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A Senhora da Água

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Thriller 110 min 2006 M/12 28/09/2006 EUA

Título Original

Lady in the Water

Sinopse

Uma fábula que o realizador M. Night Shyamalan escreveu e transformou em filme. Bryce Dallas Howard é Story, uma bela e misteriosa ninfa, uma "narf", que vive nas passagens debaixo da piscina de um complexo de apartamentos. É aí que Cleveland Heep (Paul Giamatti) a encontra e percebe que ela tem sido perseguida por criaturas malévolas que a impedem de regressar ao seu mundo. Os moradores do complexo terão de ajudar Story e Cleveland terá de enfrentar os seus demónios para devolver a liberdade à bela ninfa. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

Lady in the water

Fernando Oliveira

“Lady in the Water” é uns dos mais espantosos filmes de M. Night Shyamalan, tão maravilhoso como encantador. E o segundo é o mais conforme dos adjectivos, porque é uma história de encantar o que este filme é. Como em quase todos dos melhores filmes do realizador exige de nós que aceitamos como verdadeira a magia que um filme nos pode dar. E este exige de duas maneiras. Primeiro pede-nos, adultos que sabemos racionalmente que não pode ser verdadeiro o que nos estão a contar, que sejamos quase como crianças e que nos deixamos maravilhar e emocionar como sendo possível o que estamos a ver. Depois porque o que nos conta, e o quão fantástico é, não se passa em extraordinários mundos alternativos ou em passados gloriosos e cheios de mistérios; passa-se num normalíssimo condomínio numa qualquer cidade norte-americana no presente; e o que nos conta é de uma enorme, mas sincera, fragilidade. <br />O responsável pela manutenção do condomínio (enorme desempenho de Paul Giamatti) descobre na piscina uma jovem (Bryce Dallas Howard, suave e mágica como a sua personagem), que lhe conta ser uma ninfa do mar, que ele vai ajudar a encontrar um dos moradores, predestinado para ser um benfeitor para o Mundo, e que depois do encontrar, ela vai ter de regressar ao seu mundo. Mas como na floresta vizinha aparece um mágico e terrível monstro com o único fim de a matar, eles vão precisar que, tal como nós, alguns moradores acreditem e os ajudem… <br />E é esta entrega das personagens, o acreditarem e envolverem-se nesta história mágica e tão desfasada dos dias de hoje, e com isso ultrapassarem as dores das suas vidas, que nos emociona e nos faz entrar, sem duvidarmos, no filme. <br />E há a estranhíssima fotografia de Chris Doyle que adensa e torna delirante a atmosfera envolvente – aquela referência às ambiências do filme anterior de Shyamalan, “The Village” (as luzes da piscina como fronteira entre a segurança da zona dos homens e terror que vem da floresta) é muito bonita. <br />Uma legenda no final do filme – “To my daughters, I'll tell you this story one more time. But then go to bed.” – faz-me pensar que esta história foi pensada para ser contada como uma de embalar às filhas do realizador, e portanto algo de muito pessoal para Shyamalan. <br />Magnífico. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Lady in the water

Fernando Oliveira

“Lady in the Water” é uns dos mais espantosos filmes de M. Night Shyamalan, tão maravilhoso como encantador. E o segundo é o mais conforme dos adjectivos, porque é uma história de encantar o que este filme é. Como em quase todos dos melhores filmes do realizador exige de nós que aceitamos como verdadeira a magia que um filme nos pode dar. E este exige de duas maneiras. Primeiro pede-nos, adultos que sabemos racionalmente que não pode ser verdadeiro o que nos estão a contar, que sejamos quase como crianças e que nos deixamos maravilhar e emocionar como sendo possível o que estamos a ver. Depois porque o que nos conta, e o quão fantástico é, não se passa em extraordinários mundos alternativos ou em passados gloriosos e cheios de mistérios; passa-se num normalíssimo condomínio numa qualquer cidade norte-americana no presente; e o que nos conta é de uma enorme, mas sincera, fragilidade. <br />O responsável pela manutenção do condomínio (enorme desempenho de Paul Giamatti) descobre na piscina uma jovem (Bryce Dallas Howard, suave e mágica como a sua personagem), que lhe conta ser uma ninfa do mar, que ele vai ajudar a encontrar um dos moradores, predestinado para ser um benfeitor para o Mundo, e que depois do encontrar, ela vai ter de regressar ao seu mundo. Mas como na floresta vizinha aparece um mágico e terrível monstro com o único fim de a matar, eles vão precisar que, tal como nós, alguns moradores acreditem e os ajudem… <br />E é esta entrega das personagens, o acreditarem e envolverem-se nesta história mágica e tão desfasada dos dias de hoje, e com isso ultrapassarem as dores das suas vidas, que nos emociona e nos faz entrar, sem duvidarmos, no filme. <br />E há a estranhíssima fotografia de Chris Doyle que adensa e torna delirante a atmosfera envolvente – aquela referência às ambiências do filme anterior de Shyamalan, “The Village” (as luzes da piscina como fronteira entre a segurança da zona dos homens e terror que vem da floresta) é muito bonita. <br />Uma legenda no final do filme – “To my daughters, I'll tell you this story one more time. But then go to bed.” – faz-me pensar que esta história foi pensada para ser contada como uma de embalar às filhas do realizador, e portanto algo de muito pessoal para Shyamalan. <br />Magnífico. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Um apurado visionário

