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O Último Capítulo
Título Original
The Fountain
Realizado por
Elenco
Sinopse
Do realizador de culto Darren Aronofsky ("Pi", "A Vida não é um Sonho"), chega-nos "The Fountain", uma história de amor de um homem que recusa ver a mulher morrer e faz tudo para lhe devolver a vida. A história também da reconciliação com a vida, o amor, a morte e o nascimento. A história desenrola-se em 3 períodos. Na Espanha do século XVI, o conquistador Thomas (Hugh Jackman) inicia uma busca pela mítica Fonte da Juventude, a fonte da vida eterna. Em 2006, o cientista Tommy Creo luta desesperadamente para encontrar a cura para o cancro que está a matar a mulher (Rachel Weisz). E no século XXVI, o astronauta Tom começa a deslindar os mistérios que sempre o consumiram. Muito aguardado, "The Fountain" desiludiu a crítica no Festival de Veneza, onde foi mundialmente apresentado. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
O filme
A opinião
Havendo opiniões diferentes penso que este é o filme do ano. Consegue descrever determinados assuntos difíceis de uma forma muito profunda. Tocante !!
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Uma aventura espiritual
Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/
THE FOUNTAIN<BR/>de Darren Aronofsky<BR/><BR/><BR/>“The Fountain” é um filme difícil de explicar. Em última análise é uma simples história de amor. Mas é muito mais do que isso. “The Fountain” é profundamente espiritual e transcendentemente belo. Um filme especial. E surreal. <BR/><BR/>O realizador e argumentista Darren Aronofsky (“Pi”, “Requiem for a Dream”) reparte a narrativa em três momentos e espaços distintos: a época das conquistas quinhentistas, o presente e o futuro. Tomas (Hugh Jackman) é um conquistador espanhol em busca da Árvore da Vida no Novo Mundo a mando da Rainha Isabel (Rachel Weisz); Tom Creo é um cientista em busca de uma cura para o cancro na tentativa de salvar a sua mulher Izzi (novamente Weisz); Tommy é um ser do futuro viajando numa bolha transportando a Árvore da Vida para Shibalba, uma nebulosa que os Maias acreditavam ser o portal para um outro plano existencial. <BR/><BR/>É graças à sensível estética de Aronofsky e à fotografia de Matthew Libatique que se conseguem momentos tão belos e intensos como uma respiração no pescoço da pessoa amada. Os close-ups conduzem-nos ao centro da tragédia que se desenrola, e a força das interpretações, em especial a apaixonante profundidade de Jackman, tornam esta uma experiência de grande intimidade. <BR/><BR/>Cada um dos três ambientes está cuidadosamente criado, e Aronofsky consegue interligá-los sem perder a especificidade de cada uma das narrativas. Sem referências estanques a qualquer religião em concreto, estes três planos de existência estão unidos por um amor comum. Aqui, esse amor traduz-se numa mesma pessoa (Isabel-Izzi), mas, se quisermos ir mais longe, o amor, na sua essência, é algo muito mais universal. É ele o motor das acções, da vida. Salvá-lo para sempre é atingir a imortalidade. Mas, nessa busca incessante, é fácil ficarmos cegos perante aquilo que o presente nos oferece. E perante o carácter finito da viagem existencial que neste momento partilhamos surge a questão: será que o envelhecimento e a morte fazem parte da vida ou são – como é dito em certo momento – apenas uma doença para a qual ainda não encontrámos a cura? <BR/><BR/>Talvez estas divagações sejam a concretização do conceito que Aronofsky pretendia criar com este filme: o de “ficção científica metafísica”. Para mim “The Fountain” é uma aventura espiritual, simultaneamente serena e inquietante. <BR/><BR/><BR/>8/10<BR/>
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A Thanka de Aronofsky
jpt
Por incrível que pareça, há resmas de críticos pelo mundo afora que viram em The Fountain "uma fantasia histórica" e um "filme de ficção científica". Serei simpático e imputá-lo-ei à preguiça e ao press release do estúdio, embaraçado com o que tinha em mãos. É que The Fountain é uma aberração no actual cinema americano: um filme acerca de filosofia. Um filme que pretende representar visualmente (e defender) a Ideia da Morte como o reinício da Vida, central à cosmologia Budista (antes, Hindu) e, claro, também Maia ou Egípcia, e tão diversa (que não, necessariamente, avessa) da noção Judaico-cristã (depois Muçulmana) de julgamento e partida para uma dimensão transcendente. É um extraordinário Mandala de celulóide, acerca da futilidade do combate contra a morte que é uma das obsessões maiores da actualidade; e da morte como inimiga da vida, o que, se pensarmos bem, é um absurdo. Que, nestes áridos tempos, alguém faça um filme sobre filosofia, composto por duas metáforas menores (nenhuma é new age, mas, como uma ida à Índia evidenciará, bastante old age) sobre uma maior, é uma coisa espantosa que, se não serviu para mais nada, serviu para mostrar o que vai para aí de ignorância (Ah, pois, a thanka que refiro no título não é o feminino de tanque).
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