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Um Profeta

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Crime, Drama 155 min 2009 M/16 31/12/2009 ITA, FRA

Título Original

Un Prophète

Sinopse

Malik El Djebena (Tahar Rahim), de 19 anos, é um pequeno delinquente que se vê condenado a seis anos numa prisão francesa. Árabe, analfabeto, de aparência frágil e desprotegida, Malik apenas pensa em sobreviver à violência de uma prisão dominada por César Luciani (Niels Arestrup), o líder de um poderoso gangue corso. <br />Mas os seis anos de cativeiro transformarão Malik: através da criação de laços, negócios e traições com o resto dos encarcerados, o jovem vai construindo uma nova identidade - a de chefe de uma nova organização criminosa.<br />O filme de Jacques Audiard ("De Tanto Bater o Meu Coração Parou", "Nos Meus Lábios" e "Um Herói Muito discreto") ganhou o Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes de 2009 e é o candidato francês ao Óscar de melhor filme estrangeiro.

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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Vasco Câmara

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Jorge Mourinha

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Malik the Knife

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Muito bom, Muito chocante

Joao Estrangeiro

A história de um preso francês “assimilado” de ascendência árabe que aprende a ser verdadeiramente criminoso a partir do momento em que entra na prisão. De dominado passa a dominador. As cenas e os personagens são de uma brutalidade chocante e de um primitivismo desconcertante. A não perder, se tiver coragem.
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Universidade do crime

Nazaré

El Djebena, literalmente sem ler nem escrever, vai parar a uma prisão para saber como é sobreviver e, depois, tirar partido das situações no submundo do crime. Entre um cortejo onde ele segue atrás e outro onde ele segue à frente, é toda uma evolução com os melhores "tutores". Encenações impecáveis, filmagem bem concebida, actores convincentes. Estamos _lá dentro_, e _dentro_ das situações. Este é cinema do bom, mais um óptimo produto duma vaga recente de cinema "vérité" francês que não pára de renovar-nos o gosto por ir ao cinema. Ao lado disto percebemos como os Estados Unidos são, por mais que nos habituemos, um país tão estranho. O primeiro Prison Break sabe a plástico. Mesmo se o preço disso for cenas bastante cruentas, prefiro. Vérité. Só tenho pena das personagens muito ao estilo das de banda desenhada. Demasiado a duas dimensões, mesmo o protagonista.
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Cinema Europeu de alta qualidade

S. Fialho

Este é um filme dos que considero valer a pena deslocar-se ao cinema, uma obra de arte que contribui para o renome do cinema europeu. Grandes interpretações do actor principal e actores secundários, uma trama espectacular, técnicas de filmagem originais. Sem dúvida, A NÃO PERDER!
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A prisão vista por Usain Bolt

Raúl Reis

“Un prophète” chega aos ecrãs com a chancela de um grande prémio do júri do festival de Cannes e a reputação de “enfant terrible” de Jacques Audiard. Dois elementos suficientes para assustar os cinéfilos que temem o excesso de intelectualidade e de pretensiosismo. Nada disso. O filme de Audiard é brilhante e nada aborrecido. Audiard prova ser capaz do melhor como do pior. “Un Prophète” é Audiard na sua melhor forma, é Audiard a fazer menos de dez segundos nos cem metros. Audiard a bater-se com Usain Bolt. Audiard a ser transferido por 90 milhões de euros para o Real Madrid. Aos 19 anos, condenado a seis anos de prisão, Malik El Djebena (Tahar Rahim) procura integrar-se no duro meio prisional. Rapidamente, o influente “gang” dos terroristas da Córsega assume a protecção o jovem Malik. A aproximação entre o jovem árabe e os corsos desagrada aos reclusos de origem árabe que consideram Malik um traidor. Malik vai aproveitar o tempo que passa na prisão para aprender a ler, estudar a língua corsa e, com a experiência e muita inteligência, aprender a ser um criminoso mais eficaz. Graças às suas ligações e influências no meio corso, e depois árabe e negro, Malik começa a preparar negócios ilegais que – fora dos muros da prisão – se desenvolvem rapidamente. Jacques Audiard assina um filme claustrofóbico, não só porque se passa numa prisão mas, sobretudo, porque os acontecimentos ocorrem num pequeno circuito fechado de criminosos. Na perspectiva do realizador, no universo carceral as forças da ordem têm um papel muito secundário. Este é o único defeito grave do argumento de “Un prophète”: a forma como os responsáveis da prisão têm uma influência mínima não é credível. O próprio Audiard explicou, durante o festival de Cannes, que vê a prisão como um prolongamento do que se passa no mundo exterior. Os reclusos batem-se por manter as suas quotas de mercado – seja da droga ou de outros – e acabam por gerir a aprtir das suas células o que se passa fora de muros. O realizador quis deixar bem claro que a passagem pela prisão não ajuda a reabilitação, sendo apenas uma fase difícil na sequência das actividades criminais. O filme passa a ser uma referência no género, para além de servir como metáfora da sociedade francesa, marcada por tensões sociais e uma violência crescente. Independentemente da mensagem que “Un prophète” pretende veicular, o trabalho de Jacques Audiard brilha pela forma vertiginosa como é filmado, com um virtuosismo raro e uma precisão extraordinária. Junta-se ao excelente trabalho de realização a grande revelação que é Tahar Rahim que, na sua estreia no cinema, interpreta sem falhas o papel principal. O seu contraponto é Niels Arestrup, um actor infalível nos filmes de Audiard, que encarna o chefe dos prisioneiros da Córsega. “Un prophète” dura duas horas e meia mas o tempo passa como se estivéssemos fora da prisão. Como se estivéssemos a assistir a uma corrida dos cem metros com Usain Bolt nos “starting blocks”.
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