Quase obrigatório, tal a publicidade em redor, tem o condão de mostrar o mundo do desporto (?) longe do estrelato. Uma espécie de liga dos últimos, onde o esquecimento após anos na ribalta leva ao contacto de uma ex-estrela com quem procura esse estrelato, atrelando uma sobra de lado humano, Visualmente pobre dá a sensação de que a história, melhor trabalhada fora do ringue, daria um filme a sério. Quanto ao Mickey Rourke, mais um pobre desempenho de um fraco actor. Mas isto dos Globos de Ouro (e dos Óscares) já há muito que passam ao lado do prémio pelo desempenho...

Há dias que saímos do cinema depois de ver um filme e o sentimento é de felicidade, de conforto. “O Wrestler “é um desses filmes que são capazes de criar um mundo diferente daquele que vivemos. Embora já tivesse sabido atempadamente que o argumento iria girar em torno do "lutador" interpretado pelo grande actor Mickey Rourke o filme não deixou de me surpreender. Todavia salienta-se que não deixa de ter um argumento simples, na prática pode ser interpretado como uma biografia de alguém que em tempos teve os seus momentos de glória e que com a evolução da idade vê-se numa situação peculiar: sem dinheiro, a trabalhar num supermercado, sem família, restando-lhe apenas uma stripper como suporte do seu fado. Realço também a interpretação de Marisa Tomei que está muito acima do esperado. Excelente filme este, simples, penetrante, pouco "hollywoodesco" e acima de tudo um romance dramático. Não posso deixar de dizer que no findar do filme pensei que isto me faria lembrar qualquer coisa comum. E lembrei-me então do “Rocky I”, faz-me lembrar um pouco a história do pugilista que vive na penúria mas contrariamente ao Wrestler ascende ao topo do mundo. Faço esta analogia também porque de facto para se ser um grande actor é necessário talento, sorte, mas há um adjectivo que caracteriza Rourke e (bem como Stallone) e que está bem patente neste filme, ou seja CARISMA. Convém só relembrar para quem não sabe ou para quem achar piada a esta comparação entre “O Wrestler” e “Rocky”: este último ganhou o Óscar de melhor filme no ano em 1976, mas Stallone perdeu, tal como Rourke, a estatueta dourada.

... não porque o filme seja mau, pelo contrário, porque é demasiado bom! Fiquei tão incomodado com o realismo trágico da película, soberbamente interpretada por aquele que para mim é o Marlon Brando do final do século XX (Mickey Rourke) que preferi sair e não ver o fim do filme. Pensava que ia assistir a uma história comum, de ascensão e queda de uma estrela, mas em vez disso recebi de imediato o choque de começar com a queda, e talvez a ascensão viesse na segunda parte do filme, mas os meus sentidos ficaram demasiado afectados para aguentar a depressão até ao fim. Infelizmente não aprecio esta nova corrente cinematográfica, o realismo trágico, em renascimento talvez devido à crise em que vivemos, mas reconheço que têm surgido verdadeiras obras-primas (“Blindness” por exemplo). Nos anos 30 a 50 havia uma corrente semelhante (As vinhas da ira, os cavalos também se abatem) talvez também devido à crise económica e à guerra. Prefiro as comédias...

Caros cinéfilos, acreditem se há coisa que detesto é Wrestling, mas este filme apesar de se passar metade do mesmo no mundo do Wrestling é brutalmente bom, é de uma intensidade emocional fortíssima e de um realismo muito actual. Sentimo-nos literalmente na pela do Mikey Rourke durante todo o filme. Está muito bem representado, muito bem realizado! Não sai de lá a gostar de Wrestling, nem pensar, mas sai de lá confirmando a minha postura de que preconceitos na escolha de filmes não valem a pena. Vão ver, vale muito a pena, só não vão ver se forem muito sensíveis pois o filme é muito forte e violento... mas isso... actualmente, deixemo-nos de hipocrisias, qualquer telejornal mostra realidades muito piores. Rita

Acabei de ver este filme e acho que está muito mal feito. Eu vejo regularmente Wresting na televisão há muitos anos e acho que falharam completamente com o casting do Mickey Roorke. O filme era muito melhor se tivessem usado um lutador a sério como o John Cena ou se queriam um velho podia ser o Triple H. Depois não faz sentido nenhum eles combinarem os truques ainda no ringue. Toda a gente sabe que as lutas são coreografadas com semanas de antecedência. Enfim, não é um filme muito realista!

