Estrada Perdida

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Drama, Thriller 135 min 1997 M/18 22/03/2001 EUA

Título Original

Lost Highway

Sinopse

Em "Estrada Perdida" o realizador David Lynch volta à sua obsessão pelo cinema experimental, com argumentos bizarros e inquietantes. Bill Pullman interpreta um músico de jazz que suspeita da infidelidade da sua mulher (Patricia Arquette). Quando esta é assassinada, ele torna-se o principal suspeito do crime. A partir daí o filme entra numa sucessão de interrogações, equívocos e enigmas, deixando o espectador suspenso, à espera de soluções que, ou não são óbvias, ou nem sequer existem. O primeiro grande sucesso de Lynch foi o extraordinário "O Homem Elefante" (1980). Com "Wild at Heart" o realizador ganhou, em 1990, a Palma de Ouro do Festival de Cannes, e com "Twin Peaks" (1992), série televisiva também exibida em Portugal, que foi depois adaptada ao cinema, Lynch tornou-se um autor de culto. <p> </p>PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

Conduzir ou não conduzir nesta auto-estrada perdida?

Carlos Vidal

Um clássico de Lynch com boas interpretações de Bill Pullman e Patricia Arquette. Misticísmos envolventes, conversas pessoais com fantasmas, emoções ao rubro. Um homem, uma mulher e uma relação. Desconfiança, obsessão, desespero, angústia, um volte-face ao virar da esquina da vida. Morte, caos, desordem, dor. Uma viajem ao âmago da alma na procura de respostas. Não é de espírito leve que se acolhe este filme nem tão-pouco se espere sair da sala de cinema com todas as respostas aos mistérios por ele lançados. David Lynch usa uma linguagem poética, pelo que as regras aqui não existem. Por isso, não esperem desligar as luzes do cérebro desde o genérico até às legendas finais porque o filme vos obriga a conduzi-lo numa auto-estrada perdida onde toda a atenção é pouca.<BR/><BR/>A falta de interacção a que uma grande fatia dos filmes trazidos por Hollywood nos obriga faz com que muita gente não esteja preparada para este tipo de cinema e que o critique destructivamente, muitas vezes por ignorância. Neste mundo metafórico, cada um pode indetificar-se à sua maneira com as sensações que o filme vai sugerindo e é essa a magia nos filmes de Lynch. É isso que o torna ímpar no mundo do cinema.<BR/><BR/>É certo que cada qual tem todo o direito de não se sentir minimamente seduzido pelo filme. Poderão não querer alinhar na lógica poética do autor. Mas meus amigos: desconfiança, obsessão, desespero, angústia, morte, caos, desordem, dor... Há que reconhecer que o filme tem muito para nos oferecer, independentemente do maior ou menor domínio sobre os seus segredos. A escolha é vossa.
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