Em mais do que um sentido, simultaneamente a obra mais revolucionária de Godard (e de Miéville), e a génese de boa parte do trabalho posterior do cineasta franco-suíço. Vastíssimo ensaio sobre a “sociedade mediática” nas suas mais diferentes repercussões (políticas, sociais, económicas, etc), "Six fois Deux" interroga profundamente o “poder das imagens” (sobretudo, televisivas) desmontando o seu grau de influência e manipulação sobre a vida quotidiana das sociedades contemporâneas. Uma obra que, por mais premente que fosse em 1976, continua hoje a fazer mais sentido do que nunca.

Texto: Cinemateca Portuguesa