Dor e Glória

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Drama 113 min 2019 M/16 05/09/2019 ESP

Título Original

Sinopse

O espanhol Salvador Mallo possui uma extensa e aclamada carreira internacional como realizador de cinema. Agora, solitário, doente e a atravessar uma crise de inspiração, faz uma reflexão sobre as escolhas feitas ao longo da vida. As suas memórias conduzem-no à infância, numa pequena aldeia espanhola, até aos tempos de juventude e idade adulta, já na cidade de Madrid.

Essa viagem fá-lo avaliar a sua relação com os pais, os amigos e amantes; assim como os sentimentos de alegria, tristeza e perda que foram deixando marcas profundas e o transformaram no que é hoje, enquanto homem e cineasta.
 
Com Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Penélope Cruz, Julieta Serrano e Leonardo Sbaraglia nos papéis principais, uma história dramática de teor autobiográfico que é a 21.ª longa-metragem do multipremiado realizador espanhol Pedro Almodóvar.

Ganhou sete prémios Goya, esteve nomeada para dois Óscares e, em Cannes, concorreu à Palma de Ouro e à Palma Queer, acabando por trazer do festival os prémios de melhor actor (Banderas) e banda sonora (Alberto Iglesias).
PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Almodóvar 80 ½

Jorge Mourinha

Mais pessoal, mais vulnerável, mais exposto, mais Almodóvar: Dor e Glória é um filme de maturidade, uma memória e um adeus aos anos 80.

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Críticas dos leitores

À parte a minoria que não gosta dos filmes de Almodóvar, é um filme dos bons

Nazaré

Embora me canse já um pouco a auto-repetição de Almodóvar nos detalhes e temas, e a tendência para o egocêntrico, o certo é que este grande mestre do cinema continua a fazer grandes filmes. E este confirma-o plenamente, com textos deliciosos e aquele ambiente que lhe é tão próprio. E tem um segmento de animação impressionante.
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Dor e Glória

Cristiano

Um filme que vale a pena ver.
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Não encontro o adjectivo...

Maria branco

<p>Genial... Almodóvar Top!! A caminho do Óscar de certeza.<br />Grande interpretação de Banderas, já há muito tempo que não via um filme tão fantástico. </p><p> </p>
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Almodóvar no seu melhor

Luis Barriga

Argumento genial, representação fantástica e realização excepcional.
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Genial e muito espanhol

Raul

Eu cada vez que vejo um filme de Almodóvar gosto mais de Espanha. Originalíssimo e direcção de autores magnífica. Um dos melhores realizadores do mundo.
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Dor e glória

Fernando Oliveira

Chegará uma altura da vida em que todos nós nos questionamos sobre o que, e quem somos, sobre as escolhas que fizemos no passado, e o que seria diferente se tivéssemos feito outras. E muitos conseguirão acertar as contas com esse passado porque o que já foi… já foi. “Dor e glória” será um desses momentos na vida de Pedro Almodóvar. <br />Salvador Mallo é um homem “paralisado” tanto por dores físicas como emocionais. Foi um realizador importante em Espanha, e a exibição programada pela Cinemateca de um seu êxito com trinta anos fá-lo ir ao encontro do seu passado. Não sei o quanto de biográfico terá a história, e o quanto é uma construção ficcional a partir das memórias de Almodóvar, até porque o realizador decide “disfarçar” a realidade social dos tempos contados no filme: não se fala de Franco e do fascismo, mas a dureza desses tempos está lá no olhar de Salvador na sua infância; não nos mostra os anos da Movida madrilena, mas está lá na peça de teatro encenada a partir das memórias de Salvador sobre o amor da sua vida. O reencontro e a reconciliação com o actor que representou nesse filme leva-o ao consumo de heroína, que lhe mitiga as dores mas que fixa ao passado – a mãe protectora (Penélope Cruz) e o pai ausente, o colégio religioso, o primeiro olhar para um homem nu, as actrizes trágicas (a Natalie Wood de “Esplendor na relva”, a Marilyn de “Niagara”) que o fizeram sonhar. E se o reencontro com Federico, o seu grande amor, é um belíssimo momento de Cinema, a mostra que é no melodrama que Almodóvar se torna um espantoso realizador; é quando a sua assistente e a única amiga que tem, Mercedes (Nora Navas) lhe mostra um convite para uma exposição onde está desenhado um dos seus momentos definitivos do passado, que Salvador acerta as contas com a sua história: César era um rapaz que ele ensinou a ler, e que ajudava nas obras e pinturas na casa onde habitavam, tinha jeito para o desenho e pintou Salvador sentado a ler, é o esse o desenho do convite para a exposição. Nele, por trás, está uma carta a ele dirigida escrita por César; quando diz a Mercedes que não o irá procurar, Salvador escolhe olhar para o futuro e viver o presente. <br />O que é muito bonito em “Dor e glória” é que neste vai-e-vêm entre o passado e o presente, neste espelhar entre as memórias e a ficção, o filme flui por uma espécie de meio-termo que o coloca de fora deste confronto (e, por isto, todos os elogios são poucos para a representação de Antonio Banderas, que estica a sua imagem para os dois lados, e que nesta acção torna o que é real (Pedro) em ficção (Salvador)). Fica assim uma narrativa, também formal, classicista até ao osso, que é só isso mesmo: a história de Salvador e dos seus fantasmas, que pode ou não ser tangente à história de Pedro, e isto não importa nada; porque acima de tudo é muito bom Cinema. <br />Gosto mais de “Julieta” (o seu filme anterior, também ele contado entre o passado e o presente), mas este também é um filme muito belo. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Luz e Sombra

