Klimt

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Drama 97 min 2006 M/12 22/06/2006 GB, FRA, ALE, Áustria

Título Original

Sinopse

Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

O mundo caleidoscópico de Klimt

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Reconhecido em Paris e condenado na Viena natal pelo carácter provocativo das suas obras, o trabalho de Gustav Klimt (1862-1918) é uma celebração da mulher e do erotismo. O filme de Raoul Ruiz sobre este artista, mais do que um biopic, tenta ser uma abordagem fiel à visão que o próprio Klimt tinha da Europa no final do século XIX, onde o erotismo da sua obra é contextualizado num tempo de liberdade sexual (e moral), e a sua luta pela emancipação face à arte oficial tem como pano de fundo um insinuante clima de anti-semitismo. Em 1918 Gustav Klimt (John Malkovich) está às portas da morte. Numa visita do seu amigo Egon Schiele (Nikolai Kinsky) - considerado um sucessor de Klimt -, tem início um "flashback" até à Exposição Universal de 1900 em Paris, onde Klimt recebe o grande prémio e onde encontra o mágico do cinema Méliès, uma misteriosa dançarina (Saffron Burrows) e a opressiva figura do Secretário de Estado (Stephen Dillane) que segue Klimt como uma sombra.<BR/><BR/>Ruiz constrói esta história como um caleidoscópio, marcado pelo mistério e pela paixão. O jogo visual da câmara, as suas movimentações, a deslocação dos cenários, o uso da luz, deformam a realidade, assumindo-se como uma interpretação. Da mesma forma que o próprio trabalho de Klimt (“Não é um quadro, é uma alegoria”), o filme debruça-se sobre a relação entre imagem e realidade, onde a dissimulação e o logro estão patentes.<BR/><BR/>O ecrã é uma tela onde Ruiz “pinta” eventos reais e faz uso de citações de contemporâneos de Klimt, expressando o temperamento efusivo e experimentalista deste precursor da Arte Nova através de símbolos (o “Secretário de Estado” surge como uma espécie de consciência sublimada).<BR/><BR/>Aos bons cenários e guarda-roupa, junta-se a fotografia de Ricardo Aronovich banhada em âmbar, que remete necessariamente para os trabalhos de Klimt. No entanto, o ritmo que se pretendia musical sofre pelos cortes na sala de montagem, criando cortes abruptos na narrativa que deixam uma sensação desconcertante de desapego à história e ao seu herói.<BR/><BR/>Malkovich é a escolha óbvia para o papel, que representa sem falhas. Infelizmente, esta opção impôs a condicionante do idioma inglês, para prejuízo do próprio filme, que se enche de uma mescla de sotaques que parecem ser inevitáveis neste tipo de produções europeias.<BR/><BR/>Apesar da força visual do filme, existe uma grande quantidade de diálogo (se compararmos com filmes como “Girl With a Pearl Earring” de Peter Webber, por exemplo), sobretudo no que toca a discussões de ordem filosófica. Mas é precisamente esta característica que melhor nos conduz ao tempo e espaço de um controverso artista com uma obra única. Nota: 6/10.
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Ai paciência! Ai coragem!

Nuno Ferreira

As cadeiras gastas e apertadas. O penetrante cheiro a naftalina do casal da fila da frente, metáfora da terceira idade nacional. Ao lado, o tipo que dorme (e ressona...). O suave movimento dos espectadores entediados por mais de duas horas de uma espécie de coisa nenhuma. "Klimt", o filme, é no fundo um "Branca de Neve" (a versão "zen" de João César Monteiro, bem entendido) dos tempos modernos: à inexistência de escuro na tela, os espectadores respondem num ensaiado uníssono, escurecendo o seu campo de visão, através do movimento das pálpebras no sentido "vou dormir". Confuso, entediante e vazio, "Klimt" é também um filme irresponsável: então mas lá se percebe que alguém, em consciência, atreva a realização de um produto que certamente não deixará indiferentes os níveis hepáticos dos espectadores? P.S.: John Malkovich, epá...
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Uma chatice

Maria Carmen Cunha

O filme é uma chatice, Klimt um pintor genial.
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