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Emilia Pérez

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130 min 2024 M/14 14/11/2024 BEL, FRA

Título Original

Rita Moro Castro está cansada de ser usada pela firma de advogados onde trabalha para ajudar toda a espécie de delinquentes a contornar a lei e passar incólumes pelos seus crimes. Um dia recebe uma proposta tão inesperada quando irrecusável: fazer com que Juan Manitas Del Monte, um temível líder de um cartel de drogas mexicano, desapareça sem deixar rasto para que se possa tornar a mulher que sempre desejou ser. É assim que nasce Emilia Pérez, uma mulher poderosa que fará os possíveis para compensar todo o mal que fez.

Com assinatura de Jacques Audiard (De Tanto Bater o Meu Coração ParouUm ProfetaFerrugem e OssoOs Irmãos Sisters), um "thriller" musical cheio de humor sobre identidade e transformação. Emilia Pérez esteve em competição no Festival de Cinema de Cannes, onde o Prémio do Júri foi entregue a Audiard e o de melhor interpretação feminina ao quarteto formado por Karla Sofía Gascón, Zoe Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Emilia Pérez: um filme falhado e fascinante de Jacques Audiard

Jorge Mourinha

Pelo realizador de Um Profeta e De Tanto Bater o Meu Coração Parou, uma ópera cinematográfica, narcomelodrama musical sobre a redenção.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "Emilia Pérez" (coprodução franco-belga falada em espanhol) pescou-me no imediato através de dois iscos: o facto de ser dirigido e escrito por Jacques Audiard (de cujo currículo constam obras que me deliciaram no passado, nomeadamente, "De Tanto Bater Meu Coração Parou", "Um Profeta" e "Ferrugem e Osso"), bem como pela sua aclamação no Festival de Cannes com o Prémio do Júri e o Prémio de Melhor Actriz (atribuiído, numa decisão inédita, às suas quatro protagonistas - Zoe Saldaña, a transexual Karla Sofia Gascón, Selena Gomez e Adriana Paz).

Deste modo, dirigi-me à sala de cinema quase totalmente desinformado acerca do dito cujo, pelo que "morri" aquando da primeira canção (já que os musicais são o único género cinematográfico que efectivamente abomino). No entanto, apesar deste "handicap", estranhamente, não renego este filme, dado tratar-se de uma surreal epifania cinéfila (algo "almodóvariana"), na qual nada parece "encaixar" (desde a mescla de estilos de filmagem à aparente incompatibilidade de linguagens cinéfilas - para além da inconsistência dos ritmos), mas, simultaneamente, acaba por "conquistar" devido à estranheza resultante desta mesma fusão de "incongruências".

De facto, não é todos os dias que nos deparamos com uma espécie de thriller criminal musicado e dotado de uma narrativa melodramática (quase novelesca e polvilhada por um humor inusitado) com pretensões de critica social (ao nível das temáticas de identidade de género; violência sobre as mulheres; e desintegração da sociedade mexicana, fruto corrupção e violência dos gangs). E todo este aparato para relatar-nos a história de um violentíssimo narcotraficante mexicano que decide encenar a própria morte com o objectivo de assumir a sua feminilidade através da mudança de sexo.

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