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Fátima

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Drama 153 min 2017 M/12 27/04/2017 FRA, POR

Título Original

Fátima

Sinopse

No início de Maio de 2016, um grupo de 11 mulheres – composto pelas actrizes Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Vera Barreto, Teresa Madruga, Ana Bustorff, Teresa Tavares, Alexandra Rosa, Íris Macedo, Sara Norte e Márcia Breia – parte de Vinhais, em Trás-os-Montes, em peregrinação a Fátima. Durante nove dias, e ao longo de quatrocentos quilómetros, fazem o seu caminho individual, superando as adversidades com estoicismo, coragem e fé. 
 
Com realização de João Canijo – "Ganhar a Vida" (2001), "Noite Escura" (2004), "Mal Nascida" (2007), "Fantasia Lusitana" (2010), "Sangue do Meu Sangue" (2011) ou "É o Amor" (2012) –, um "road movie" semidocumental que tem como pano de fundo a relação entre mulheres e que tenta reflectir sobre as "coisas extremas que se podem fazer por necessidade de fé".

Segundo o realizador, o projecto iniciou-se com "um texto que foi construído ao longo de dois anos, porque as actrizes fizeram peregrinações reais que documentaram. E foi a partir dessa informação, dos incidentes e dos acidentes das várias peregrinações, que se chegou ao guião do filme", conta. Canijo explica também que "as actrizes estiveram em Vinhais para serem de Vinhais. As suas personagens têm vidas que elas viveram em Vinhais". PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Canijo: demasiados desvios em Fátima

Canijo parece estar a dizer-nos que o desafio não é a fé, é o caminho para lá chegar, mas não conseguimos deixar de pensar que em Fátima se deixou levar por demasiados desvios.

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11 actrizes à espera de um milagre

Vasco Câmara

João Canijo não se pronuncia sobre a fé que move as suas 11 personagens. Ele transporta-as. A fé de Canijo, em Fátima, é outra: que o filme apareça.

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Críticas dos leitores

Social pouco espiritual

Nuno Potes Cordovil

Considero um bom documentário sobre as vicissitudes do caminho mas uma caricatura com linguagem demasiado boçal e brejeira e com uma cena de um banho de puro e gratuito visionismo em que um grupo de mulheres mostra o sacrifício da caminhada de cerca de 400 km em nove dias, com os problemas relacionais que vão acontecendo ao longo do percurso. <br />Vendo apenas este filme não encontraria qualquer encanto ou desejo de efectuar uma peregrinação semelhante. <br />O texto não retrata de modo algum o clima de oração e espiritualidade que se alcança, tanto individual como a nível de grupo, numa experiência a sério deste género. <br />A cena da chegada ao Santuário, que é sempre emotiva mas um ponto importantíssimo no culminar de todo o sacrifício, não espelha suficientemente o climax com o agradecimento à Virgem pela ‘vitória’ de ter chegado e muito menos o recolhimento íntimo que se alcança neste momento em que a dor se sublima em alegria e bênção numa atitude de conversão. <br />Lamento pelo desaproveitamento da visão espiritual pois parece ter sido dado o enfoque apenas na gestão de problemas de interacção do grupo, numa perspectiva aliás bastante real e bem conseguida. <br />Poderá ser no entanto um belíssimo workshop sobre problemas de liderança e inter-relacionamento dentro de um grupo e servir de estudo de caso por possíveis organizadores deste tipo de eventos. <br />Teria sido muito melhorado se enriquecido por algum diálogo sobre a consciencialização de que o sacrifício pode ser encarado de um modo positivo, em proveito próprio ou de terceiros por quem se ofereça a Deus. <br />Recordei a minha Mãe que por mais de oitenta vezes fez a caminhada de Évora a Fátima, conduzindo com humildade e muita fé, algumas pessoas que ainda hoje sentem esse momento especial nas suas vidas.
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Fátima

Edite Santos

O nosso país é pequeno, mas com realidades diferentes. <br />Eu já fiz duas peregrinações diferentes (grupos diferentes), menos quilómetros, com organizações diferentes. Realmente é possivel que as pessoas falem como se expressaram no filme. <br />A única coisa em comum é o fim do filme.<br />Até a menina que guiava a camionete no fim tinha uma expressão linda. <br />Gostei do fim, mas achei longo. <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br />
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Filme autêntico

Cristina Freitas

O ser humano retratado na sua essência: simples e complexo. Sem filtros. Sentimos os conflitos, as lágrimas, as risadas, os olhares, os silêncios. Mulheres genuínas que amam, sofrem, erram e perdoam. Para quem está preocupado com a falta de "religiosidade" destas mulheres, a resposta está no fim do filme. Um final épico em que o perdão surge e comove o mais distraído espetador. Rita Blanco é a personagem. Maravilhoso!
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Fatima

