Mal Nascida

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Drama 117 min 2007 M/18 09/10/2008 POR

Título Original

Sinopse

Lúcia (Anabela Moreira) é uma malnascida, uma mal-amada, a eterna viúva do seu pai. Enlouquecida, maltratada e humilhada, sobrevive enlutada com a lembrança do crime e da traição da mãe, grita a sua dor inconsolável para não dar descanso nem paz aos assassinos do pai. Vive na esperança desesperada do regresso do irmão para cumprir a promessa de vingar o sangue do pai. <br />Em "Mal Nascida", apresentado no Festival de Veneza, João Canijo volta, à semelhança do que fez em "Noite Escura", a basear-se nas tragédias clássicas (aqui o mito de Electra) para pintar o lado mais negro de Portugal. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Mal Nascida

Jorge Mourinha

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Noite escuríssima

Mário Jorge Torres

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Mal Nascida

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Imparcialidade

anónimo

<p>O Mário Torres e o Vasco Câmara dão, regra geral, 1 ou 2 estrelas à maioria dos filmes e neste dão 3. Olha, o filme é português. Será coincidência? Deve ser lol. Especialmente porque temos por cá grandes realizadores de cinema e grandes actores...</p>
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Trágico Português: Mal Nascida

Ana Sofia Couto

Aceita-se hoje a ideia (para a qual muito contribuíram os românticos quando definiram a singularidade da visão genial como critério do valor artístico) de que cabe à arte mostrar aquilo que as pessoas, na sua experiência quotidiana, não conseguem ver: a beleza, a complexidade das coisas a que nos habituámos, a fragilidade de certos valores e ideias, etc.. A julgar pelo filme mais recente de João Canijo, o Mal Nascida, parece existir, no caso de algum cinema português, a intenção de mostrar um Portugal que os Portugueses não conseguem ver devido a uma certa educação, a uma certa história. A mal nascida é aquela cuja vida constitui a perfeita antítese do sentido etimológico do seu nome: Lúcia. A vida de Lúcia nada tem de luminoso; a sua única alegria, diz a dada altura, é tratar da casa de Jusmino, o homem que ela, como mulher, não pode amar. Lúcia é, na verdade, uma criança que só se transforma em mulher entregando-se a uma relação incestuosa e matando a mãe; a sua condição trágica resulta, como no teatro grego, dos laços de sangue. Contudo, como já em cima sugeri, o filme de Canijo não consiste apenas na adaptação moderna de um mito grego; trata-se, com efeito, de uma adaptação a partir da qual é possível também tentar compreender o que é 'ser português' e perceber, deitando por terra uma certa ideia luminosa que a mitologia da saudade ajudou a tecer, quais os 'labirintos' desse 'ser português' (para utilizar a expressão que Eduardo Lourenço tornou célebre num conjunto de ensaios não menos célebre: O Labirinto da Saudade). Neste sentido, os objectos que permitem caracterizar as personagens pertencem ao simbólico. No caso da mãe de Lúcia, as imagens de Nossa Senhora, de muitas cores e tamanhos, traduzem claramente a transformação do sagrado em kitsch, o que aliás condiz bem com a ética sui generis que Evaristo tão bem descreve com a expressão 'Ai a puta da caridade'. Pelo contrário, as roupas simples de Lúcia mostram que a sua verdade não se mostra por ostensão. Mas disto não deve inferir-se que o Mal Nascida faz o elogio da integridade de Lúcia. A vida de Lúcia perdeu-se porque o passado não ficou resolvido e, em certo sentido, ela é o exemplo de como a fixação numa verdade - ou 'cena' - primitiva transforma a vida em sobrevivência.
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Estrelinhas ensossas

vitor pedrosa

Eu não vi este filme, fique já claro. Mas que fique também claro que as estrelinhas dadas pelos críticos não me servem de muito para saber se vou ou não ver este filme. Mas que género de critica e esta? O editor do jornal entrega aos críticos um questionário cujas perguntas são arrematadas com uns cinco quadradinhos que são preenchidos consoante a ponderação do crítico face ao filme? Qualquer coisa do tipo: fotografia: ah! duas estrelinhas; ritmo: ora bem... três estrelinhas nesta aqui! E depois fazem uma media final que da naquilo que vemos nestas paginas? Se a crítica de um filme esta reduzida a uma média de estrelinhas... acho que não preciso comentar mais... Eu também saio muitas vezes de uma sala de cinema sem palavras. Cheio de ideias, impressões e sensações que não consigo descrever. Mas nunca me imaginei virar-me para um amigo e dizer, eh pá, aquele filme, três estrelas e meia. Acho que não seria muito esclarecedor quanto a qualidade e conteúdo do filme.
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