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A Fronteira do Amanhecer
Título Original
La Frontière de l'Aube
Realizado por
Elenco
Sinopse
Carole é uma estrela de cinema que vive sozinha porque o marido a abandonou e partiu para Hollywood. Um fotógrafo, François, vai a sua casa fotografá-la para um jornal. Tornam-se amantes, amam-se na casa dela, num hotel, nos parques ao abrigo dos olhares dos outros. Mas Carole é uma mulher perturbada que dedica a François um amor louco. Quando Carole desaparece, ele envolve-se com outra mulher, que engravida e com quem ele tenta ter uma vida normal. Mas Carole não desapareceu por completo e as suas aparições continuarão a tingir a existência de François...
Filmado a preto e branco, Garrel justifica o seu uso pelas aparições do filme, pelos fantasmas. Já o tinha feito também em "Os Amantes Regulares", um mergulho no espírito do Maio de 68 (e também ele desse forma um filme sobre os fantasmas da revolução).
Filmado a preto e branco, Garrel justifica o seu uso pelas aparições do filme, pelos fantasmas. Já o tinha feito também em "Os Amantes Regulares", um mergulho no espírito do Maio de 68 (e também ele desse forma um filme sobre os fantasmas da revolução).
PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Nos limites do amor
Rui Rocha
Este filme de Philippe Garrel, aborda a temática do Amor com toda a sua problemática adjacente. A traição, o egoísmo, o egocentrismo, o individualismo, a demência, a possessividade e a obsessão são alguns dos aspectos retratados em que este "triângulo" amoroso se vê confrontado. É um filme emocionalmente denso, intenso e agoniante. Não deixa indiferente o espectador. O seu aspecto visual cru enquadra-se bem com a dureza da temática. Não sendo um filme antigo a escolha do preto e branco, do granulado da imagem e de pormenores nos fechos e transições dos planos levam-nos a imaginar outros tempos tão iguais como os de hoje. A importância do filme está no tema e não na sua temporização, pois o amor é intemporal. O poder que o verdadeiro amor tem fica bem vincado num final trágico e esperado onde o Amor é levado ao extremo. Não sendo uma obra-prima nem um clássico é sem dúvida uma boa experiência.
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