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Um Método Perigoso

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Thriller, Drama 99 min 2011 M/16 24/11/2011 EUA

Título Original

Sinopse

Em 1907, Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) iniciam uma parceria que iria mudar o rumo das ciências da mente assim como o das suas próprias vidas. Seis anos depois, tudo isso se altera e eles tornam-se antagónicos, tanto no que diz respeito às suas considerações científicas como no que se refere às questões de foro íntimo. Entre os dois, para além das divergências de pensamento, surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma jovem russa de 18 anos internada no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli. Com diagnóstico de psicose histérica e tratada através dos recentes métodos psicanalíticos, ela torna-se paciente e amante de Jung e, mais tarde, em colega e confidente de Freud. Isto, antes de se tornar numa psicanalista de renome.<br />Realizado por David Cronenberg ("eXistenZ", "Crash"), "Um Método Perigoso" é baseado na peça "The Talking Cure", do dramaturgo e argumentista inglês, nascido nos Açores, Christopher Hampton, inspirada na obra de John Kerr. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Um Método Perigoso

Fernando Oliveira

Com um argumento adaptado por Christopher Hampton de uma sua peça para Teatro, este filme de Cronenberg, “Um método perigoso”, tem algumas dificuldades em ultrapassar a sua ascendência. Ou seja, nota-se demasiado a teatralidade do texto e os diálogos excessivos que tornam o filme muitas vezes algo árido, seco de emoções. <br />Nada disto tira mérito à realização de Cronenberg, num filme em que está inscrita de forma marcante a sua marca de autor. Se não é um filme em que os instintos mais básicos dos personagens são representados por mutações, físicas ou delirantes, que explodem dos seus corpos; se a violência maligna que define os personagens doutros filmes do realizador não está presente neste – embora a forma limpa como nos mostra a sociedade do princípio do século passado, não mostrando a miséria em que vivia grande parte da população europeia da época, seja uma forma de “esconder” debaixo da “pele” social, a bestialidade e os instintos mais horrorosos que iriam levar a Europa à barbárie que se aproximava: a particular relação entre a parte física e moral que nos seus filmes leva à sexualidade doentia e extrema (como em “Crash”); o mundo dos homens condicionado e amedrontado pelo poder “sexual” das mulheres (como em “Rabid” ou “Dead ringers”); a vertigem provocada pelos abismos mais profundos da alma humana (como em “Uma história de violência” ou “Eastern promises”); tudo isto, de outras maneiras, está presente neste filme que conta a história do conflito entre Freud e Jung, com uma mulher (uma doente, a russa Sabina Spielrain), e a sua sexualidade (os fantasmas, os tumultos interiores), pelo meio a redefinir os conceitos de vida de Jung (Sabina tornar-se-ia sua amante e, depois, sua discípula); e o que está aqui encenado é a vertigem que Esta desordem moral provoca na normalidade exigida àquela relação; e por consequência também de Freud. <br />Com actores extraordinários, Michael Fassbender, Viggo Mortensen, Sarah Gadon e, acima de todos, Keira Knightley com um desempenho magnífico numa representação encima do arame entre o sublime e o ridículo, balançando sempre para o primeiro lado. <br />Não será uma obra-prima como muitos outros filmes de Cronenberg são, mas é um filme interessantíssimo, com um rigor cenográfico extraordinário e uma realização notável na sua perfeição, chega a ser um filme austero, mas também admirável na sua criatividade. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Muito Fracos: Filme e Atriz!

Ana Paula

O filme "Jornada da alma" de Roberto Faenza /2003, aborda a mesma temática de maneira muito mais intensa. A interpretação da Keira Knightley é muito exagerada e não chega aos pés da Emilia Fox. Não sou crítica de cinema, apenas apreciadora, mas decepcionei, prefiro o antecessor!
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Freud Revivido

Orange Feitosa

<p>O filme me pareceu curto para intensidade do roteiro, os atores perfeitos, não sou crítica de arte, apenas sou viciada em cinema e sei reconhecer um filme instigante...as leituras podem ser inúmeras, mas uma delas: os silêncios, os olhares entre os personagens e o gestual, material imprescindível para psicanalises...quase uma cartarse. Muito bom!</p>
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História com H grande

