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Singularidades de uma Rapariga Loira

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Romance, Drama 64 min 2009 M/12 30/04/2009 ESP, FRA, POR

Sinopse

Numa viagem de comboio para o Algarve, Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Mal entra para o seu primeiro emprego, um cargo de contabilista num armazém lisboeta do seu tio Francisco, apaixona-se perdidamente pela rapariga loira que vive na casa do outro lado da rua, Luísa Vilaça.
Conhece-a e quer de imediato casar com ela. Mas o tio não está de acordo, despede-o e expulsa-o de casa. Macário parte para Cabo Verde, onde enriquece, e, quando consegue finalmente a aprovação do tio para casar com a sua amada, descobre então a "singularidade" do carácter da noiva.
Realizado por Manoel de Oliveira, "Singularidades de uma Rapariga Loira" é inspirado num conto de Eça de Queirós.

 

PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Jorge Mourinha

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Um pequeno filme sobre o dinheiro

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Singularidades de uma Rapariga Loira

Afonso Vilaça

O filme está mal conseguido por duas razões. A primeira (e principal) é por pegarem um romance que na mente de Eça de Queirós supostamente acontece no início do século 20 e fazê-lo acontecer no tempo actual, sem existir qualquer tipo de adaptação. As cenas, as atitudes das personagens, o tratamento que existia entre as pessoas estão desenquadrados com a época. A meu ver foi preguiça do realizador recriar o cenário antigo. Sem querer criticar Eça, autor que eu admiro, a segunda razão que enumero é o facto do encadeamento das cenas ter algumas falhas de lógica. Embora a ideia da história tenha piada, as passagens acabam por desconsolar quem está à espera de outro tipo de desenvolvimento (mas isso deve dever-se ao estilo de Manoel). Teria de ler o conto para aprofundar esta última análise. As falas dos actores também parecem um pouco forçadas, pouco naturais. No entanto, nem tudo é mau. A actriz principal, Catarina Wallenstein, na minha opinião, foi muito bem escolhida. Tem uma beleza tremenda e o facto de ser um filme de Manoel de Oliveira permite o espectador apreciar bastante esse facto!
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É difícil entender...

Felipa Matos

...pois o filme é mau. O facto de ter 100 anos e já ter uma impressionante obra é verdadeiramente espectacular. Se calhar este senhor ainda vive mais 30 anos = €18.000.000,00 do nosso dinheiro e eu acredito que ele ainda faça mais uns bons filmes, mas este é mau e por favor não lhe digam que é bom porque senão ainda faz pior. Mas a crítica internacional adora o filme... e isso é que é difícil de entender.
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Insultos

Sara Almeida

Eu não percebo como é que um crítico de cinema pode fazer um comentário tão despropositado como este. Independentemente de se gostar ou não de Manoel de Oliveira, há opiniões que deverão ser guardadas, principalmente porque é de uma extrema falta de respeito para com o leitor que ainda acha que vale a pena ler crítica cinematográfica.
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Lisboeta?

António Martins

É raro perder tempo a corrigir o Público; que a minha vida não mo permite, mas fá-lo-ia com muito gosto porque acho que é obrigação do leitor ajudar os jornalistas (neles se incluindo críticos, cronistas, etc.). Passaria o dia inteiro a fazê-lo, creiam. Hoje tenho tempo e só pergunto ao crítico: Eça de Queirós LISBOETA??? Nascido onde, já agora, estudou onde, trabalhou onde? Donde vem o seu cosmopolitismo? O de Eça entenda-se. O do crítico está visto.
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Filme claramente Oliveiriano

Luís Coelho

Manoel de Oliveira, mais uma vez, consegue impressionar! Com os seus 100 anos, depois de tantos filmes realizados sobre a realidade portuense, camiliana e agustiniana (que são tudo sinónimos), Oliveira filma Lisboa com o mesmo amor que sempre demonstrou pelo Porto. E filma um conto de Eça de Queirós, que, no mito dos cânones literários, é uma espécie de anti-Camilo. Mas Oliveira possui a fluidez e a flexibilidade necessárias para mudar o registo, mesmo que tenha chegado a uma idade em que os poucos que lá chegam já nem têm registos e muito menos flexibilidade. Este filme sabe bem. Quem ama Lisboa e Eça, e especialmente a Lisboa queirosiana, só pode amar este filme. O crítico Luís Miguel Oliveira descobriu coisas no filme que eu não vi. Está no seu direito. Cá por mim, vejo coisas tipicamente oliveirianas: os planos fixos, os diálogos quase teatrais, a introdução do documentário na ficção (neste caso sobre o mundo de Eça num certo clube de ricos), os planos off, a sucessão de actores de grande prestígio, mesmo que seja só para aparecerem por breves minutos, e tantas outras coisas que um admirador do realizador só poderá amar. Eu fui ao Nimas, logo na primeira exibição comercial (às 13h45), éramos só três na sala. Por um lado é pena! Por outro lado, permitiu-me ficar a sós com o meu Oliveira, o meu Eça e a minha Lisboa. Este filme vale a pena. E, no fim, ficamos com a sensação de "saber a pouco"...
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Críticas e insultos

Vítor Sousa

"coisa para dar que pensar aos "humoristas" e outros engraçados que andam há anos a fazer a mesma piada com a duração dos filmes de Oliveira - isto, claro, partindo do pressuposto que eles pensam". Com este tipo de frases, LMO insulta aqueles que não gostam dos filmes de Oliveira pela sua suposta lentidão, ou seja, indirectamente chama-os de mentecaptos ou ignorantes mesmo que indirectamente. Mas no entanto, ofende-se se o chamam de pseudo-intelectual por não gostar de “Slumdog Millionaire”. O espectador comum não tem que confirmar os seus gostos. São apenas opiniões. Afinal em que ficamos? Acha-se que está num plano superior aos restantes mortais. Eu não sei se é professor universitário, mas pelos tiques parece ser. Só que se esquece que nós não somos seus alunos e merecemos igual respeito. Eu digo isto e adoro Manoel de Oliveira que é bastante mais humilde que sua excelência. E acredito que estejamos perante mais uma obra-prima do mestre portuense.
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