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Mr. Turner

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Drama 150 min 2014 M/12 25/12/2014 GB

Título Original

Mr. Turner

Sinopse

<p><span style="color: #000000; line-height: 1.6em">Joseph Mallord William Turner nasceu em Londres (Inglaterra), em 1775, numa família modesta. Com um invulgar e surpreendente talento para o desenho e a pintura, viria a tornar-se um dos maiores vultos mundiais das artes plásticas. Mestre da pintura paisagística, tanto em óleo como em aguarela, foi responsável pela elevação do estatuto desta forma particular de arte. A sua produção era indissociável do fascínio pela cor e pela luz, traduzido em técnicas que seriam, anos mais tarde, retomadas pelos impressionistas. O mar e as tempestades eram temas de eleição de Turner, ao ponto de se ter amarrado ao </span><span style="color: #000000; line-height: 1.6em">mastro</span><span style="color: #000000; line-height: 1.6em"> de um barco para pintar um temporal. Mas o artista distinguiu-se também pela personalidade forte, excêntrica e obstinada. As elites do seu tempo votavam-lhe um misto de desprezo e de inevitável reconhecimento do seu génio indisciplinado. Morreu em 1851, aos 76 anos, na capital inglesa, depois de proferir a lendária frase "O </span><span style="color: #000000; line-height: 1.6em">s</span><span style="color: #000000; line-height: 1.6em">ol é Deus". Não deixou mulher nem descendência, mas deixou um legado imenso – até o Prémio Turner, o conceituado galardão britânico de arte, lhe deve o nome.</span><br /> <span style="color: #000000; line-height: 1.6em">Um "biopic" de Mike Leigh que reconstitui os últimos anos de vida de um dos mais importantes e influentes artistas britânicos, procurando "explorar o homem, o seu trabalho, as suas relações, o seu modo de vida", nas palavras do realizador. Leigh regressa assim aos filmes de época, depois de "Vera Drake" (2004). Para o papel principal, escolheu Timothy Spall, com quem trabalhara em ocasiões anteriores ("A Vida é Doce", "Segredos e Mentiras", "Topsy Turvy"). A sua interpretação do pintor romântico valeu-lhe a distinção de melhor actor do Festival de Cannes e da Academia Europeia de Cinema.</span><br /> <span style="color: #000000; line-height: 1.6em">PÚBLICO</span></p>

Críticas Ípsilon

Sem atrito

Luís Miguel Oliveira

Mike Leigh não é capaz de encontrar, na reconstituição dos tempos de Turner, a matéria e o atrito que enformam, sem esforço, os seus filmes contemporâneos.

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Retrato do artista enquanto urso

Jorge Mourinha

Uma interpretação extraordinária de Timothy Spall transporta um filme inteligente sobre as contradições entre o artista e a sua arte.

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Críticas dos leitores

Um hino à natureza

CMaria

Paisagens deslumbrantes que parecem intocadas, um verdadeiro hino à natureza. Quanto ao filme, tem aquele toque peculiar das séries de época inglesas que tão bem nos conseguem transportar no tempo. Quanto às pinturas que não são dadas a conhecer, a luz e o movimento são em alguns casos avassaladores.
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O sol é só para quem o sabe ver

Maria Oliveira

Tem graça que eu tenho uma opinião bastante diferente da maioria. Os traços "rudes e animalescos" do personagem Turner revelam uma desadaptação ao mundo hipócrita e superficial que o cerca. Ele não consegue seguir os preconceitos e a elegância exterior da sociedade, porque os seus olhos apenas se interessam pela essência da Natureza e das pessoas. Eu acho que os aspetos biográficos selecionados pelo realizador são os que melhor explicam a sublime visão de Turner. O resto seria banal.
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Decepção absoluta

