...apenas um "hacker" de 19 anos, como "alguém" o terá apelidado? <br />O "malware" é o futuro? Uma "pedra no sapato" dos EUA? Tema muito sério, ao que parece "rigorosamente" elaborado e interpretado, que merece ver e... tornar a ver. Imprescindível.

Grande herói este jovem Snowden. <br />O Julien Assange é outro. Os meus maiores respeitos. Um filme excelente que nos faz entender de forma clara os meandros do big brother.

Fui ver o filme, porque achei o argumento muito interessante, actual e porque retratava uma situação verídica e inédita. <br />Gostei do filme. Descreve-nos de forma clara o que se passou com Edward Snowden, num estilo biográfico. Coloca-nos quase sempre a pertinente questão se Snowden agiu bem ou mal, se é um herói ou um traidor. E como funciona a NSA. <br />Estamos perante um bom filme, que foi realizado de forma competente, mas dada a natureza do filme, algo biográfica, não deslumbra nem se possa considerar um grande filme. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 15 valores a este filme.

Vivemos num autêntico big brother. E que ninguém tenha a ousadia de pensar que não é personagem deste "reality show", nem mesmo os mais old school que não frequentem as redes sociais ou os que de todo não utilizem internet ou telemóvel. De facto, nenhum de entre nós (quais "Zé Marias de Barrancos") escapa ao escortinio da espécie de "Teresa Guilherme" em que se transformaram os USA após o 11 de Setembro. E até já podiamos desconfiar de que estávamos a ser espiados pelo "buraco da fechadura", todavia, por certo, nem o mais psicótico do comum dos mortais terá imaginado uma conspiração à escala daquela que foi denunciada pelo Snowden (ex-agente da Agência de Segurança Nacional Americana - actualmente, exilado na Rússia -, que em 2013, revelou, através do jornal The Guardian, os documentos confidenciais que comprovam a existência de um megalomano programa de vigilância mundial levado a cabo pelos USA). <br /> <br />Este apatriado Snowden (herói para uns, traidor para outros), e a sua (nossa) história, cai que nem uma luva no militante de esquerda anti-sistema, Oliver Stone, que consegue transformá-lo num dos mais didácticos dramas bibiográficos dos últimos anos. Ou quiçá, apenas fiquei com tal percepção devido ao interesse/actualidade da temática abordada, bem como pela admiração que nutro pelo personagem que teve coragem de "deitar a sua vida às urtigas", alegadamente, por uma questão de altruismo (e faço esta ressalva porque, se quisesse ser completamente objectivo, teria de considerar que o realizador, como se não confiasse no nosso descernimento critico ou então por manifesta incapacidade de descentramento da sua parte, faz tábua rasa de um dos pressupostos base das obras cinematográficas desta natureza. a imparcialidade - quer por quase não efectuar qualquer referência ao contexto histórico que alegadamente serviu de justificação à adopção de tais medidas por parte do "policia do mundo", quer por não dar voz aos que consideram que o modus operandus do ex-agente americano serviu para ajudar os terroristas e, consequentemente, colocar em causa a paz à escala mundial). <br />Apesar deste handicap, esta obra agrada-me sobretudo devido a dois aspectos: a pericia em simplificar/tornar perceptivel para os espectadores a linguagem informática altamente complexa; e o modo como a narrativa se vai desmontando, demonstrando-nos que a espionagem que se escusa sob a capa do ataque ao terrorismo esconde um outro objectivo primordial, ou seja, a obtenção de informações sensiveis de Estado(s) com o objectivo de controlar económica e socialmente o mundo (expondo, deste modo, os USA como um perigosissimo terrorista económico). <br /> <br />E não seria justo se não mencionasse a imaculada interpretação de Joseph Gordon-Levitt, que se entrega ao papel dando-lhe uma credibilidade inquestionável (de tal modo, que quando o próprio Snowden surge, numa breve aparição, no final do filme ficamos, por breves instantes, na dúvida sobre qual dos individuos temos à nossa frente no ecrã).

Não sei se acrescenta algo mais ao filme documentário sobre E. Snowden de há um ano e meio, mas quem não viu, não deve perder este porque o tema é importante e indiscutivelmente actual.

É uma narrativa bem montada de um país, os EUA, que tenta fazer crer ao Mundo que são os melhores de todos os países, mas desmontada a verdade são iguais a muitos outros.