Nazaré

<p>Que título mais infeliz, mesmo vindo dum dos livros que serviu de base a este filme! Nestas personagens da vida real, retratadas com merecido realismo - e é muito justo o relevo dado à russa Spielrein neste processo de desenvolvimento da psicanálise - está uma imensidão de fascinantes possibilidades, do choque hiperenergético que estes encontros teriam de implicar.<br />Só a vivência do sofrimento mental (sem implicar loucura, e Spielrein sabe que não é louca) pode levar à transformação, e aí reside a diferença de Jung em relação a Freud: ao contrário deste, não se fica por ser um espectador e, graças a isso, intui a possibilidade de realizar o acto médico da cura, através dessa coisa perigosa que é o encontro consigo mesmo. Freud preocupa-se mais em consolidar a sua ciência na respeitabilidade social - conseguiu-o, mas à custa duma "desinfecção" do método (que em si mesmo não é perigoso), limitando os seus horizontes, e este filme explica-o muitíssimo bem.<br />Dificilmente poderia escolher-se melhor realizador que Cronenberg. A direcção de actores é só por si uma obra-prima, desde a extremamente burguesa Srª Jung (Sarah Gadon) ao sempre solitário seu marido (Michael Fassbaender) e respectivo Mr. Hyde (Otto Gross, personagem histórica muito mal retratada, mas o trabalho de Vincent Cassel é estupendo), desde o egocêntrico Freud (Viggo Mortensen) à apaixonada Spielrein (Keira Knightley). O melhor realce possível para isso é manter os ambientes dentro do mais banal, sem recorrer alguma vez a tiques "expressionistas". <br />Muito, muito bom.</p>
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Oh Cronenberg ... não havia necessidade!

Miguel Costa

<p>O que é que se passou na cabeça do Cronenberg para fazer um filme de época biográfico (ainda mais daqueles clássicos do "mais clássico que há)"? Esta foi a minha primeira interrogação quando vi o trailler de apresentação, no entanto, dado ser uma história que ao que tudo indicava estava centrada na relação entre Freud e Jung (pais da psicanálise) ainda racionalizei a "coisa", uma vez que Cronenberg nunca desilude, e pensei para com os meus botões que, dado o interesse deste pelo lado obscuro da mente, por certo iria em busca da "origem/explicação" da maldade/perversidade intrínseca ao ser humano. </p><p>Ah, pois é... Por mais que tenhamos vontade de "dourar a pílula", há coisas que são simplesmente o que parecem, por mais justificações que possamos arranjar, e neste caso, infelizmente, estamos efectivamente perante um filme de época entediante (quase) sem interesse. De facto, poucos serão aqueles que rejubilarão perante as discussões teóricas (que em determinados momentos se tornam demasiado técnicas) entre o Freud e Jung, ainda mais quando nada mais existe para "apimentar" o argumento para além da relação extra-conjugal deste último com uma sua paciente (hurra!!!).<br /><br />Mas, que bicho mordeu aos meus realizadores de culto? O Almodóvar faz um filme nada almodovariano, agora o Cronenberg espeta-nos com uma obra quase anti-cronenbergiana. A mudança é algo de positivo, é certo... mas, para mudarem só por mudarem, deixem-se estar sossegadinhos!</p>
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GOSTO

Penélope

<p>O papel interpretado pela atriz Keira K, é fantástico. Embora de conteúdo fraco reflecte muito bem a forma de pensar dos dois médicos...</p>
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Confrangedor

Artur Serra

<p>A pobreza do argumento e a superficialidade das personagens são confrangedoras. O entendimento que Cronenberg demonstra (não) ter do movimento psicanalítico, é risível.</p>
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Excelência

Maria Wahl

<p>Fime excelente, muito bem construído, os personagens têm espessura não se contentam em ser estereótipos (saliento o Jung do Fassbender). Há aqui mundos, turbulências e as falhas humanas, muito para além das escolas e dos dogmas. Claro que, para quem não aprecia diálogos bem construídos, nem tem paciência para as psicologias e gosta de tudo explicadinho e fácil de digerir, o filme pode chegar a ser, como dizer.... "aborrecidinho". :)</p>
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interessante e tem muito "insight"

emma

É um filme que dirá muito a quem tenha interesse na psicanálise e psicologia, para quem os nomes de Freud e Jung não sejam nada estranhos. Trata de um modo delicado a história de relações difíceis e conflituosas entre esses dois grandes homens do pensamento europeu do século XX.
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Muito bom

jorge

Muito bom, mostra as origens de diversas ideias a partir dos seus criadores.
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