Oliver Stone, realizador e argumentista deste filme, usou a sua experiência como veterano da guerra do Vietname para criar um dos filmes mais realistas alguma vez feitos sobre o tema. O sucesso de "Platoon - Os Bravos do Pelotão" reside em parte nos inúmeros detalhes com os quais o espectador é bombardeado, quer a nível visual, quer a nível sonoro. Oliver Stone passou para a tela o calor, a humidade, os insectos da selva – e, acima de tudo, o medo que os soldados sentiam no Vietname. Os homens do pelotão cometiam, por vezes, actos heróicos. Mas o seu heroísmo não era motivado pelo idealismo ou pela lealdade ao seu país: era-o pelo terror, pelo desespero e por um intenso desejo de acabar rapidamente com aquela loucura. Para além da guerra que decorre no campo de batalha, Stone centra o filme à volta da luta entre o bem e o mal, personificados por dois sargentos do pelotão. Barnes (Tom Berenger) e Elias (Willem Dafoe) são ambos veteranos de guerra, mas têm maneiras muito diferentes de lidar com os soldados. Chris (Charlie Sheen) é um soldado que se vê encurralado na batalha entre os seus dois superiores hierárquicos. Oliver Stone levou toda a equipa até às Filipinas e rodou o filme em apenas 54 dias – uma proeza, se se considerar que o orçamento de que dispunha extremamente reduzido. Para surpresa de muitos, "Platoon" foi um enorme sucesso do público e da crítica, permanecendo ainda hoje um dos melhores exemplos de filmes sobre o Vietname.