Lucilia

Uma SECA...não era preciso tanto tempo....não gostei acho que foi muito longo...não era necessário...a ideia foi boa mas depois acho que foi demasiado tempo a explicar como é..depois também a sala não ajudou Amoreiras sala VIP uma Treta deviam ter vergonha . Amoreiras acordem não tem já condições para apresentarem Salas Vip!
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Fátima

Helio

Um verdadeiro horror com aquela atriz velhinha sem piada... Todo o filme é penoso.<br />Melhor dar esmola a um pobre com o dinheiro do cinema.<br />
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Fátima

Maria Varela

Dos piores filmes que tenho visto. <br />Uma vergonha em todos os aspectos, pela linguagem, falta de educação e de fé. É isto uma critica aos milhares de peregrinos para os denegrir? Se foi essa a intenção, então conseguiram.
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Fátima

João Cordeiro Dias

Efectivamente, tão penoso como uma promessa de joelhos. <br />Nem se percebe o que o realizador pretende. <br />Nem as mulheres de Vinhais ficam bem neste retrato injusto.
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Sangue, suor e lágrimas... ou onze mulheres à beira de um ataque de nervos

Luís GRACA

Mais penoso do que ir a Fátima a pé... Há quem tenha dito isso do filme. Na realidade, não é um filme sobre Fátima, as aparições, o culto mariano, a espiritualidade, a transcendência, a religião, a fé, etc. <p> Nada disso, é um filme sobre o sofrimento e a superação, sobre um grupo de 9 mulheres de Vinhais em peregrinação até Fátima, a pé, no mês de maio de 2016, são 430 km que têm de ser percorridos em 9 dias, à média de 47,777 km por dia... Violento: 5 km por hora, 10 horas por dia... (30 km por dia, em marcha normal, faziam os exércitos de Napoleão Bonaparte!). </p><p> Há uma carrinha e uma rulote de apoio, conduzidas por outras duas mulheres, avó e neta: as refeições, as dormidas, os cuidados básicos são efectuados "in loco"... O duche é quando calha, em locais fixos de apoio (bombeiros, etc.). </p><p> São duas horas e meia de filme, "on the road", na estrada, na versão mais curta, comercial, que estreou há dias nos cinemas: fui às Amoreiras ver o filme, anteontem, havia na sala 3 dezenas, se tanto, de espetadores, ou melhor de espetadoras: na realidade, os homens eram comigo, dois ou três...</p><p> É um filme sobre 11 mulheres e a caixinha de Pandora feminina... Podiam ser homens, mas o João Canijo tinha que fazer este filme com as suas atrizes favoritas... E que bem que elas estão, levando ao limite o seu profissionalismo: (i) estágio em Vinhais, de cerca de 3 meses, para captar o ambiente, trabalhar, viver, conviver, ouvir histórias, apanhar e aperfeiçoar o linguajar e o sotaque das gentes da terra; (ii) idas a Fátima, no "duro", em maiores ou menores percursos; (iii) teste pondo à prova a sua capacidade de resistência física e psicológica, e no limite a sua própria saúde e segurança... </p><p> Foram muitos meses de preparação e planeamento, dois meses de filmagens... É um filme português, de um conceituado realizador (João Canijo, nascido no Porto em 1957), de quem vi, e de que gostei muito, o “Sangue do meu sangue” (2011) (um grande filme que ficará na história do cinema português e europeu). </p><p> Pode faltar densidade sociológica e psicológica ao filme, mas a verdade é que não se pode contar a história de cada umas destas 11 mulheres, mesmo num longa-metragem de duas horas e meia... Quais são as suas motivações, os seus valores. as suas crenças, a sua matriz sociocultural ? O que as faz ir em peregrinação, a pé, de Vinhais, no nordeste transmontano, a Fátima, no centro do país, por estradas alcatroadas que não foram pensadas para peregrinos? </p><p> Mais do que a história de cada uma delas, o realizador quis centrar-se no grupo, na dinâmica de grupo, nas múltiplas interações que se estabelecem numa situação-limite como esta, incluindo a liderança, o conflito, o espírito de corpo, a cumplicidade, a solidariedade... a resiliência, a coragem. Ninguém quer ficar para trás, e todas querem provar que são capazes de chegar ao fim. Na paz como na guerra, ontem como hoje, a vida é isso mesmo: sangue, suor, lágrimas e...suspiros. </p><p> É um filme que os homens, e sobretudo os misóginos, vão ter dificuldade em ver. A menos que as vejam, a elas, apenas como "gajas"... Mas eu aconselho, vivamente, aos meus ex-camaradas de armas, que passaram, pelos teatros de operações de África, a ver o filme: quantas peregrinações a Fátima não fizemos nós ? E ali, "o sangue, suor e lágrimas" não era uma simples figura de retórica... tal como no filme, que é um filme de realismo radical (como alguém já lhe chamou). </p>
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Sangue, suor e lágrimas... ou onze mulheres à beira de um ataque de nervos