Apesar da ser um bom filme, "The Wrestler" consegue pouco mais que isso. Falta-lhe algo. Começa na ligação das cenas, a montagem do filme, para além de que o realizador deveria ter dado mais relevo às personagens femininas - é muito incipiente a maior parte delas. A interpretação de Rourke é, de facto, muito boa e isso faz o filme brilhar. Mas falta algo na realização e, consequentemente, no produto final. Apesar destes problemas aconselho a sua visualização nas salas de cinema. Boa faixa de Springsteen que contrasta com uma banda sonora quase inexistente, infelizmente. Nota: 3,5***

Um filme surpreendente sobre o sentido do sacrifício e da dor. Não é por acaso a referência ao (péssimo) filme A paixão de Cristo, onde a violência era oferecida de uma forma gratuita como interpretação literal dos Evangelhos. N' “O Wrestler” a violência e a dor são pelo contrário uma imagem elegante da via-sacra que Ram atravessa e que culmina num último plano do lutador, como que crucificado, dando sentido a toda a sua História, morrendo (estupidamente?) por uma causa. Não são também inocentes os planos secundários do prédio de uma ceita hispânica onde ironicamente é sugerido "não sofras mais, Cristo salva-te" nem a tatuagem nas costas de Ram de Cristo em agonia. “The Wrestler” é assim um filme religioso, no bom sentido da palavra, muito mais que o mencionado filme de Mel Gibson.

Belo filme que visita os bastidores de um espectáculo que, como muitos outros, pode ser cruel para com os seus protagonistas sobretudo quando já não se caminha para novo e em tempos se atingiu alguma notoriedade. Um filme assim poderia ser feito em Portugal, onde não serão poucos os Randys do futebol. A ver sem medos!

Confesso que inicialmente fiquei um pouco hesitante quanto a ver este filme, pois imaginei que fosse mais um do género do "submundo" das artes marciais, com passagens e exibições extremamente massacrantes acerca do mesmo. Ainda assim, lá lhe dei o benefício da dúvida e não estou nada arrependida, e, mais, recomendo vivamente a todos os leitores, "Cinéfilos compulsivos" (como eu), ou não, a visualização deste filme. "O Wrestler" surpreende e encanta, desde as magníficas actuações ao argumento envolvente. É impossível ficar-se indiferente à sensibilidade deste filme para questões tão importantes da nossa vida, tais como, a necessidade que temos de AMOR, seja de que tipo for e a falta que ele nos faz em qualquer momento da nossa vida, principalmente quando já não nos resta mais nada. Faz-nos reflectir sobre a importância da família e de como devemos preservá-la! E, muito importante, faz-nos pensar sobre as escolhas que fazemos na vida, daquilo que realmente é fundamental para nós e nos faz Realmente Felizes, nos faz sentir bem, nos faz sentir Vivos. Viver a vida intensamente de acordo com a nossa própria Filosofia e não por imposições ou convenções da sociedade. "O Wrestler", para além de encantar e surpreender, também "entristece" (no bom sentido), porque é impossível passar ao lado da história de vida deste lutador em decadência, e não sentirmos o seu sofrimento!!! Por isso tão bom, porque é tão real e tão envolvente, que nos faz entrar completamente na sua pele, entristecer-nos com a sua carência afectiva e, ao mesmo tempo, cativar-nos pela forma fantástica e positivista como o personagem lida com tudo isto!!! Para não falar das actuações impecáveis, tanto de Mickey Rourke como de Marisa Tomei, simplesmente Geniais (na minha opinião excelentes actores)!!! Recomendo Vivamente, um Filme a não perder!!!

Espero muito em breve ir assistir a este filme que me parece ser de grande qualidade e pelo que já li tem um grande argumento e grandes interpretações. Acho escandaloso que este filme estreie apenas em algumas salas de cinema neste país. Infelizmente na minha zona não estreou e fiquei bastante aborrecido com o facto. Será que um filme que teve nomeações para os Óscares não merecia mais destaque do que as comédias do Adam Sandler? (eu gosto mas já começa a fartar).