Golpe Quase Perfeito

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Drama, Comédia 115 min 2007 M/12 02/08/2007 EUA

Título Original

The Hoax

Sinopse

Em 1971, Clifford Irving tornou-se no homem mais célebre da América por ter conseguido um feito extraordinário e que se acreditava impossível. Modesto autor, conseguiu o exclusivo das memórias de Howard Hughes, que vivia recluso depois de uma vida de excentricidades. Subitamente, o gigante do cinema e da aviação, que não tinha qualquer contacto com o exterior, tinha confessado os seus segredos. Os editores lutaram por conseguir os direitos da obra. Irving quase que alcançou a fortuna não fosse tudo uma enorme mentira. O autor nunca tinha conhecido ou encontrado Hughes e, tendo inventado toda a história. Uma trama fascinante e baseada em factos reais, com Richard Gere no principal papel.<p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Golpe Quase Perfeito

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Falsificação romanceada

Nazaré

Quiseram fazer o filme da génese do famoso livro-fantasma, a 'Autobiografia de Howard Hughes'. Clifford Irving, o principal autor desta falsificação, terá na altura (1971-2)alinhado na ideia de com este livro "incomodar" o presidente Nixon, levando indirectamente ao escândalo Watergate. Trata-se assim dum momento da História norte-americana com muito significado, e como o Irving da vida real era vivo e gostava que hoje se fizesse coisa semelhante ao actual presidente, nada mais natural do que ser contratado como "consultor técnico". Ao que parece não para o consultarem, pois segundo ele o filme quando não inventa distorce, é uma falsificação. Ironias? O que se fica a perceber é que a verdade pouco interessa. Só se conta com aldrabices.<BR/><BR/>Mas o filme em si, o seu lado artístico, não está mal. Uma realização sóbria, um Richard Gere intenso, elenco e encenação impecáveis. E, mesmo sendo um argumento de ficção, dá-nos uma perpectiva curiosa da época e suas personagens, a meio caminho entre a II Guerra e a modernidade que conhecemos, e em concreto a do dealbar duma crise institucional na presidência dos States que se prolongou por toda a década de 70. Esta ficção inspirada na realidade, ao menos, é melhor que muitas ficções made in Hollywood que por aí passam. Não sei se a verdade segundo Irving daria um filme melhor.
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A verdade na mentira

RITA (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

THE HOAX<BR/>de Lasse Hallström<BR/><BR/><BR/>Clifford Irving (Richard Gere) é um ambicioso escritor cujo último manuscrito acabou de ser recusado pelos editores da McGraw-Hill, Andrea Tate (Hope Davis) e Shelton Fisher (Stanley Tucci). Como resposta, Irving oferece-lhes um projecto irrecusável, uma autobiografia autorizada do esquivo e excêntrico milionário Howard Hughes, que se recusava a falar com a imprensa há mais de uma década. O cepticismo inicial é ultrapassado pela perspectiva de um best-seller, e com um histórico adiantamento de meio milhão de dólares, Irving e o seu amigo e colega Dick Susskind (Alfred Molina) começam a montar a sua farsa. A necessidade de coerência e genuinidade leva-os a medidas extremas que incluem a falsificação de cartas e entrevistas, fotografar documentos oficiais e roubar ficheiros confidenciais. <BR/><BR/>“The Hoax” é baseado no livro homónimo da autoria do próprio Irving e conta a história verídica que ocorreu no início da década de 70 no contexto de uma América desequilibrada entre a guerra do Vietname e o presidente Nixon. Situado entre um “Shattered Glass” e um “Catch Me If You Can”, o filme de Lasse Hallström (“Casanova”, “The Shipping News”) não consegue ascender à intensidade de nenhum dos outros dois filmes, mas, à sua semelhança, cria em nós uma natural empatia pelo vigarista que retratam. <BR/><BR/>O argumento de William Wheeler ficciona algumas cenas com fins dramáticos, dando ainda uma forte relevância ao alegado empréstimo de fundos por parte de Hughes a Nixon, e que mantinham o presidente como um forte aliado da estratégia expansionista do milionário. De uma forma inteligente, somos colocados no cerne da luta de Irving pela sua reputação, pelo seu casamento com Edith (Marcia Gay Harden) e, em última instância, pela sua sanidade mental. Hallström ultrapassa o fio da realidade o suficiente para conseguirmos imaginar as vertigens de uma descontrolada espiral de mentira. <BR/><BR/>Richard Gere tem aqui talvez a sua melhor interpretação desde “Chicago”, mas isso não impede que seja relegado para a sombra em todas as cenas que partilha com um simultaneamente cómico e tocante Alfred Molina. Quanto a Hughes, foi inevitável visualizar os momentos finais da personagem que DiCaprio criou para “The Aviator” de Scorsese. <BR/><BR/>A única forma de sustentar uma mentira é acreditar totalmente nela. É certamente essa a base da experiência de ilusão que é o cinema. Mas às vezes o pior que pode acontecer quando queremos muito uma coisa é consegui-la. <BR/><BR/><BR/>7/10
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