O realizador sueco Lasse Hallström adapta o romance homónimo de Joanne Harris e faz de "Chocolate" uma fábula muito doce que gira em torno do...chocolate. Essa pasta tentadora, feita de cacau e açúcar, ganha aqui uma forte componente metafórica sobre a importância de desfrutar dos pequenos prazeres do quotidiano. A história desenrola-se no Inverno de 1959 e a heroína do filme é uma mulher misteriosa e muito especial: Vianne Rocher (Juliette Binoche). <br /> Vianne e a sua filha Anouk (Victoire Thivisol, a menina de "Ponette") chegam à pequena e conservadora cidade de Lansquenet, em França, empurradas pelo Vento do Norte e vestidas com uma capa vermelha semelhante à do "Capuchinho Vermelho" do conto infantil. Vianne abre uma loja de chocolates em plena época de Páscoa e as suas doçarias começam a despertar velhas esperanças e inesperadas emoções nos habitantes. O impacto é tal que os mais velhos encontram novamente a frescura de espírito, os casais resignados recuperam paixões e os vizinhos zangados tornam-se amigos. Mas, por outro lado, os sumptuosos e tentadores chocolates de Vianne vão também irritar o Conde de Reynaud (Alfred Molina), o "lobo mau" da comunidade, desafiar a "moral e bons costumes" e instalar em Lansquenet um conflito entre tradição e mudança. "Chocolate" recebeu cinco nomeações nos Óscares de 2001. Lasse Hallström foi nomeado para o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim. PÚBLICO