//
Tom na Quinta
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Tom (Xavier Dolan) é um jovem publicitário que chega a uma zona rural do Quebeque (Canadá), para assistir ao funeral de Guillaume, o namorado, que morreu dias antes num acidente de automóvel. Neste meio tão diferente do seu, ele percebe que a mãe de Guillaume ignora completamente a homossexualidade do filho e que nunca tinha ouvido falar de si. Esse segredo é mantido por Francis (Pierre-Yves Cardinal), o filho mais velho, um homem violento e homofóbico que está decidido a manter as aparências em prol da honra da sua família. Assim, durante o tempo passado naquele ambiente dominado pelo sofrimento, Tom é obrigado a menosprezar a sua própria dor, fazendo-se passar por um simples amigo. Mas a decisão de esconder quem na verdade é, obedecendo às regras de Francis, tem consequências aterradoras que irão ultrapassar todos os limites admissíveis e que farão dele a maior vítima daquela encenação.<br /> Quarta longa-metragem do jovem realizador-prodígio Xavier Dolan, um "thriller" psicológico que adapta a peça homónima do aclamado dramaturgo canadiano Michel Marc Bouchard. "Tom na Quinta" recebeu o Prémio Fipresci no Festival de Veneza e foi ainda apresentado na edição de 2014 do IndieLisboa. A banda sonora é da autoria do multi-premiado compositor libanês Gabriel Yared, responsável pela música de "O Paciente Inglês" (1996), "O Talentoso Mr. Ripley" (1999), "Cold Mountain" (2003) e "Um Caso Real" (2012), entre outros. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Tom na Quinta ou Bullying Homofóbico
Marcela Monte
Como é habitual, o agente de bullying, o Francis, foi, também ele, vítima de bullying (a relação com a mãe e a exclusão pelos outros habitantes da aldeia...). Além disso, parece ter medo dos seus eventuais instintos homossexuais, como é sugerido pela cena da dança ou pela posição das camas que, no princípio do filme, estavam separadas e, a meio, já estavam juntas (será auto-bullying?). Por outro lado, notam-se algumas tentativas de fazer amizade com o Tom, o que evidencia bastante insegurança, contrariamente ao que mostra quando exerce violência. É um filme que nos mantém suspensos do princípio ao fim e que proporciona reflexões interessantes.
Continuar a ler
4 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
<br /> Este é um daqueles “thrillers” psicológicos (se é que assim pode ser catalogado) que parte de um enredo simples (um jovem citadino - interpretado de modo imaculado pelo próprio realizador- dirige-se a uma zona rural do Canadá conservador para assistir ao funeral do seu namorado, vendo-se obrigado a esconder a natureza do relacionamento que mantinham, dado a família deste desconhecer a sua homossexualidade - mas, mesmo assim, a coisa tenderá a correr para o torto, uma vez que a mãe e o irmão da vítima não são flores que se cheirem) e vai construindo uma narrativa coesa sobre a perda e a capacidade de aceitação, repleta de tensão, suspense e pressão. <p> E se eu já (quase) idolatrava o Xavier Dolan (que tem apenas 25 anos), devido ao seu filme "Amores Imaginários" (2010), com esta obra fiquei completamente convicto de que "temos realizador" (e ao que consta a sua nova película, "Mommy", que estreou já este ano no festival de Cannes, é uma obra prima - que conquistou o prémio do juri, "ex aequo" com o consagrado Jean-Luc Godard). </p>
Continuar a ler
Tom na Quinta
António Lourenço
Excelente filme, o 4º de um realizador muito jovem e que se advinha um génio. <br />Aliando uma técnica cinematográfica muito criativa, em todos os grandes planos e enquadramentos, de rara beleza e densidade psicológica, como que devassando a alma, do interprete, gerando uma angustia real. Isto pontuado com uma banda sonora apropriada. Cinema do melhor!
Continuar a ler
Envie-nos a sua crítica
Submissão feita com sucesso!