Os Amantes Regulares

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Drama 178 min 2005 M/16 10/08/2006 FRA

Título Original

Les Amants Réguliers

Sinopse

François tem 20 anos em Maio de 1968, tempo de revoltas estudantis em França. Há cargas policiais sobre as barricadas construídas pelos jovens. É aí que pela primeira vez se cruza com Lilie, uma bela rapariga. François escreve, é um poeta não publicado, com os seus amigos, artistas e estudantes. São uma dezena, têm entre 20 e 25 anos: fumar haxixe, a descoberta do ópio, mudar a vida, as festas e as raparigas.

Lilie reaparece uma noite. O desejo de revolução é forte. Mais forte ainda o amor que vai nascer entre François e Lilie. Maio de 68 - o ano de 69 - Paris, a Europa, a juventude, tentações e perigos, tudo se mexe muito, ou demasiado rápido. A vida de um grupo - o seu fim - a revolução que se apaga... E o primeiro grande amor a morrer... "Os Amantes Regulares" é o último filme de Philippe Garrel. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Deixar o passado descansar

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Depois da falhada revolução estudantil de 68, um grupo de jovens retira-se para a mansão herdada por um deles. Aí, partilhando uma vida comunal, dão largas às suas artes, ao consumo de ao sdrogas eexo ocasional. No centro deste paraíso hippie está o poeta de 20 anos, François (Louis Garrel, "Ma Mère" de Christophe Honoré, 2004), e a jovem escultora Lilie (Clothide Hesme). O seu romance é vivido de forma distinta pelos dois jovens, ele romântico e ingénuo, ela pragmática e realista. A inércia boémia acaba por substituir o falso idealismo deste jovens. O desequilíbrio emocional e mental acaba por instalar-se na casa e a dissolução do grupo precipitará o final de um sonho. "Les Amants Réguliers" é um lento e extenuante passeio de três horas pelas memórias do cineasta Philippe Garrel sobre o Maio de 68. De carácter claramente autobiográfico, onde Louis Garrel desempenha o papel que teria sido o do seu pai, também não é arbitrária a presença de Maurice Garrel, pai do cineasta.<BR/><BR/>"Les Amants Réguliers" é um exercício nostálgico que saúda a Nouvelle Vague francesa nos seus aspectos mais estéticos. O preto e branco da fotografia de William Lubtchansky é, neste caso, quase literal, sem cinzentos que atenuem os ambientes escuros ou que amenizem a luz excessiva. Infelizmente, junta-se a isto um péssimo trabalho de legendagem, que impede a leitura da esmagadora parte dos diálogos. O filme "The Dreamers" (2003) de Bernardo Bertolucci (também protagonizado por Louis Garrel) resumia o Maio de 68 a sexo e beleza, mas a versão supostamente mais realista de Garrel é desesperadamente aborrecida e pretensiosa.<BR/><BR/>Sendo esta a realidade, então tudo não passou de um entretém para jovens da classe média sem nada melhor para fazer do que atirar uns quantos "cocktail" molotov e ficar a vê-los arder (lentamente) ao sabor do ópio (ainda mais lento). E com tanta boa música para "colorir" este filme, Garrel opta por um minimalismo onde a música, quando existe, parece estar a substituir emoções que deviam lá estar por outros meios.<BR/><BR/>E depois há a relação entre François e Lilie, cuja intensidade é mencionada em palavras, mas que as personagens (talvez dormentes de tudo o resto) parecem ser incapazes de transmitir. Entre olhares intensos e sorrisos tímidos somos forçados a completar o puzzle de esperança e desespero vividos por ambos. "Les Amants Réguliers" é um filme sobre oportunidades perdidas e a necessidade de dizer "adeus". Talvez Philippe Garrel tivesse feito melhor em deixar o passado, histórico e estético, descansar na sua (e nossa) memória. Nota: 4/10.
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Para quem gostou dos sonhadores

Lara Alice

Este poderia ser a continuação do filme de Bernardo Bertolucci "Os Sonhadores". Começa exactamente onde o primeiro acaba, com a revolução de 68 em Paris, e o actor principal - Phillipe Garrel - é o Theo do trio do filme de Bertolucci. A fotografia a preto e branco é bela, a banda sonora é mínima e reflecte a época hippie na perfeição, os actores quase sussurram um francês sempre bonito. O que mais me impressionou foi o fim inteligente do amor perfeito. A paixão não chega, os sonhos têm de se realizar, senão a alma morre, e sem ela, inevitavelmente, o amor termina.
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Três horas para quê?

PS

Só uma fotografia muito boa, (muito a meu gosto pelo menos) me levou a suportar três horas de projecção... Planos muito longos e poucas palavras. O texto está bom mas o que havia a dizer não precisava ser tão esticado. Filme de autor, mais para o autor e menos para o publico.
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Lento e longo

Luís Coelho

Este "Amantes Regulares" é um filme belo, alusivo a uma época conturbada: as revoltas liberais e estudantis do Maio de 68 em França. O filme faz um retrato fiel das revoltas, um retrato realista, fazendo-nos sentir a presença do nosso corpo na própria trama. Há, depois, todo um retrato de uma geração simultaneamente decadente e renovadora, uma geração que renovou o conceito de liberalismo, mas que se enchia de uma vida vazia e sem futuro. O filme é interessante por permitir vivenciar todas estas alegorias, mas é demasiadamente lento e longo, tornando-se maçudo; que o digam as várias dezenas de pessoas que vi abandonarem a sala do King onde o filme passava, ainda a meio da película.
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