Carlos Vidal

Esta fábula de M. Night Shyamalan traz-nos de volta a sua parceria com a actriz Bryce Dallas Howard, e esta particularidade só por si, confesso, foi para mim mais do que suficiente para me suscitar uma curiosidade apenas saciável na sala de cinema perante a projecção do filme. Reconheço que esta longa-metragem não me causou a intensidade "arrepiante" de sensações que "A Vila" me tinha proporcionado, apesar de continuar lá a bonita banda sonora e a não menos bonita (em todos os aspectos) Bryce Dallas Howard, que curiosamente (e surpreendentemente) descobri não ter participado em mais do que um par de projectos para além dos já referidos (entre os quais destaco "Manderlay", de Lars Von Trier). É também de notar o valor acrescentado trazido pelo sólido Paul Giamatti.<BR/><BR/>Admito ter ficado algo surpreendido aquando da afirmação de Shyamalan quanto à ambição e ao risco depositado neste filme, comparado (bem ou mal?) por alguns com o clássico "E.T." no que diz respeito ao seu propósito. E, repito, apesar de não me ter entusiasmado tanto quanto em "A Vila", quem melhor do que Dallas Howard para interpretar uma ninfa? Quem melhor do que Shyamalan para nos trazer um conto de fadas? É inegável a riqueza de simbolismos deste filme que olha para Story (Dallas Horward) como quem se olha ao espelho e se (realmente) vê a si próprio, em particular, e à Humanidade, em geral. Que rumo damos a esta "Story"? Quanto tempo perdemos a pensar nisso? Ela, doente e fragilizada, só deseja voltar a casa (talvez por isso a comparação a "E.T."). Mas só um esforço conjunto de pessoas devidamente consciencializadas quanto à sua condição precária a poderão salvar.<BR/><BR/>É uma bela metáfora da nossa condição como humanos, do rumo que levamos, da nossa consciência preguiçosamente adormecida em geral; do rumo que levam os Estados Unidos – esse país que nos conduz a todos para o bem e para o mal –, em particular, da dormência e passividade de que padece uma parte considerável da sua população. Não é portanto por falta de riqueza de conteúdo que peca este último filme de Shyamalan, mas talvez apenas (na minha modesta opinião) na conciliação deste com a sua capacidade de entretenimento, que, faço questão de sublinhar, considero perfeitamente legítimo pretender-se alcançar por qualquer realizador.<BR/><BR/>Tenho pena que continuem a insinuar que Shyamalan está a tentar ser um Spielberg ou um Tim Burton, primeiro, porque considero que cada um tem o seu espaço; depois, porque considero que é demasiado singular para sentir necessidade de se fazer passar por outra pessoa. Resumindo e concluindo, Shyamalan no seu pior (?) continua acima da média e assina mais um belo trabalho com esta "Senhora da Água".
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Gostei

Mara

Gostei do filme apesar de estar à espera de momentos de mais "suspense"...
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Impecável

Luís Cabral

Achei o filme uma delícia. A performance de Bryce Dallas Howard espantou-me. Tal como "A Vila", de que também gostei bastante, embora sejam géneros diferentes. Nunca me canso de o ver.
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De regresso à infância...

