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O Sal da Terra

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Documentário 110 min 2014 M/12 09/04/2015 FRA

Título Original

The Salt of the Earth

O brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos mais respeitados no mundo. Em 2004, quando se encaminhava para os 70 anos e depois de uma pausa na fotografia, lançou-se numa empreitada de dimensões homéricas que consistia em captar lugares e homens que representassem o que de mais prístino se pode contemplar hoje. O resultado dessa longa viagem, fruto de oito anos de trabalho e de mais de 30 viagens por todos os continentes, é "Génesis", uma exposição que inclui mais de duas centenas de fotografias e está organizada em cinco secções: "Sul do Planeta", "África", "Santuários", "Terras a Norte" e "Amazónia e Pantanal". Com este documentário, realizado pelo cineasta Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado (filho de Sebastião), o espectador fica finalmente a conhecer o homem por detrás da câmara, a maneira como encara a existência e de que forma o seu trabalho teve impacto no modo como olha a Humanidade, a natureza ou a si próprio.
Entre os vários prémios arrecadados, "O Sal da Terra" recebeu uma Menção Especial do Júri da secção Un Certain Regard no prestigiado Festival de Cinema de Cannes, um César para Melhor Documentário e ainda uma nomeação para o Óscar nesta categoria. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O compromisso possível

Jorge Mourinha

O Sal da Terra é o “compromisso” possível entre a abordagem mais pessoal que Wenders sugere e o diálogo hagiográfico que a presença da entourage Salgado tinha em mente.

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Sebastião fotografa tudo

Luís Miguel Oliveira

Um “super-filme publicitário”, um filme que existe para promover, mais do que propriamente para analisar ou estudar, a obra fotográfica de Salgado.

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Sessões

Críticas dos leitores

O Sal da Terra

Helder Costa Almeida

Vi o filme quando foi estrado em Lisboa. <br />Também, como o Pedro e o Luís, não estou nada de acordo com os dois "críticos". São as suas opiniões: valem o que valem; cada um vê o que quer e como quer... <br />Recomendo: filme a ver e/ou a rever.
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onde está a pretensão?

Pedro Zamith

Não percebo onde está a pretensão nas fotografias do Salgado. Para mim tudo me parece bastante genuino e sentido. Se são manipuladas posteriormente, é completamente irrelevante. Sinto aí Luis telles, um ressabiamento qualquer (aposto que nos filmes do Manoel, esses sim pretensiosos até dizer chega, atirou-lhe com uma data de estrelas). Enfim.
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2 estrelas é demais

Luís Telles

Há um lado profundamente desonesto no trabalho do Sebastião Salgado. As suas fotos manipuladas, artificiais e pretensiosamente artísticas são de um mau gosto atroz e profundamente desrespeitosas para com os seus retratados, desgraçadamente gente humilde sem forma de defesa ou bichos sem entendimento. Numa altura em que a sua obra é contestada a vários níveis, este filme não passa de uma vã tentativa de “tapar o sol com a peneira”.
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2 stars!!!

Teresa Azevêdo

Em face das estrelinhas do Luís Miguel estaremos, de facto, a falar do mesmo filme?
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O Sal da Terra – A vida de Sebastião Salgado

