Um dos filmes mais transparentes de Godard, no período que se inicia com a sua volta à distribuição comercial, em inícios dos anos 80. Usando como ponto de partida o esqueleto narrativo de "carmen", Godard reata com alguns dos seus filmes dos anos 60, como "Pierrot Le Fou", de que "Prénom Carmen" pode ser considerado como um longínquo remake. O uso da música clássica, tão marcante neste período do trabalho de Godard, tem neste filme uma forma peculiar: vários interlúdios, desligados da acção principal, em que o Quarteto Pratt interpreta trechos de alguns dos últimos quartetos de Beethoven. Texto: Cinemateca Portuguesa