Susana Pereira

Apesar de ser um filme relativamente parado e sem grandes momentos, achei-o delicioso! Traz-nos de volta ao mundo dos contos e fábulas onde os personagens são reais. Gostei de ver a importância dada a um ser "mítico" num filme feito por e para adultos. Foi bom ver a criança que existe dentro de cada um de nós.
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Razoável

klipomanias - www.spaces.msn.com/klipomaniaco

M. Night Shyamalan, um nome deveras interessante, mais propriamente o nome daquele indivíduo que nos trouxe para as grandes placas brancas o medonho "Sexto Sentido", o "ovnizado" "Sinais", a pequena e muito simpática comunidade "A Vila" e por fim "A Senhora da Água". Bem, pelo titulo denotamos logo que o filme foca-se numa dita senhora que por sinal está relacionada com a água. Até aqui nada de estranho, mas ao desenvolvermos mais a simples história reparamos que isto nao é bem assim. Ora bem, segundo Shyamalan, existe um "mundo paralelo" que em tempos esteve em parceria com os humanos mas que depois acabou devido à ignorância destes seres (o filme começa desta maneira). Enfim, para não estar a contar o filme... Ora, o que temos aqui?<BR/><BR/>Pois é! Isto é nada mais nada menos que um filme sobre mitologia! Bem, em relação ao filme, estava... eh... mais ou menos razoável. Melhor dizendo, apesar de a história ser super-interessante e de ter um bom elenco (Paul Giamatti fez um óptimo trabalho), peca nos efeitos especiais que são essenciais num filme deste género e nao só. Bem, eu nao queria dizer isto, mas se repararem bem, podem ver o microfone mal segurado em várias cenas! Sim! Não é apenas numa! É em várias!... Pois é... é o que dá quando o realizador está mais preocupado em representar do que realizar ou também porque o moçoilo que segura no bastão não tem ido ao ginásio.<BR/><BR/>Enfim, o filme é razoável como ja referi; não é propriamente um filme que uma pessoa deseje ver duas vezes (excepto os miúdos que veneram coisas fora do normal), é recomendável para ver em familia só porque os filhos querem ou porque a priminha mais nova quer e ou porque a sobrinhazita também quer. Mas se procuram mais diversão ou mais entertenimento, recomendo obviamente outra coisa. Conclusão: isto não é um dos melhores do realizador. Não é que esteja muito mal. Pronto, vê-se. Bem, assim esperamos pelo próximo conto de M. Night Shyamalan...
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Bom filme

n.d.

Ao contrário do que dizem os criticos, este é um filme que se deve ver obrigatoriamente! Para gostar deste filme deve-se deixar envolver pela magia que ele transmite. Um realizador que me fez lembrar alguns traços de Tim Burton. Só tenho uma questão, será que fui o único a reparar no microfone a meio do filme?
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Mágico...

Solange Soares

Um verdadeiro conto de fadas! Apesar de não agradar a alguns, que com pesadas críticas o deitam abaixo, Shyamalan transporta para este filme um imaginário que poucos (infelizmente) poderão entender. É um universo de sensações, guiadas por personagens ímpares, com uma banda sonora simplesmente magnífica e uma história de arrepiar, pensava eu, os mais cépticos. O que é a crítica, senão a ideologia de cada um? Se nos fóssemos guiar pela crítica de hoje em dia, metade dos filmes bons não os víamos. Ainda bem que o ser humano ainda consegue perpetuar a sua capacidade autónoma da livre decisão. "Lady In The Water" é dos filmes mais bonitos que já tive o prazer de admirar, impossível compará-lo a "Signs" ou "The Village", mas que é a crítica senão uma eterna comparação... Há que vê-lo esquecendo tudo o resto, e aí sim, abrem-se as portas para a magia.
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Um filme bonito

Rui Alexandre

Um conto de fadas em que os personagens são todos adultos, todos comuns nas suas pequenas excentricidades. Um conto de fadas que, obviamente, tocou a alguns e que não tocou noutros. Um filme bonito, capaz de me aquecer o coração e tornar a relembrar aquele brilho especial que as pequenas coisas do dia-a-dia comum tinham quando se era mais novo. Na rotina, desalento, solidão daquele homem aconteceu, numa noite como tantas outras, algo que se tornaria uma experiência mágica, capaz de influenciar o curso da história da Humanidade. Fez-me recordar aquele pensamento reconfortante de que "talvez as nossas feridas interiores um dia revelem um propósito positivo que ultrapasse todas as lágrimas derramadas". Nada ao acaso.
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