Luís GRACA

Mais penoso do que ir a Fátima a pé... Há quem tenha dito isso do filme. Na realidade, não é um filme sobre Fátima, as aparições, o culto mariano, a espiritualidade, a transcendência, a religião, a fé, etc. <p> Nada disso, é um filme sobre o sofrimento e a superação, sobre um grupo de 9 mulheres de Vinhais em peregrinação até Fátima, a pé, no mês de maio de 2016, são 430 km que têm de ser percorridos em 9 dias, à média de 47,777 km por dia... Violento: 5 km por hora, 10 horas por dia... (30 km por dia, em marcha normal, faziam os exércitos de Napoleão Bonaparte!). </p><p> Há uma carrinha e uma rulote de apoio, conduzidas por outras duas mulheres, avó e neta: as refeições, as dormidas, os cuidados básicos são efectuados "in loco"... O duche é quando calha, em locais fixos de apoio (bombeiros, etc.). </p><p> São duas horas e meia de filme, "on the road", na estrada, na versão mais curta, comercial, que estreou há dias nos cinemas: fui às Amoreiras ver o filme, anteontem, havia na sala 3 dezenas, se tanto, de espetadores, ou melhor de espetadoras: na realidade, os homens eram comigo, dois ou três...</p><p> É um filme sobre 11 mulheres e a caixinha de Pandora feminina... Podiam ser homens, mas o João Canijo tinha que fazer este filme com as suas atrizes favoritas... E que bem que elas estão, levando ao limite o seu profissionalismo: (i) estágio em Vinhais, de cerca de 3 meses, para captar o ambiente, trabalhar, viver, conviver, ouvir histórias, apanhar e aperfeiçoar o linguajar e o sotaque das gentes da terra; (ii) idas a Fátima, no "duro", em maiores ou menores percursos; (iii) teste pondo à prova a sua capacidade de resistência física e psicológica, e no limite a sua própria saúde e segurança... </p><p> Foram muitos meses de preparação e planeamento, dois meses de filmagens... É um filme português, de um conceituado realizador (João Canijo, nascido no Porto em 1957), de quem vi, e de que gostei muito, o “Sangue do meu sangue” (2011) (um grande filme que ficará na história do cinema português e europeu). </p><p> Pode faltar densidade sociológica e psicológica ao filme, mas a verdade é que não se pode contar a história de cada umas destas 11 mulheres, mesmo num longa-metragem de duas horas e meia... Quais são as suas motivações, os seus valores. as suas crenças, a sua matriz sociocultural ? O que as faz ir em peregrinação, a pé, de Vinhais, no nordeste transmontano, a Fátima, no centro do país, por estradas alcatroadas que não foram pensadas para peregrinos? </p><p> Mais do que a história de cada uma delas, o realizador quis centrar-se no grupo, na dinâmica de grupo, nas múltiplas interações que se estabelecem numa situação-limite como esta, incluindo a liderança, o conflito, o espírito de corpo, a cumplicidade, a solidariedade... a resiliência, a coragem. Ninguém quer ficar para trás, e todas querem provar que são capazes de chegar ao fim. Na paz como na guerra, ontem como hoje, a vida é isso mesmo: sangue, suor, lágrimas e...suspiros. </p><p> É um filme que os homens, e sobretudo os misóginos, vão ter dificuldade em ver. A menos que as vejam, a elas, apenas como "gajas"... Mas eu aconselho, vivamente, aos meus ex-camaradas de armas, que passaram, pelos teatros de operações de África, a ver o filme: quantas peregrinações a Fátima não fizemos nós ? E ali, "o sangue, suor e lágrimas" não era uma simples figura de retórica... tal como no filme, que é um filme de realismo radical (como alguém já lhe chamou). </p>
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4 estrelas

António Almeida

Subscrevo plenamente a opinião de José Miguel Costa (em 4/5/17). <br />Acresce que, tecnicamente, também o filme de João Canijo se apresenta muito bom, designadamente quanto ao som. Das actrizes, nem é preciso falar. Tudo a merecer 4 estrelas.
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