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Abraços Desfeitos

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Drama 129 min 2009 M/12 10/09/2009 ESP

Título Original

Los Abrazos Rotos

Sinopse

O mais recente filme de Pedro Almodóvar conta-nos a história de um escritor (Lluís Homar) que vive uma existência emprestada ao seu próprio pseudónimo. Catorze anos antes, ainda como Mateo Blanc, realizador e argumentista, um acidente de viação em Lanzarote roubou-lhe a visão e o seu grande amor. Para ele, Mateo morreu junto de Lena (Penélope Cruz), naquele trágico dia. Determinado a esquecer, abandona uma parte de si mesmo, optando pelo nome e existência que tinha escolhido no mundo literário: Harry Caine.
Harry, pretendendo riscar todos os traços da sua anterior individualidade, usa-se da sua incapacidade visual para apurar todos os seus outros sentidos, sentidos esses que o tornam ainda mais fascinante e apaixonado, algo que imprime nos seus argumentos cinematográficos que dita a Diego (Tamar Novas), seu secretário e filho da sua grande amiga Judit Garcia (Blanca Portillo). Um dia Diego tem um acidente e é Harry quem cuida dele durante vários dias. Uma noite, a história do que se passou há 14 anos é contada. Uma história dilacerante de amor louco coberto de fatalidade, ciúme e traição. O filme de Pedro Almodóvar é um festim para os almodavarianos, já que a obra está repleta de autocitações, que se estendem até à recriação de cenas de "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos".

PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Abraços Desfeitos

Jorge Mourinha

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Abraços Desfeitos

Mário Jorge Torres

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O passado é um drama

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

um abraço para Almodôvar

C Quaresma

Gostei muito do filme. Pela complexidade de todas as personagens (sem exageros e muito bem conseguida), pela fotografia e cenografia, pela Penélope e por todos os outros actores (excelentes) e pela evolução de Pedro Almodôvar que continua a fazer filmes diferentes, interessantes e belos. É pena que em Portugal se façam tão poucos filmes de que se possa dizer o mesmo.
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Um clássico para ficar e rever

Pedro Alhinho

“Abraços desfeitos” é “mais Almodóvar”, mas não é mais do “mesmo Almodóvar”. Enquanto história de paixões e de ciúmes o filme é uma recriação da história do mundo: - do poder do dinheiro para comprar o prazer da carne, numa idade e status em que o prazer do amor se torna inatingível pelo poder do encanto. O filme tem alguns achados: - Do poderoso Martel, que não consegue ler no interior da mulher que comprou (se vendeu), mas consegue pagar para que lhe leiam nos lábios o que dele diz a mulher que mandou filmar; - Da cuidada composição dos cenários e do enquadramento dos planos, num objecto que é muito mais “fotográfico” e menos “cinematográfico” que os anteriores; - Da recuperação de conceitos clássicos de montagem; - Da utilização muito parcimoniosa do nu e das cenas de sexo; - Da desvalorização do universo homossexual caracteristicamente almodovariano, ainda que no final se assista à redenção da personagem “Ray X”. O filme tem, ainda, Penelope Cruz, essa desgraçadamente bonita mulher, desvalorizada em início de carreira, mas que depois de "Vicky Cristina Barcelona" continua a sua ascensão como actriz.
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Longo e fastidioso

Rui Franco

Um filme longo e fastidioso, que se arrasta num "mistério" muito pouco interessante.
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A sr.a Rita Cruz

António Afonso

Veja Cinema Português, que também o há de qualidade e certamente, muito dele melhor que o último filme de Pedro Almodóvar.
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Perplexa

Rita Cruz

"Abraços Desfeitos" é um filme profundo sobre cinema, talvez o melhor de Almodóvar desde o "Fala com Ela". Fico perplexa com os comentários aqui no Público (dos críticos, dos anónimos, e da Graça "lá do Norte"). É pena que façam um copy/paste do que muita gente acha lá fora sobre o filme. Mas mais uma vez fiquei surpreendido... Só pelo facto de ter trabalhado com um novo Director de Fotografia é interessante ir ver e estudar este filme. Não é perfeito, mas é mais perfeito do que qualquer filme português jamais feito até agora... e esta?
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Almodóvar faz Almodóvar. E depois?

Stain Girl

Ao ouvir várias críticas menos boas sobre “Abrazos Rotos” fui ao cinema com algum receio de que tivessem razão, até porque “Volver” deixou um pouco a desejar, mas sendo o meu realizador de eleição não podia deixar de ir ver se Almodóvar tinha, realmente, perdido o seu encanto. E não perdeu. O uso sempre certeiro das cores continua lá, tal como a beleza da “mirada” de Penélope Cruz e os momentos cómicos no meio de uma trama melodramática séria. Mas passemos à história: um realizador cego conta a tragédia que mudou a sua vida, a sua relação amorosa com Lena e porque se transformou em Harry Caine mostrando vários aspectos sobre como fazer um filme, e é esta espécie de “making of” que torna “Abrazos Rotos” especial e interessante. Esta história de mistério faz recordar os seus tempos pré “Todo Sobre mi Madre” aliados a uma vertente mais intimista: os problemas de produção de “Chicas e Maletas” (o filme dentro do filme que é a nova versão de “Mujeres al borde de un ataque de nervios”) recordam os momentos em que Almodóvar dependia da vontade alheia para fazer os filmes, e a passagem de testemunho, já presente em “Volver”, torna-se aqui clara: Carmen Maura vira Penélope Cruz. Rossy de Palma, Kitti Manver e Chus Lampreave (todas chicas Almodóvar presentes em “Mujeres”) fazem uma pequena aparição tornando o fantasma dos filmes antigos do realizador espanhol ainda mais presente. A banda sonora é fantástica e o som do mar das cenas em Lanzarote embala-nos na iminência da tragédia depois desta acontecer. Recomendo e que Almodóvar continue a fazer Almodóvar :)MP
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Concordo com anónimo..

Anó Nimo

Também vou ver... se aqui falam mal normalmente é porque é bom. Obgd!
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Comentário ao comentário de Anónimo à crítica

Graça Castro Robeiro

Se a vida fosse assim tão simples: crítica negativa = filme bom... Infelizmente não se trata de uma crítica negativa mas sim de uma crítica pefeitamente rigorosa e cheia de verdade. Excepto talvez em relação ao trailer que na realidade nem sequer pode ser considerado melhor do que o filme. Poderá não ser tão fraco como o próprio filme mas já aponta muito para as fragilidades do mesmo. Resta-nos a esperança na capacidade de renovação do realizador - embora a frase final sobre um filme ter de ser terminado 'no matter what' ou algo parecido não me pareça um bom presságio...
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: )

PS

Almodóvar pinta quadros de uma Espanha crua com os seus filmes e este não é excepção. Uma história como só ele poderia realizar, com um elenco excepcional como nos tem habituado. Nota máxima para as cenas passadas em Lanzarote (apesar de poucas com muita pena minha) e para o encaixe de uma música de Cat Power, nessas cenas. Quanto às críticas negativas especialmente dos nossos profissionais, vejo-as como opiniões de quem sente de uma forma diferente, e isso não é bom nem é mau, é diferente. Abraços
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Críticas

SM

Como gosto de críticas negativas. Fazem-me ter a certeza de ir ver um bom filme. Obrigado.
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