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O Amante de Um Dia

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Drama 76 min 2017 M/14 04/01/2018 FRA

Título Original

Sinopse

Quase 50 anos após a estreia de "Le Révélateur", o seu filme de estreia de 1968, Philippe Garrel regressa aos filmes para completar a sua chamada "trilogia do amor", iniciada em 2013 com "Ciúme" e continuada dois anos depois com "À Sombra das Mulheres". Centra-se em Gilles, um professor de filosofia interpretado por Ériv Caravaca que namora e vive com uma das suas alunas, Ariane (Louise Chevillotte). Tudo está bem até ao dia em que a filha de Gilles, Jeanne (Esther Garrel, filha do próprio realizador, além de irmã de Louis Garrel), da mesma idade de Ariane, vai morar com eles após acabar a relação em que estava.
Um drama romântico com apontamentos de comédia que foi originalmente apresentado em Portugal na edição de 2017 do Lisbon & Sintra Film Festival. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O pai, a filha e a namorada dele

Luís Miguel Oliveira

O Amante de um Dia é uma história que alia a maturidade do pai e a imaturidade das miúdas, e que se desenha a partir dessa oposição. É um filme magnífico.

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Críticas dos leitores

Um primor!

Gustavo Lutfi

Um filme tão feminino e delicado, um primor para um realizador homem. Opta pela estética preto e branco acertadamente, abre-se o palco para atores e elas, as atrizes, atuarem com o mesmo desejo que o filme provoca em nós. Um deleite.
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2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Philippe Garrel é um "clássico vivo" do cinema francês, que não precisa provar o que quer que seja a alguém no campo da cinematografia, não havendo cinéfilo que se preze que não lhe reconheça tal estatuto. Assim sendo, podia poupar-se (e poupar-nos) a fazer um determinado filme "só porque sim", como no caso do seu mais recente "O Amante de Um Dia", sem nada de novo e de substantivo para transmitir. <br />De facto, o minimalismo do enredo e da narrativa desta obra, que (sub)explora as temáticas do ciúme e possessividade, é quase constrangedor. Verdade que por muito pobre que seja ao nível do "conteúdo", acaba por compensar-nos de algum modo com os seus (sempre) belos planos de pessoas (sobretudo dos rostos) e de lugares "sem nada de especial" filmados num soturno preto e branco com a precisão/"poesia" de um artesão, todavia, isso não se constitui como suficiente (afinal, até já conhecemos esta sua mestria técnica). <br /> <br />Posto isto, resta-me revelar que o Garrel exibe-nos extractos da dinâmica relacional entre um homem de meia-idade e duas jovens (a sua namorada - e também aluna - e a filha, ambas com 23 anos) que vivem provisoriamente sob o mesmo tecto, após esta última ter retornado a casa em consequência do término da sua relação amorosa (mas, correndo o risco de ser spoiler - se é que tal conceito pode ser aplicado na ausência de "uma história propriamente dita" -, deixem que vos adverta, não vá dar-se o caso da criação de falsas expectativas perante este apelativo "ponto de partida", de que não existem grandes "desenvolvimentos" ... apenas algumas "tiradas" pseudo-filosóficas).
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O tempo que andou para trás.

João

Não é só do preto e branco: parece que o tempo andou para trás, e isso é interessante. Se não fossem os telemóveis, podia ser um filme dos anos setenta. A história, os amores e desamores, o desejo, tudo tão francês. Até os franceses. O tempo pode andar para trás? Pode, no cinema. Enfim, eu não sou um crítico de cinema, apenas digo o que me ocorre.
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O tempo que andou para trás.

João

Não é só do preto e branco: parece que o tempo andou para trás, e isso é interessante. Se não fossem os telemóveis, podia ser um filme dos anos setenta. A história, os amores e desamores, o desejo, tudo tão francês. Até os franceses. O tempo pode andar para trás? Pode, no cinema. Enfim, eu não sou um crítico de cinema, apenas digo o que me ocorre.
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