Filme ruim, perdi o meu tempo!

Wim Wenders, depois de nos últimos anos andar entretido no universo dos documentários (tendo dado à luz os interessantes “Pina” e “Sal da Terra”), retorna à ficção, de um modo algo infeliz, com um drama convencional sobre um escritor em processo de bloqueio criativo e amargurado com o seu relacionamento amoroso, que atropela mortalmente uma criança (verdade que nunca foi um realizador propriamente regular, pois é capaz do melhor – por ex., “Paris, Texas”, “As Asas do Desejo” e “Million Dolar Hotel”-, mas também, não poucas vezes, consegue ser notoriamente … mauzinho). <br /> <br /> <br /> Embora "Tudo Vai Ficar" Bem seja dotado de um estilo visual primoroso (com toda uma “atmosfera” melancólica e depressiva que, por norma, é do meu agrado) tal não é suficiente para colmatar a monotonia e fragmentação excessiva da narrativa, bem como a apatia e falta de evolução das personagens (o James Franco e a Charlotte Gainsbourg parecem mortos-vivos do principio ao fim). Idiossincrasias que no seu conjunto dão origem a um produto sem garra, incapaz de “tocar-nos no coração” por um segundo que seja (e isto quando é pressuposto estarmos perante um drama).

Belíssimo filme de Wim Wenders, o autor de grandes obras como "Paris, Texas" e "O Amigo Americano", entre várias outras obras-primas. <br />Desde "Ao Correr do Tempo" (1976), o seu primeiro filme que vimos, que as suas imagens quase sempre nos fascinam. <br />Isso volta a acontecer nesta nova obra, na magnífica ligação entre o olhar do cineasta sobre a paisagem e o estado de espírito das suas personagens. <br />A não perder para quem puder, porque é, em minha opinião, do mais interessante em exibição em Lisboa, pela sua qualidade.

Não gostei minimamente do filme. Sem ação, monótono, argumento sem grande conteúdo, enfim... enfastioso. Não o recomendo.