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Personal Shopper

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Drama 105 min 2016 M/14 02/03/2017 ALE, FRA

Título Original

Personal Shopper

Sinopse

Maureen Cartwright é uma "personal shopper" americana a viver em Paris. A sua função é percorrer as lojas em busca de roupas e adereços que agradem a Kyra, uma sofisticada e intransigente supermodelo alemã. Ainda em luto pela morte do irmão gémeo, com quem toda a vida partilhou capacidades mediúnicas, ela esforça-se por comunicar com ele de todos os modos possíveis. É então que começa a receber estranhas SMS de um número desconhecido…
Um "thriller" psicológico escrito e realizado por Olivier Assayas ("Paris Desperta", "Destinos Sentimentais", "Carlos", "Depois de Maio", "As Nuvens de Sils Maria") que, com esta obra, recebeu o Prémio de Melhor Realizador no Festival de Cinema de Cannes. Kristen Stewart, Benjamin Biolay, Lars Eidinger e Sigrid Bouaziz dão vida aos personagens. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

Um Médium no iMessage

J.F.Vieira Pinto

Para Maureen (Kristen Stewart), a água a correr na banheira não é um “sinal” suficiente para comunicar com o “Além”, mais exatamente com Lewis, seu irmão morto. <br />Será preciso algo mais que um “problema de canalização” para que isso aconteça; algo mais físico ou o que quer que seja. <br />O longo “chat” que tem pelo iMessage, com um estranho, quase nos faz pensar que as novas tecnologias informáticas ter-se-ão adaptado a este tipo de contacto entre médiuns. Mas não. No filme antigo, que ela descobre no “Google”, o contacto pelo método clássico, poderia ser o mais plausível ou seja: uma mesa de Pé de Galo; um toque para “sim” e dois toques para “não”... <br />Até o próprio Assayas deve ter ficado confuso. Anda às voltas com o tema e tem alguma dificuldade em sair da alhada em que se meteu. O resultado final não é simpático. <br />Ficamos com a ideia que este “Personal Shopper” poderia ser algo mais que um friso publicitário da “Chanel” ou da “Cartier”...(*)
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Um Médium no iMessage

J.F.Vieira Pinto

Para Maureen (Kristen Stewart), a água a correr na banheira não é um “sinal” suficiente para comunicar com o “Além”, mais exatamente com Lewis, seu irmão morto. <br />Será preciso algo mais que um “problema de canalização” para que isso aconteça; algo mais físico ou o que quer que seja. <br />O longo “chat” que tem pelo iMessage, com um estranho, quase nos faz pensar que as novas tecnologias informáticas ter-se-ão adaptado a este tipo de contacto entre médiuns. Mas não. No filme antigo, que ela descobre no “Google”, o contacto pelo método clássico, poderia ser o mais plausível ou seja: uma mesa de Pé de Galo; um toque para “sim” e dois toques para “não”... <br />Até o próprio Assayas deve ter ficado confuso. Anda às voltas com o tema e tem alguma dificuldade em sair da alhada em que se meteu. O resultado final não é simpático. <br />Ficamos com a ideia que este “Personal Shopper” poderia ser algo mais que um friso publicitário da “Chanel” ou da “Cartier”...(*)
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2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Olivier Assayas, após o magnifico filme "As Nuvens de Sils Maria" (2014), volta a diversificar (de recordar que anteriormente havia abarcado múltiplos géneros cinematográficos em "Irma Vip", "Horas de Verão", "Carlos" e "Depois de Maio" - menciono apenas a sua obra mais recente, aquela que visionei), pelo que, desta vez, surge nos ecrãs com "Personal Shopper", uma mescla entre filme de terror com fantasmas e triller policial psicológico que tem por base uma crónica de usos e costumes (em modo de "cinema de autor", que resulta numa espécie de fantasia realista). Todavia, este hibridismo, que poderia ser interessante, acaba por culminar em algo ambiguo/indefinido e sem identidade, por nunca se comprometer por completo com nenhum dos "géneros em disputa"(possivelmente, na tentativa falhada de gerar um produto idiossincrático). <br /> <br />Junte-se-lhe uma narrativa lenta (e aborrecida - o recurso à troca de sms durante durante 20 minutos é uma solução estilistica monótona e redutora) , demasiado fragmentada e sem rumo, que tenta infrutiferamente jogar com o subconsciente, sem que efectivamente, consiga acertar num tom certo para gerir a história que oscila entre o hiper-materialismo da moda versus universo metafísico (acabando esta ténue coabitação entre o realismo e irreal, com atmosferas diametralmente opostas, por originar uma pelicula pouco sólida e incongruente - facto que é inteligentemente disfarçado com um abstracto final em aberto). <br /> <br />A boia de salvação de Personal Shopper acaba por ser Kristen Stewart (sim, essa da saga dos vampiros "Twilight"), que na sua segunda colaboração com o realizador, carrega o filme às costas, brindando-nos com uma actuação de luxo, ao interpretar o papel de uma médium americana, a residir temporariamente em Paris com o objectivo de estabelecer contacto metafísico com o irmão que aí morreu, e que para subsistir economicamente trabalha como assistente particular de moda de uma intratável modelo.
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