João Vagos

O filme tem uma fotografia muito bem conseguida, que se identifica em certos momentos perfeitamente com as obras de Turner. A interpretação do Timothy Spall está... forte, penso que terá correspondido perfeitamente ao que o Mike Leigh pretendia. <br /> <br />Para mim o filme simplesmente não funcionou como eu esperava, porque não aprecio a visão do Mike Leigh relativamente ao Turner em aspectos para mim fundamentais. Possivelmente ele terá tido acesso a elementos biográficos mais completos, mas achei um absoluto exagero e uma falta de respeito à memória do William Turner o modo grotesco como Mike Leigh o retrata. <br /> <br />Sabemos que Turner não teria uma personalidade fácil, mas o modo como é retratado no filme é absolutamente animalesco. Repugnante. Grotesco, a fazer lembrar a boçalidade medieval. Não gostei de ver retratado assim um dos meus pintores preferidos, nem se Mike Leigh terá elementos biográficos que sustentem algumas das cenas que aparecem no filme. Se saíram apenas da "visão" de Mike Leigh, acho que são de uma tremenda falta de respeito para a memória de William Turner. <br /> <br />Não apreciei também a banda sonora, que na maioria das vezes não parece ter absolutamente nada a ver com o que se passa no ecrã. Nota-se logo no princípio, no regresso de Turner a casa. <br /> <br />Não achei também que a falta óbvia de uma construção biográfica mais completa sobretudo relativamente à juventude fosse uma mais-valia, pelo contrário. O filme é extremamente redutor enquanto elemento biográfico e centra-se muito mais na apresentação de um indivíduo grotesco, que contrasta completamente com a sensibilidade necessária para a criação das obras que o tornaram uma referência., e muito menos no processo criativo e no crescimento do Turner enquanto artista, que é praticamente inexistente. <br /> <br />Custa-me sinceramente a crer que o indivíduo repugnante e animalesco que nos é mostrado tivesse depois uma sensibilidade que lhe permitisse produzir as obras que Turner produziu. A meu ver isto desequilibra bastante o grau de credibilidade necessária relativamente ao que nos é apresentado no filme, pelo menos para quem, como eu, sempre apreciou a obra de Turner. <br /> <br />Sinceramente face às expectativas que tinha, foi uma grande decepção.
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2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

<p>Mike Leigh é um dos meus realizadores de eleição, na medida em que poucos captam como ele (de um modo realista e algo divertido) a essência e a vivência dos personagens dos subúrbios de classe média baixa das grandes urbes inglesas (e para o confirmar basta relembrarmos, por exemplo, o "Naked", "Segredos e Mentiras" ou "Happy Go Lucky"). </p><p>No entanto, com este "Mr. Turner" (um filme de época que versa sobre os últimos 25 anos de vida deste famoso pintor romântico inglês do inicio da era vitoriana, considerado um dos percursores do impressionismo e um vanguardista nos estudos sobre luz e cor), muda de registo (já o havia feito no passado com "Topsy-Turvy", um musical de má memória - a sua única obra que até à presente data não me havia agradado), e o resultado não é, infelizmente, positivo (embora tenha uma montagem impecável e seja detentor de uma arrebatadora beleza plástica), muito graças ao desinteressante argumento (de facto, os episódios de vida desta senhor "não interessam nem ao menino Jesus") - que, ainda por cima, é esticado até à exaustão, durante uns penosos 150 minutos. </p><p><br />Realçe-se, contudo, a excelente prestação do protagonista, Timothy Spall, que lá dá um bocadinho de "brilho à coisa".</p>
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O sol será Deus?

Tereza Knapic

O sol é Deus mas tanto um como outro estiveram ausentes de um filme que mais não é que um conjunto de imagens sem tessitura narrativa. Se a reconstituição histórica é notável e a interpretação também (a criada de Turner é notável na sua ausência enquanto pessoa), o resto não. Passa de um filme chatíssimo, sem fôlego, com imprecisões (ninguém rabisca em cadernos daquela maneira!), com uma exploração discutível sobre o lado "macacal" da feitura da pintura por parte de Turner e com uma ausência gritante do papel do mesmo enquanto aguarelista. a cena da morte é absolutamente entediante(ver alguém a arfar e a tossir durante 20 minutos é exasperante).Quanto a mim é um filme que não recomendo (e eu gosto particularmente da pintura de Turner).
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O sol será Deus?

Tereza Knapic

O sol é Deus mas tanto um como outro estiveram ausentes de um filme que mais não é que um conjunto de imagens sem tessitura narrativa. Se a reconstituição histórica é notável e a interpretação também (a criada de Turner é notável na sua ausência enquanto pessoa), o resto não. Passa de um filme chatíssimo, sem fôlego, com imprecisões (ninguém rabisca em cadernos daquela maneira!), com uma exploração discutível sobre o lado "macacal" da feitura da pintura por parte de Turner e com uma ausência gritante do papel do mesmo enquanto aguarelista. a cena da morte é absolutamente entediante(ver alguém a arfar e a tossir durante 20 minutos é exasperante).Quanto a mim é um filme que não recomendo (e eu gosto particularmente da pintura de Turner).
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Fabuloso

Nuno

Eu adorei. 5 estrelas. <br />Achei-o um pouco técnico demais. Para apreciar e compreender bem o filme é preciso ter alguns conhecimentos não só de Turner mas saber quem era um Constable ou um Lorrain. Só aí se percebem as discussões no filme.
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Feio, Porco e Mau

José Farinha

Filme mais focado no aspecto garguloide da personagem e da sua vida do que na sua arte. Esta transparece na forma de filmar. Subtil, mas desagradável.
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Filme inteligente

MCosta

Para além da qualidade que a própria vida e obra de Turner confere ao filme, é um exercício inteligente - coisa rara nos tempos que correm - para quem gosta de cinema e admira o tema e o artista.
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