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Casanova

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Romance, Drama 108 min 2005 M/12 23/03/2006 EUA

Título Original

Casanova

Sinopse

Casanova foi o mais extraordinário sedutor do mundo. Espadachim, mestre do disfarce, muito talentoso. Nenhuma mulher conseguia resistir ao seu infalível charme. Até agora. Pela primeira vez na vida, o lendário Casanova (Heath Ledger) está prestes a encontrar o seu par, a mais bela e fascinante veneziana, Francesca (Sienna Miller), que fez a única coisa que ele nunca pensou ser possível: recusá-lo. Após uma série de inteligentes esquemas e disfarces, ele consegue aproximar-se de Francesca. Mas Casanova está envolvido no mais perigoso jogo com que alguma vez se defrontou - que porá em risco não só a sua vida e reputação como também a sua única oportunidade de amor verdadeiro. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Divertimento mais-que-perfeito

Nazaré

A biografia do lendário Casanova fica para outra vez. Esta deliciosa comédia de equívocos, à base de identidades trocadas, numa Veneza galante, mascarada e libertina, usa Casanova como pretexto para outras coisas. E tem a leveza de tudo o que é feito com a mais refinada elegância, sem cair na superficialidade. Todos usamos máscaras, e até as personagens mais verdadeiras, talvez por o serem, têm necessidade de adoptarem uma (ou duas). A de Casanova cai, e Casanova deixa de ser Casanova. Então quem é (na vida real) o autor dos livros que assinou Casanova? Pouco importa, a personagem Casanova é que conta, é impessoal e intemporal. Por isso ela é importante. A omnipresente alusão sonora a Vivaldi e as multifacetadas homenagens ao teatro são toques marcantes e acrescentam muita substância ao filme - que, repita-se, embora leve, é denso! Elenco excelente, onde a expressividade de Sienna Miller é em geral muito bem aproveitada.
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Melhor do que esperava

João Salvado

Quando fui para ver este filme não fui com expectativas muito elevadas, pensava que toda a acção se iria centrar à volta de Casanova, mulheres e sexo. Mas saí do cinema com uma opinião muito positiva acerca do filme. Não tem sexo em demasia, nem se centra unicamente em quem eu pensava. É um filme extremamente divertido, caracteriza muito bem a época em que decorre, realçando dogmas ainda existentes na sociedade daquele tempo, mostra a acção da Inquisição, mas tudo de uma maneira agradável e divertida. Recomendo, não vão achar por mal gasto o preço do bilhete.
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Descontraído

HC

Quando entrei na sala de cinema levava a ideia de que iria assistir a mais um romance que quase termina em tragédia mas onde na última cena tudo se resolve. Levava a ideia de que seria mais um filme de época com guarda-roupas exuberantes, decotes apertados e saias intermináveis. O filme é mais cómico do que pensava. Mesmo assim, pensei que fosse um pouco melhor, menos "blockbuster"... Gostei sobretudo do cenário (a magnífica Veneza), do guarda-roupa e da sátira (nem sempre explícita) à então Igreja Católica (e Inquisição). É um filme descontraído, para ver com pipocas (mas sem fazer muito barulho).
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O prazer dos sentidos

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Pior do que ter ido ver "Casanova" no dia de estreia, é ter gostado do filme e ter-me divertido imenso. Não é uma coisa de que me orgulhe: este filme é uma comédia romântica passada em 1753, que anda à volta da troca de identidades, "à la" Shakespeare, e que é consideravelmente pirosa. Casanova (Heath Ledger) é um libertino sob o olhar curioso do Vaticano. Protegido pelo Doge de Veneza (Tim McInnerney de "Blackadder") que o aconselha a casar, Casanova escolhe a pura Victoria (Natalie Dormer), para mais tarde se encantar por Francesca Bruni (Sienna Miller), uma feminista prometida em casamento a um comerciante genovês que nunca viu, Papprizio (Oliver Platt). Mas a vida de Casanova complica-se ainda mais com a chegada do Bispo Pucci (Jeremy Irons num registo cómico refrescante), vindo do Vaticano para limpar Veneza das suas imoralidades, nomeadamente, do grande fornicador (esta palavra tem algo de profissional que me inquieta) Casanova.<BR/><BR/>Esqueçam a coerência ou credibilidade, ou mesmo a autenticidade histórica. Este não é um filme para levar a sério. Mas, vendo bem, muita coisa na vida também não o deve ser. Este filme é um apelo aos sentidos. A visão é deliciada com a fotografia de Oliver Stapleton e o guarda-roupa de Jenny Beavan. A beleza de cada cena é de tirar a respiração. Algo semelhante aos efeitos de Casanova sobre Victoria, uma sedutora virgem em pleno cio. A audição regala-se com a música de Alexandre Desplat. E a voz de Heath Ledger que, depois do duro sotaque em "Brokeback Mountain", tem a sensualidade de um ronronar aveludado.<BR/><BR/>Pois, dêem-me um Heath Ledger. E uma Sienna Miller, uma Lena Olin, um Oliver Platt e um Jeremy Irons (ah, e Omid Djalili como o criado de Casanova). Tudo isto em Veneza e o meu dia está feito. Uma vitória da forma sobre o conteúdo. Mas há dias em que é isso mesmo que é preciso: afogar o intelecto em puro prazer. Nota: 6/10.
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