Paris 13

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Comédia Dramática 95 min 2021 M/16 19/05/2022 FRA

Título Original

Les Olympiades, Paris 13e

Sinopse

Emilie (Lucie Zhang) vive num apartamento em Les Olympiades, situado na periferia de Paris. Quando percebe que o ordenado não chega para pagar as contas, decide pôr um anúncio para arrendar um quarto. É assim que conhece Camille (Makita Samba), um jovem professor a terminar um doutoramento, com quem se envolve romanticamente. Mas ele, que até aí apenas estava interessado em sexo, acaba por se enamorar de Nora (Noémie Merlant), uma colega que, por sua vez, se sente ligada a Amber (Jehnny Beth). “São personagens que não são aquilo que pensam ser. O mundo vai ensinar algo a cada um, como nos filmes do Rohmer: no fim, cada um encontra o seu lugar”, explica Jacques Audiard ("De Tanto Bater o Meu Coração Parou", "Um Profeta", "Ferrugem e Osso", “Os Irmãos Sisters”), que produz, escreve  e realiza este filme totalmente rodado a preto e branco. O argumento tem por base as novelas gráficas “Killing and Dying”, “Amber Sweet” e “Hawaiian Getaway”, do cartoonista Adrian Tomine. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Amor e precariedade num bairro olímpico

Luís Miguel Oliveira

Decepcionante este Paris 13, perguntamo-nos se alguma vez voltará o Jacques Audiard dos anos 2000.

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Críticas dos leitores

Les Olympiades, Paris 13e

Fernando Oliveira

Uma história fascinante sobre o confronto intimo entre o desejo dos personagens de amarem e serem amados, e o sentirem-se obrigados a “respirar” ao ritmo do mundo, um desajuste emocional que apenas lhe traz um tremendo desassossego. É a história - adaptada por Audiard com a ajuda de Céline Sciamma e Léa Mysius de uma banda desenhada criada por Adrian Tomine - de quatro personagens, três mulheres e um homem, que em interacções intensamente físicas vão aprender a lidar com as suas emoções, e cada um deles encontrar para si um lugar seguro, uma vida que não seja “instantes” sucessivos. Émilie (Lucie Zhang) trabalha num call center e procura alguém para partilhar o apartamento onde vive e que é da avó; calha-lhe Camille (Makita Samba), um professor de liceu, envolvem-se sexualmente, mas não passa disso; Nora (Noémie Merlant) é uma jovem mulher que regressa a universidade, é confundida com Amber Sweet (Jehnny Beth) uma performer sexual da net, a vergonha fá-la abandonar a escola; Nora procura emprego numa imobiliária que por acaso é gerida por Camille que fez uma interrupção no ensino. Nora e Camille envolvem-se, mas Émilie continua presente nesta história; Nora tem um segredo, a curiosidade fá-la “procurar” Amber, e a “insatisfação” que as habita vai aproximá-las. O filme é também um belo melodrama, que se deixa resvalar para um final feliz, onde até há um encontro que termina com um beijo belíssimo. Filmado num preto-e-branco luminoso, num território mostrado de uma forma que procura o realismo – Les Olympiades, no 13º bairro em Paris – esta insensatez romântica que habita os personagens eleva o filme para um lugar que tange a beleza dos amores que se contavam nos filmes de outros tempos. E isso é muito bonito. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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3 estrelas

José Miguel Costa

O realizador Jacques Audiard cativou-me através "De Tanto Bater Meu Coração Parou" (2005), arrebatou-me com o profundo "Um Profeta" (2009) e emocionou-me em "Ferrugem e Osso" (2012). Todavia, os seus filmes posteriores ("Deephane" - vencedor da palma de ouro do Festival de Cannes em 2015 - e o hollywoodesco "Os Irmãos Sisters") não me desencadearam quaisquer sentimentos dignos de registo, o que voltou a repetir-se com o recente "Paris 13".

Trata-se de um (simpático) drama romântico millennial, ambientado em Paris (mais concretamente no bairro de Olympiades, 13º distrito), dotado de um certo glamour dos seventies (que lhe é emprestado pela excelência da sua fotografia a preto-e-branco).
Insere-nos na dinâmica relacional de 3 jovens adultos solteiros (1 homem e duas mulheres), descendentes de uma certa classe burguesa sem identidade definida (com habilitações literárias, mas sem grandes recursos financeiros), que (alegadamente) não querem (ou não conseguem?) comprometer-se a nível amoroso (cingindo-se aos contactos carnais... múltiplos e descontraidos), nem com nada na vida.
Audiard apenas os observa com naturalidade, sem julgá-los. Mas, em simultâneo, tal também implica que acabe por ficar-se pela "superficie" e até pelo deja vu (o que apenas não se torna tão evidente devido à excelente performance do elenco, nomedamente do Makita Samba e Lucie Zhang).

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