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Clean

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Drama 110 min 2004 M/12 17/03/2005 FRA, GB, CAN

Título Original

Clean

Sinopse

Após vários anos a viverem juntos, Lee Hauser e Emily Wang estão completamente acabados. Mítica estrela rock nos anos 80, Lee há já muito que não tem um contrato discográfico. Vai de pequena cidade em pequena cidade dando concertos. A vida descuidada de dinheiro fácil e fama está em ruínas. O filho de ambos vive com os pais de Lee. Quando Lee é encontrado morto num quarto de motel nos subúrbios de Hamilton, uma pequena cidade industrial no Canadá, Emily é presa por posse de droga. Seis meses depois, é libertada e decide começar de novo em Paris, cidade onde antes vivera. Mas tudo mudou. A única coisa a que ainda se sente ligada é o seu filho, Jay, que está a crescer com Albrecht e Rosemary Hauser. Mas eles vivem no outro lado do mundo, em Vancouver, no Canadá. Se Emily espera voltar a ver o seu filho de novo, tem de encontrar um emprego e largar a metadona, que começou a tomar na prisão. Tem de desistir de uma série de coisas, especialmente do seu sonho de se tornar cantora - um fantasia inacessível. Emily vai enfrentar uma batalha diária para se encaixar num mundo que a rejeita - e de que ela também não gosta. Mas a tragédia faz com que todos se aproximem. Rosemary está doente e precisa de tratamento em Inglaterra. Albrecht é pragmático: não está a ficar mais novo e não vai ser capaz de educar Jay sozinho. Vai ter de ultrapassar a sua hesitação e aproximar-se de Emily. Mas será que Emily tem o que é necessário para ser uma boa mãe? Maggie Cheung, no papel de Emily, ganhou a Palma de Ouro para melhor actriz no Festival de Cannes.<p/> PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Clean drama rock

Luís Miguel Oliveira

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Muda de vida

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Misto de drama familiar e de filme sobre os bastidores do rock (alternativo), "Clean" foca as conturbadas experiências de Emily (Maggie Cheung), uma cantora de esferas mais marginais que é condenada a seis meses de prisão pela posse de drogas, sendo ainda considerada suspeita pela morte do marido, um músico que morreu de overdose. Após cumprir a pena, a protagonista tenta recuperar a custódia do filho e refazer a sua vida, estabelecendo uma peculiar ligação com o seu sogro (Nick Nolte), que a auxiliará. Olivier Assayas apresenta aqui um drama sóbrio e intimista acerca das relações humanas, dos laços familiares, das vicissitudes da fama, da toxicodependência e da procura da redenção, proporcionando um competente estudo de personagens com uma considerável carga realista.<BR/><BR/>Os maiores trunfos de "Clean" são a dupla protagonista: Maggie Cheung, que dá continuidade às convincentes interpretações já confirmadas em obras como "Herói" ou "2046" (e que recebeu, por este papel, a Palma de Ouro para Melhor Actriz no Festival de Cannes 2004), e Nick Nolte, que já não precisa de provar nada a ninguém e que oferece mais um sólido desempenho. A personagem de Cheung, contudo, segue por vezes (demasiadas, até) os convencionais traços da "estrela de rock", submersa numa rede de amargura, instabilidade emocional, desolação, individualismo e, claro, drogas, tornando-se pouco entusiasmante. Assayas consegue, ainda assim, evitar um excesso de rodriguinhos fáceis, mantendo quase sempre alguma subtileza no projecto e exibindo alguma desenvoltura (apesar de alguns passos em falso, como a dispensável cena no jardim zoológico).<BR/><BR/>No geral, "Clean" é um filme curioso e escorreito, embora demasiado linear e pouco surpreendente, proporcionando um retrato interessante de seguir mas longe de arrebatador. A viagem pelos meandros do rock alternativo dirá mais aos fãs do género, e os cameos de Tricky ou David Roback, dos Mazzy Star, ajudam a consolidar o olhar sobre esse micro-universo, assim como a apropriada banda sonora (que conta com a participação da própria Cheung).<BR/><BR/>Não sendo um título especialmente marcante, também não desmerece um visionamento, desde que não se espere muito mais do que uma regular mediania... Classificação: 2,5/5 - Razoável.
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