Nelson

<br />Mesmo para quem conhece bem a obra do fotógrafo Sebastião Salgado, ver este documentário sobre a sua vida narrado por ele próprio, faz-nos perceber de uma forma profunda a componente humana e emocional a que um fotógrafo está sujeito no seu trabalho. <br /> <br />Este documentário, um dos 5 nomeados para o Óscar desta categoria, estreou esta semana nas salas de cinema portuguesa. Sebastião Salgado, filho de um fazendeiro rico brasileiro, explica-nos porque abandonou aos 29 anos uma carreira como economista colaborando com Banco Mundial e dedicou o resto da vida a fotografar pessoas e locais em todo o mundo. <br /> <br />Sempre considerou que um fotógrafo tem de estar no terreno, vivendo o dia-a-dia, por vezes por vários anos, das pessoas que pretende retratar. Seguiram-se vários projectos como Outras Américas em 1986 (sobre a população mais pobre da América Latina), um trabalho sobre as fomes em África nos anos 80, outro sobre a classe operaria a nível mundial e Êxodos no ano 2000 (sobre refugiados). Este último trabalho marcou-o profundamente, tendo tomado contacto com conflitos, como por exemplo o genocídio do Ruanda, questionando qual a utilidade de continuar a ter um trabalho, que expõe o lado mais cruel do ser humano. <br /> <br />O fotógrafo faz então uma pausa para reflectir sobre a vida, e decide embarcar num megalómano projecto de reflorestação da fazenda do seu pai, ressequida por anos de seca. Este milagre efectuado (mais de 2 milhões de árvores plantadas), fez despertar em Salgado o desejo de fotografar aquilo que ainda não foi destruído pelo Homem. Começa então o projecto Génesis, em que novamente viaja por vários países do mundo, mas procurando os patrimónios naturais intocados pelo homem e as tribos perdidas que vivem em harmonia com natureza. <br /> <br />Esta exposição fotográfica Génesis também estreou esta semana no nosso país na Cordoaria Nacional em Belém, onde vai estar patente até ao dia 2 de Agosto. Esta exposição enquadra-se na campanha que Sebastião Salgado tem feito para a recuperação do ambiente a nível mundial, sabendo ele que a natureza humana vil que encontrou em locais como na ex-Jugoslávia ou no Ruanda já não pode ser recuperada.
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Estaremos a falar do mesmo filme?

Mario Bastos

Pontuação e comentários a este filme noutros sítios electrónicos: <br /> <br />- IMDb: 83% <br /> <br />- Rotten Tomates: 94% (críticos), 88% (publico) <br /> <br />- Variety: "Wim Wenders confirms his mastery of the documentary form with this stunning ode to Sebastiao Salgado". <br /> <br />- The Guardian: 4* (num máximo de 5). "A documentary portrait of the renowned Brazilian photographer by Wim Wenders and Juliano Ribeiro Salgado manages to be both illuminating and uplifting". <br /> <br />- Metacritic: 82% <br /> <br />- The Wall Street Journal: "Anguish, Empathy and Majesty. <br />A documentary that celebrates the work of the Brazilian photojournalist Sebastião Salgado examines both the inhumanity of human beings and the possibility of redemption." <br /> <br />Pergunto: Estaremos a falar do mesmo filme?
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Acima de tudo este documentário, que na sua génese não passa de um grande álbum de fotos de Sebastião Salgado - o mestre na captação, através das suas objectivas, da(s) luz(es) e sombra(s) do "quotidiano mundano"-, é uma autêntica ode visual (sendo impossível ficar indiferente perante tanta beleza, mesmo quando nos expõe perante os limites mais degradantes da condição humana). <br /> <br />Um mergulho intimista (sob a batuta de um outro mestre, o alemão Wim Wenders) na vida e obra deste ilustre brasileiro (obra essa que, de um modo simplista, pode subdividir-se em dois períodos completamente distintos, uma primeira fase como fotógrafo social e uma posterior de fotógrafo ambientalista, tendo esta última emergido após ter "adoecido" por exposição aos horrores vivenciados ao longo da sua jornada pelo mundo em constante mutação - transitando, deste modo, da "fealdade humana" para a pureza da natureza), sempre com as suas fotografias como pano de fundo (e com a narração do próprio biografado). <br /> <br />Independentemente de toda a beleza transbordante este documentário não é isento de critica ao nível da sua "estrutura", nomeadamente, pela sua parcialidade (transformando-o num quase produto egocêntrico que visa o "endeusamento" - confesso que eu próprio saí do cinema a reclamar a atribuição ao senhor de um qualquer prémio Nobel), pois em momento algum é dada voz aos seus críticos (que, de acordo com o que li algures, o acusam de excessiva manipulação da técnica do "preto e branco", o que implica uma acentuada estetização da imagem; bem como de aproveitamento perverso das desgraças humanas provocadas pela fome, doença, exílios, guerras e desastres naturais). Apesar disso (que "não é pouco"), não posso deixar de aconselhar vivamente o visionamento desta película que é um encanto para a retina.
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