Disse Júlio César, quando ainda jovem, que o nosso maior inimigo se esconde exactamente onde nunca o iríamos procurar. A personagem central deste filme é um jogador profissional que esteve na cadeia sete anos assumindo as culpas doutros. Numa versão muito curiosa do Conde de Monte Cristo, aprende segredos extraordinários com os vizinhos da solitária e graças a esses ensinamentos contrói um pé de meia. Aí decide tirar uma desforra daqueles que o tramaram, para ser logo apanhado numa teia de ilusões onde vai ficar bode expiatório da fúria de um grande tubarão do crime, que ninguém vê mas todos temem. Nada é o que parece, nem para ele nem para nós.<BR/><BR/>Admiravelmente dirigido por Guy Ritchie (e com um desempenho dos actores estupendo), este filme sem genéricos é um monumental "thriller" psicológico, colocando-nos com muita crueza no centro do mundo do crime, onde não há dó nem piedade. Há cenas difíceis de digerir, no fundo é uma história tenebrosa sobre o medo, e o que nos rimos durante este filme é um riso algo nervoso. Vale a pena, para quem aguentar.

O filme parece confuso e até parado, mas é envolvente, temos que prestar atenção a todos os segundos. O final é surpreendente. Eu adorei! Quando chega no final percebemos que é um filme excelente. Não se assustem se no meio não perceberem nada! Recomenda-se. Nota: 4.

Sendo uma grande admiradora de "Lock Stock..., Snatch", tinha que ir ver o filme "Revolver". Devo dizer que já tinha visto o "trailer" e criei uma grande expectativa à volta do filme. Simplesmente adorei. Não estava à espera de um "Snatch" mas acho que o Guy Ritchie se consegue superar cada vez mais. Acho que o Jason Statham interpretou a personagem de uma maneira muito fixe e estou ansiosa por voltar a ver o filme. Claro que o filme é de certo modo confuso e complexo mas não será este o mundo dos "esquemas"? Não entendo todas as críticas feitas ao filme, mas dou graças a Deus por não ter confiado nelas e ter ido ver o filme e estou muito contente por o ter feito.