Pedro Brás Marques

Mais do que um filme de Almodóvar, este é um filme sobre Almodóvar, um relato auto-biográfico não de toda a sua vida, mas sim da que está temporalmente mais distante, a infância, com a sua pureza e inocência. O início e o fim, alfa e ómega, como pólos geradores da trama. Se a vida é um rio e o realizador, prestes a fazer 70 anos, se aproxima da foz, então “Dor e Glória” é uma tentativa de regresso à nascente para poder enfrentar as águas livres do mar… <br />Salvador Mallo é um realizador de cinema detentor duma invejável carreira. Mas está doente e procura combater a dor de todas as formas, incluindo as ilícitas. A depressão invade-o, a vida deixou de fazer sentido e ele refugia-se nas memórias longínquas da sua infância, da sua mãe e duma vida difícil, mas simples e bucólica. Recorda, ainda, aqueles que amou e já partiram e outros por quem se apaixonou e deixou de amar. Recorda a vida à procura de sentido, em busca duma nova luz que o faça sair da situação de quase eremita em que vive. <br />Como qualquer criador de excelência, também Almodovar havia deixado notas biográficas ao longo da sua carreira, mais visíveis em filmes como “Má Educação” (educação religiosa) ou “Volver” (regresso ao passado para melhor o perceber). Aqui, onde realidade e ficção se confundem e fundem, abre-se completamente, mostrando o lado negro e doloroso que o conduziu à glória. Leva isso ao extremo, explicando graficamente as maleitas físicas que o atormentam, deixando para um extraordinário António Banderas o encargo de mostrar as da alma, o que faz de forma superior e irrepreensível. Mas há mais dualidades, como a de ter amado homens e dormido com eles, mas ter nas mulheres as suas referências de beleza e de força, em divas como Marilyn Monroe, em “Niagara”, ou Natalie Wood, em “Esplendor na Relva” e, acima de todas, Jacinta, a figura maternal, uma mulher duma força extraordinária, por quem nutre uma adoração sem igual, e que o levaria, fosse esse o caso, a dar “tudo sobre a sua mãe”. <br />João Bénard da Costa tinha especial carinho por realizadores que, filme atrás de filme, trabalhavam com um núcleo restrito de actores e técnicos, os que mais se adpatariam à sua natureza e visão. Foi o que aconteceu com John Ford, grupo a quem chamava “a gente de Ford”. Almodovar também tem a sua “gente” e ela volta a marcar presença, como Cecilia Roth, Julieta Serrano, Susi Sanchez, Penélope Cruz e, acima de todos, António Banderas. O actor malaguenho sempre esteve próximo de Almodovar, mas provavelmente só ele o conseguiria interpretar (e não apenas “representar”) de forma tão profunda e, ao mesmo tempo, tão silenciosa. O plano inicial, na piscina, primeiro com Banderas quase sentado debaixo de água, depois a emergir, é soberbo, simbolizando e anunciando, sem palavras, o mergulho no subsconsciente, no invisível, no que está por baixo da superfície, na essência da personagem. E efectivamente, é isso a que o espectador assiste ao longo das duas horas de filme… <br />Almodovar vai contando a (sua) história em sucessivos flashbacks da infância, que acabam por explicar muito do que ele se tornou. Essa “luz”, que recebeu na caverna onde vivia com a mãe, está presente também ao nível da fotografia, em especial nas cenas de interior, como se quisesse reafirmar que nada tem a esconder. Ao nível da realização, o espanhol confirma a sua adoração pelo cinema clássico, dispensando virtuosismos supérfluos e mostrando o mais importante: as faces e as suas emoções. Talvez não seja ainda a sua despedida mas, se o fosse, seria em grande!
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Sublime

António

"Dor e Glória" é um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos. <br />Uma reflexão sobre a vida (até a dele) e a arte.
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Reflexão com dor e glória.

Raul Gomes

Banderas e Almodóvar num rumo fortíssimo aos Oscars. <br />Autobiografia dolorosa, magnificamente representada por Banderas, sob o comando do realizador que melhor o conhece e dirige, e cujo entrosamento nos brinda com momentos inolvidáveis, falando-nos da dor de criação, das suas paixões e desvarios, mas que lhe dão sentido e esperança na vida. <br />Retorna a "A Lei Do Desejo", após 32 anos, e realiza este filme, que só agora, aos 70 anos, claramente o poderia fazer, com plena maturidade, com uma esplêndida fotografia, narrativa e cenários magníficos. <br />Com um certo pudor e sem as extravagâncias que são ou seriam a sua imagem de marca, expõe-se de uma forma livre, terna e sensível, que nos comove.
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Dor e glória

Helena

Absolutamente sublime. Almodóvar no seu melhor. Um filme emocionante, de um realismo de sentimentos que só ele sabe retratar. Valeu a pena esperar por um novo filme de Almodóvar. É é assim a vida,com dor e glória.
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