<div>Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu na cidade do Porto a 11 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da alta burguesia com origens na pequena fidalguia rural. À data da sua morte, a 2 de Abril de 2015, com 106 anos de vida, era o mais velho realizador do mundo em actividade. O Governo português decretou dois dias de luto nacional e a Câmara do Porto três dias de luto municipal.</div><div>Manoel de Oliveira é autor de 32 longas-metragens e, apesar de uma periodicidade rarefeita nas primeiras décadas, acabaria por realizar quase sete dezenas de títulos, desde que, em 1931, se iniciou com a curta-metragem "Douro, Faina Fluvial".</div><div>Através de "O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu", que mistura documentário e ficção, o realizador João Botelho tenta fazer um filme que serve, nas suas palavras, "como uma introdução à obra de Oliveira, uma divulgação de algumas das suas invenções cinematográficas e um manifesto contra o esquecimento, a perda da memória", sendo também "uma viagem ao cinema de Oliveira, ao seu método, ao seu modo de filmar, às suas prodigiosas invenções cinematográficas (…). E como, para ele, e agora para mim, documentário e ficção vão de par – de cinema se trata – atrevi-me a filmar uma história magnífica, que o Manoel amava mas nunca filmou, que deixou para trás. Como se a mão dele e os seus olhos lá perto de Deus, ou no meio dos Deuses, me conduzissem. Para que, ainda hoje, ele possa, através de mim, continuar a filmar". PÚBLICO</div><div><br /></div>