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Sangue por Sangue - Director's cut

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Drama, Thriller 97 min 1984 M/16 15/01/2002 EUA

Título Original

Blood Simple

Sinopse

Marty contrata um detective privado para seguir a mulher Abby, porque suspeita que ela lhe é infiel. Efectivamente, Abby envolveu-se com Ray, um dos empregados do bar que pertence ao marido. Quando a infidelidade se confirma, Marty paga uma elevada quantia ao detective para mandar assassinar a mulher e o amante, mas quem acaba por ser vítima de uma tentativa de assassínio é o próprio dono do bar. Mas será que Marty morreu mesmo?... "Sangue por Sangue" é o primeiro filme assinado pelos irmãos (Joel e Ethan) Coen, a que se seguiriam longas-metragens como "Barton Fink", "O Grande Lebowski" e "Fargo", entre outros. Aproveitando a estreia do seu último filme dos célebres irmãos – "O Barbeiro" –, a Vitória Filmes aproveita para relembrar este filme, exibindo o seu "director's cut".

PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Um divertimento interessante

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Sangue por sangue

Fernando Oliveira

O quanto difícil é matar alguém? Como é que alguém demora tanto a morrer? “Sangue por sangue”, o primeiro filme dos irmãos Coen, onde os arquétipos do filme negro são perversamente subvertidos, atreve-se a estas perguntas, perguntas que vêm lá de trás, de Hitchcock por exemplo.

Um homem, Marty, contrata um detective para seguir a esposa e o amante desta, Abby (foi também o primeiro filme de Frances McDormand) e Ray, e depois para os assassinar. Mas a violência posta em marcha por Marty foge à razão, o destino torna-o marioneta, é ele o homem que demora a morrer.

Nestes filmes quase tudo foge ao controle dos personagens. O cinema é um deus muito duro com eles. O filme é formalmente brilhante a criar um intrigante “silêncio” visual quando olha para os rostos dos personagens que espelham na solidão das noites ou nas paisagens isoladas, também nocturnas, do Texas. A fotografia “angustiante” de Barry Sonnenfeld e a rigorosa montagem dos irmãos Coen e de Don Wiegmann sublinham intensamente a fatalidade da história.

À aparente simplicidade do argumento os irmãos Coen somam-lhe uma tortuosidade seca (são todas assim as histórias dos melhores filmes negro clássicos: complexos na sua simplicidade), uma obsessão pelos pormenores, uma perturbação. Um filme violento, e que não esconde a sua brutalidade (o enterro ou o confronto no final entre Abby e o detective) e que não deixa aos personagens uma hipótese de “fuga”, nem o amor os “salva”. Um filme violentamente belo. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com)

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