor Actriz, ao qual se apresenta como favorita, tendo sido já reconhecida com o Globo de Ouro para Melhor Actriz Dramática.
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A não ver

Paula Ventura

Não gostei do filme! Pouco a dizer de um filme que especula, sem interesse e que vive unicamente do trabalho de actores. Também tenho dificuldades em perceber como é que este filme presta homenagem a rainha. Mostra uma familia disfuncional, uma muher que sofre comum animal morto mas não se digna a chorar a morte da mae do seu neto, um marido indiscritível, um filho cobarde e uns netos que vão caçar no dia da morte da mãe... se foi assim, explicada está a neurose de Diana... Estar nomeado para melhor filme só se justifica porque a academia ( os americanos)é histérica em tudo o que se relacione com a familia real
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Filme a ver

Nazaré

O famoso episódio das dúvidas protocolares que assaltaram a família real britânica por causa do funeral da ex-princesa Diana, contado quase como um diálogo à distância entre o PM Blair e a rainha. O extraordinário trabalho dos actores (e respectiva direcção, claro) justifica ver o filme. Nem Helen Mirren nem Michael Sheen nem James Cromwell nem Alex Jennings se parecem bastante com os seus representados, e no entanto...
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Entre o público e o privado

Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

A acção de "The Queen" desenrola-se na semana seguinte à morte da princesa Diana no Verão de 1997. Stephen Frears ("Mrs Henderson Presents") centra a sua atenção em dois dos actores deste episódio, a rainha do trono britânico Elizabeth II (Helen Mirren) e o primeiro-ministro Tony Blair (Michael Sheen), que tinha à data dos acontecimentos sido eleito pelo Partido Trabalhista. Sob o olhar detalhista de Frears está não só a relação entre eles, como também a relação com o seu povo, no caso da rainha, e com o seu eleitorado, no caso de Blair, perante um acontecimento privado com claras dimensões políticas, e onde os media desempenham um importante papel (daí o uso das imagens de arquivo). Diana estava privada do estatuto real devido ao divórcio do Príncipe Carlos (Alex Jennings), por isso o protocolo ditava um funeral privado. Sem compreender a dimensão emocional que a morte de Diana tem sobre o povo inglês, a rainha decide então refugiar-se em Balmoral para proteger a privacidade dos netos, sem haver qualquer comunicado da casa real expressando o lamento pelo sucedido. Perante a pressão dos media e da população, Blair decide ajudar a rainha a salvar-se dela mesma.<BR/><BR/>A popularidade da rainha desce aos seus valores mínimos, enquanto a de Blair dispara, muito devido ao discurso proferido no qual se refere a Diana como a "princesa do povo". Este contraste entre um político modernista e um rainha tradicionalista, cujo mútuo cepticismo passa a um mútuo respeito, é reforçado pelo contraponto entre os dois lares.<BR/><BR/>Mesmo sem poder avaliar o quão perto esta história possa estar da realidade, o argumento de Peter Morgan consegue ser totalmente verosímil. Stephen Frears filma "The Queen" com extremo respeito, com sensibilidade e com a dose adequada de humor. Este é um filme de conflitos e equilíbrios, entre um, entre a vida privada e a vida pública, entre um ícone e o ser humano que está por trás dele e que é forçado a mostrar a sua máscara pública em todos os momentos.<BR/><BR/>Um filme de actores, como este é, deve grande parte do seu sucesso ao seu naipe de actores. E "The Queen" conta com extraordinárias interpretações. Michael Sheen ("Kingdom of Heaven") é completamente revigorante e apaixonante neste retrato de um homem no qual são depositadas todas as expectativas de uma nação. Hellen Mirren ("Gosford Park") é deslumbrante, entre a frieza e a fragilidade, com uma forte expressividade aliada a uma delicada subtileza e o seu extremo auto-controlo dando um enorme peso a cada contracção facial. Nos secundários o apoio é dado por Helen McCrory como a sarcástica anti-monáquica Cherie Blair, Sylvia Syms como uma surpreendentemente divertida Rainha Mãe e James Cromwell no papel de um intransigente Príncipe Philip.<BR/><BR/>Ao mesmo tempo que humaniza a monarquia (do qual o episódio simbólico do veado é o ponto chave), Frears mostra o quão afastada ela se encontra das preocupações dos seus súbditos. Movendo-se agilmente nos bastidores, Frears levanta a questão da relevância da monarquia na sociedade actual e até que ponto um líder deve ser igualmente um seguidor. Nota: 7,5/10.
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Um excelente trabalho cinematográfico

vg

Um tema dificil de tratar por ser "real" e contemporâneo. Excelente performance de de Helen Miirren. O grande confronto entre a família real e os "media" por causa daquele desastre que foi meter Diana onde não cabia (uma sujeita a quem foi oferecido um palácio para viver, que recebia 12 milhões de libras para "despesas" e que apesar de mãe de um principe herdeiro, ia meter na "família" um escroque e negociante de armas. Ainda por cima árabe...). Blair sobressai no filme e mostra que é talvez o melhor PM inglês depois de Churchill. Ao defender a monarquia, sabendo o que aconteceria na Grã-Bretanha se tivesse de escolher um presidente da república (talvez o David Beckam...).
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Rainha perfeita

António Cunha

Filme pouco mais que competente de Stephen Frears, apoiado nas soberbas interpretações da fabulosa Helen Mirren, Michael Sheen (Tony Blair) e James Cromwell (Prince Philip). Não afasta a sensação de um telefilme de qualidade da BBC, intercalando as actuações com imagens verídicas. Vive–se o período negro da morte da Princesa Diana, em Agosto de 1997. A nação está abalada e o recém–eleito primeiro-ministro britânico é a figura unificadora entre o povo e sua rainha. Apesar do filme reportar–se unicamente a esse período de tempo, consegue espelhar de uma forma exemplar as vivências e sentimentos dessas personagens históricas, tudo com uma economia de argumento. Não haverá melhor homenagem a Elizabeth II. Nota: 2,5/5.
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