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3... Extremos
Título Original
Three... Extremes
Realizado por
Elenco
Sinopse
Uma trilogia de curtas-metragens asiáticas de terror, realizadas por três dos mais conceituados realizadores orientais: "Cut", de Park Chan-wook (Coreia do Sul), "Box", de Takashi Miike (Japão) e "Dumplings" de Fruit Chan (Hong Kong).<p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Incómodo, perturbante e existencial
Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
Talvez seja difícil de acreditar, mas é possível que um filme sádico, perverso, bizarro, extremamente gore, com três histórias incómodas e perturbantes sobre a inveja e a vingança, possa levantar importantes questões existenciais como: até onde conseguimos levar o nosso culto à juventude e à beleza? Até onde estamos dispostos a comprometer a nossa "bondade" para proteger os que amamos? Se formos responsáveis pelo sofrimento de outros devemos carregar com esse peso o resto da nossa vida? É o que acontece com "3... Extremos". Sem um claro fio de ligação, reúnem-se aqui três histórias de três realizadores asiáticos com o poder de despertar um conjunto de emoções de difícil digestão (os de estômago sensível nem vale a pena tentarem).<BR/><BR/>"Dumplings", do chinês Fruit Chan, é a mais extrema de todas e conta a história de uma já-não-tão-jovem actriz (Miriam Yeung) que, para reconquistar o seu marido, faz um pacto faustiano com uma cozinheira (Bai Ling), cujos bolos de massa cozida são famosos. Esta é uma versão de uma longa-metragem, com um fim distinto, cuja ideia grotesca (os bolos... acho que tão cedo não consigo ir jantar a um chinês...) é ampliada pela fotografia de Christopher Doyle ("2046" de Wong Kar Wai).<BR/><BR/>“Cut” de Park Chan-Wook (realizador de "Oldboy", 2003) é a melhor de todas. Um realizador (Lee Byung-Hun) fica, juntamente com a sua mulher, à mercê dos delírios de um figurante (Lim Won-Hee) que, invejoso do sucesso profissional e pessoal de Ryu, o obriga a fazer uma escolha que poderá comprometer não só a sua vida como o seu sistema de valores. O uso da sala fechada acrescenta tensão à diabólica maquinação, onde a luta psicológica de um homem contra si próprio é acompanhada de humilhação e tortura.<BR/><BR/>A última (neste caso, "the last" e "the least"), "Box", do realizador de "Uma Chamada Perdida" (2003), Miike Takashi, fala, sem muita novidade, da culpa. Uma jovem escritora (Kyoko Hasegawa) tem pesadelos que incluem ser enterrada viva e que estão ligados a uma dura história de infância. Belas e hipnotizantes imagens de neve decoram este conto de inveja e redenção. Quando saio de um filme destes não posso evitar pensar que tipo de mentes estranhas concebem estas histórias. E que mentes são estas que se dispõem a vê-las? Nota: 6/10.
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A ver
Ricardo Pestana
Estas três curtas-metragens são uma boa amostra daquilo que se faz na Ásia. Escolheram-se três realizadores, um japonês, Takashi Miike, um sul-coreano, Chan-wook Park e um chinês, Fruit Chan. Em primeiro lugar o desconhecido, Fruit Chan. Traz a história de uma mulher que, obcecada pela sua aparência, decide usar um método diferente: encontrar uma mulher que faz abortos e usar a carne dos fetos como um produto para a tornar mais nova. As imagens são repulsivas, mas é bem realizado e faz abrir o apetite de ver outros filmes deste cineasta. Chan-wook Park, o mestre por detrás da obra-prima "Oldboy" e do também excelente S"ympathy for Mr. Vengeance" traz de novo uma história de vingança: um extra de filmes vem a casa de um realizador aterrorizá-lo a ele e à sua mulher. As situações criadas são engraçadas e o filme é também violento mas desiludiu um pouco. Talvez depois de ver "Oldboy" pus as expectativas demasiado altas.<BR/><BR/>Quanto a Takashi Miike, traz-nos uma obra-prima que mostra a classe deste grande realizador que fez grandes filmes tais como "Audition". Só por esta curta vale a pena. Vão ver porque ficam a conhecer o que de melhor se faz na Ásia. Se gostarem destes filmes aconselho outros realizadores: Shinya Tsukamoto, Takashi Shimizu, Hideo Nakata, Ji-woon Kim, Ryuhei Kitamura e Kiyoshi Kurosawa e Tsui Hark.
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