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Armadilha

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Terror, Thriller 105 min 2024 M/12 01/08/2024 EUA, Iémen, GB

Título Original

Uma mistura entre “O Silêncio dos Inocentes” e um concerto de Taylor Swift. É assim que M. Night Shyamalan, um dos mais populares nomes do terror americano, descreve este filme. Josh Hartnett é Cooper, um pai que leva a filha, Riley (Ariel Donoghue), a um megaconcerto de Lady Raven, uma estrela pop interpretada por Saleka Shyamalan (filha do realizador). Só que, na realidade, Cooper é um assassino em série e todo o concerto é uma operação policial para o tentar apanhar. Uma das inspirações do filme é uma operação de 1985 em que os US Marshals e a polícia de Washington se juntaram para oferecer bilhetes para um jogo de futebol americano para apanharem fugitivos à justiça. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Armadilha, de M. Night Shyamalan: Psycho killer qu’est-ce que c’est

Vasco Câmara

Um thriller hitchcockiano, de têmpera de série B, delirante q.b., arredondado pelo toque M. Night Shyamalan.

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Críticas dos leitores

Armadilha

Fernando Oliveira

Eis como se estraga uma bela ideia narrativa. Quase… M. Night Shyamalan é talvez o realizador menos consensual do Cinema destes dias. A partir de uma certa altura, todos os seus filmes foram assunto para ódios ou para amores extremados; nem uma coisa nem outra, ele é o autor de quatro filmes essenciais (“Sinais”, “A Vila”, “A Senhora da Água” e “O Acontecimento”), mais uma mão cheia de filmes bastantes interessantes e outros assim-assim.

Este “Armadilha” é um destes últimos: parte de uma ideia inteligente, enquanto a história é contada dentro da Arena durante o concerto é um belo exercício de suspense e de Cinema, depois quando sai para fora, Shyamalan desbarata a ideia, não nos consegue fazer acreditar naquela parte da narrativa, tudo escorrega para o ridículo.

Quase, porque nota-se em todos os momentos que o realizador está em modo de brincadeira, diverte-se e brinca connosco; e isto dá ao filme uma certa genuinidade. Obriga-nos a “engolir” a inverosimilhança. Um homem, Cooper, leva a filha Riley a um concerto de Lady Raven (personagem provavelmente inspirada em Taylor Swift ou noutra parecida), a miúda tem problemas com as colegas de escola, mas aquele dia vai ser um dia especial para ela.

Rapidamente Cooper percebe que o concerto também é uma enorme armadilha para capturarem um serial killer que anda aterrorizar a cidade, chamado o Açougueiro por ter retalhado todas as suas doze vítimas. Também logo ficamos a saber que Cooper é esse homem.

Enquanto o concerto vai decorrendo, Shyamalan é magnífico a encadear as imagens dos momentos do concerto (Lady Raven é interpretada por Saleka Shyamalan, a filha do realizador, e é notável o carinho com que a filma, e isto é muito bonito) e as tentativas de Cooper de encontrar uma possibilidade de fuga quando percebe aonde “caiu”.

As formas como mente e manipula os outros conseguem-lhe essa possibilidade, e até aí o filme é muito bom Cinema, um thriller a lembrar Hitchcock. Depois é a parvoíce quase total, cheia de brechas na razoabilidade. Mas lá está, sentimos tudo como uma brincadeira. A propósito de “A A Senhora da Água” lembro-me que Shyamalan disse numa entrevista que tinha pensado na história como numa para contar às filhas. Talvez este filme também seja uma “brincadeira” partilhada com a filha. Um filme assim-assim, mas que o homem sabe filmar lá isso sabe. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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