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Vidas Duplas

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Comédia Dramática 108 min 2018 27/02/2020 FRA

Título Original

Doubles Vies

Sinopse

<div>Alain é um editor com uma longa e bem-sucedida carreira. Léonard, por sua vez, é um escritor com provas dadas mas que agora enfrenta graves problemas de inspiração. Os dois são amigos e vivem as mesmas lutas: dificuldade em lidar com o impacto da tecnologia – e os seus algorítmos – no mercado editorial, uma crise de meia-idade e alguma inépcia em lidar com as respectivas mulheres… e amantes.</div> <div>Com realização e argumento do aclamado realizador francês Olivier Assayas (também autor de "Paris Desperta", "Destinos Sentimentais", "Carlos", "Depois de Maio", "As Nuvens de Sils Maria" ou "Personal Shopper"), uma comédia conjugal com Guillaume Canet, Juliette Binoche, Vincent Macaigne, Christa Théret e Nora Hamzawi, entre outros. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

O jogo das cadeiras

Jorge Mourinha

Entre a comédia burguesa e o diálogo socrático, Olivier Assayas levanta questões sobre o admirável mundo novo em que vivemos. Já o vimos melhor.

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Críticas dos leitores

O século XVIII no século XXI

Johnny

Uma deliciosa comédia de enganos "à la" sec. XVIII transposta para o séc. XXI com o assunto da produção e digitalização da literatura como muleta, no quadro do melhor de uma típica discussão intelectual francesa
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Os inadaptados

Raul Gomes

<p>...às novas tecnologias, à transformação/derivação dos leitores de livros em papel para digital e, o regresso ao original. </p><p>Comédia burguesa, bem descrita, nas suas discrepâncias interpessoais e extraconjugais, que são banalizadas, sem conteúdo, como se vivessem numa bolhas, extraída dos romances que escrevem e/ou publica, como que um séria televisiva de faz de conta. </p><p><br />No entanto, os diálogos são excepcionais, prendem-nos nas suas filosofias, concordemos ou não com elas, mas que esclarecem o mundo confuso em que vivemos, entre o virtual e o comtemplativo. </p>
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O Sexo e a Literatura

Ramiro E. Ferreira

Filme com um forte pendor intelectual, que aborda a temática/discussão entre o digital e o analógico, nomeadamente no mundo literário. <br />A narrativa, para mim, é agradável, embora, por vezes, se torne um pouco maçadora, dado o seu carácter de conversa, ou conversas, de uma elite francesa sobre o tema acima referido. <br />As vidas duplas também se referem a uma série de traições conjugais dos intervenientes, que como é hábito no cinema francês, se revelam em cenas de sexo que se vêm sem pudores ou cortes desnecessários. <br />Com um final leve e uma história simples mas densa, é recomendável para apreciadores do cinema francês.
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3 estrelas

José Miguel Costa

Olivier Assayas, o realizador camaleão, parece ter decidido voltar a "baralhar" e experimentar um novo género cinematográfico, pelo que no filme "Vidas Duplas" embrenha-se no terreno pantanoso da comédia conjugal burguesa. <br /> Como seria expectável, fá-lo de um modo algo atípico, já que não lembra "nem ao menino Jesus" tentar fazer humor meditando sobre os limites da "literatura séria" na era da internet (sem se coibir de introduzir interesssantes, e explanativos/exaustivos, ensaios intelectuais sobre a temática) no seio de uma narrativa que coloca em confronto (civilizado/"cínico", claro - que são franceses cultos de classe média alta) e "enrolanços" dois "casais amigos" (o escritor freack desinteressado e a sua companheira assessora politica de esquerda versus o editor bem sucedido e a sua mulher actriz insatisfeita). E não é que a coisa, que poderia descambar numa maçada de todo o tamanho, resulta num produto ágil e divertido q.b.? Muito graças ao sarcasmo do cineasta (inserido cirurgicamente no seio de excelentes diálogos) e à magnifica interpretação (aparentemente) naturalista dos quatro actores de base (Juliette Binoche - a diva de quase todas as suas anteriores obras -, Guillaume Canet, Vincent Macaigne e Nora Hamzawi). <br /> No entanto, não é, nem por sombras, das suas melhores películas, faltando-lhe um verdadeiro "toque à Olivier Assayas" que lhe imprima Identidade.
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