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Depois de Maio
Título Original
Après Mai
Realizado por
Elenco
Sinopse
Em Maio de 1968, uma greve geral sem precedentes é instaurada em França. Segundo sociólogos e historiadores, esse foi um dos acontecimentos revolucionários mais relevantes do século XX. Uma vez que não se estendeu a apenas uma camada da população, foi-se generalizando, superando quaisquer questões étnicas, culturais, de idade ou mesmo classe social. O evento teve um impacto nunca visto na sociedade francesa, impacto esse que se foi revelando nos anos subsequentes e espalhando pelo resto da Europa. Este filme segue os anos posteriores a este momento a partir da figura de Gilles (Clément Métayer), um jovem estudante que, tal como os seus amigos, fez parte dessa revolução e foi transformado pelas lutas políticas e sociais que daí decorreram. Arrastado por uma energia criadora, entre descobertas amorosas e artísticas, a sua busca interior leva-o a vários cantos da Europa, onde será obrigado a tomar constantes decisões em prol das suas aspirações mais íntimas.<br /> Um filme autobiográfico, realizado pelo francês Olivier Assayas ("Os Destinos Sentimentais", "Tempos de Verão", "Carlos"), que é também uma reflexão sobre o idealismo e a crença nas transformações pela revolução. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
3 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Um filme sobre a juventude esquerdista francesa em ressaca do Maio de 68. Após um intenso período em que se viveu apaixonadamente/utopicamente a política, a liberdade sexual e as novas formas de pensar a cultura, qual o caminho a trilhar por aqueles que foram os seus intervenientes mais activos - os que lutaram, sangraram, sorriram, amaram e odiaram com todas as suas forças? Esta é a questão de fundo que se coloca nesta obra, e para nos facultar algumas potenciais respostas o realizador recua até à Paris de 1971. No entanto, logo de início este seu "filme de época" soa um pouco a postiço, vazio de "vida" (e com um ritmo algo desadequado para descrever um tempo que nos foi "vendido" como frenético). Os personagens, sem qualquer expressividade, parecem ter sido caracterizados para um qualquer editorial de moda sobre revolucionários estudantis e os conceitos ideológicos, que vão sendo debitados sem emoção, são como que "colados a cuspo" no meio dos diálogos. Felizmente, com o intrincar do enredo esta primeira impressão vai-se desvanecendo, de tal modo, que saí da sala de cinema medianamente satisfeito, não dando, portanto, o meu tempo por perdido. E isto muito à custa do facto do realizador não ter optado por uma pelicula de chavões e de idealização, e por mostrar a essência da "esquerda caviar", que tanto teoriza sobre as virtudes do proletariado oprimido (mas à distância, numa redoma protectora, não vão os desgraçados transmitir-lhes alguma moléstia) pelo maléfico capitalismo (à sombra do qual vivem, e do qual não abdicariam em detrimento do bem estar dos outros, caso isso lhes retirasse algumas benesses), sobretudo a nível estético (que "tá claro, é algo muito importante para a vida dos seus queridos desfavorecidos"). <p> Ahhhh e a banda sonora é excepcional! </p>
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Tédio
José Lima
Precisamente por causa de vários pontos focados por LMO na sua crítica, nomeadamente a auto-condescendência, este é um dos filmes mais entediantes de todos os tempos. Assayas parece fazer um filme lá para casa.
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