Dune - Duna: Parte Dois
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Sinopse
Um épico interplanetário onde Timothée Chalamet dá vida ao jovem Paul Atreides, nascido numa sociedade feudal, onde várias casas nobres se digladiam para obter a especiaria melange, a mais preciosa substância encontrada no universo. Esse condimento alucinogénio, que apenas existe no planeta Arrakis – também conhecido como Dune pela sua imponente paisagem desértica –, é usado para estender a vida humana, fazer viagens interestelares e garantir, a quem a possuir, poderes sobre-humanos.
Nesta segunda parte, voltamos a seguir Paul, dado como morto pelos seus inimigos, quando se junta aos Fremen, um grupo de nativos capazes de sobreviver no deserto e aos gigantescos vermes de areia. Paul, que continua a ter visões e sonhos proféticos, vai adoptar o nome Muad'Dib e começar um duro treino para se vingar dos conspiradores que mataram o seu pai e destruíram tudo aquilo que conhecia. Com a ajuda de Stilgar (Javier Bardem) e de Chani (Zendaya), por quem está apaixonado, Paul Atreides torna-se o líder da rebelião que vai enfrentar corajosamente os Harkonnen.
Depois de, em 1984, David Lynch ter transformado em filme "Dune", a famosa obra de ficção científica escrita por Frank Herbert (1920-1986), a história foi reinventada em 2021 por Denis Villeneuve, que agora a completa com este filme.
Para além de Chalamet, Zendaya e Bardem, o filme volta a contar com a presença de Rebecca Ferguson, Stellan Skarsgård, Josh Brolin, Dave Bautista, Léa Seydoux, Florence Pugh e Christopher Walken, entre outros. A música é novamente da responsabilidade de Hans Zimmer, autor de algumas das mais icónicas bandas sonoras do cinema. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Dune - Duna: Parte Dois é como um divã
A segunda parte da adaptação de Frank Herbert pelo canadiano Denis Villeneuve é melhor e mais consistente do que a primeira. Injecta humanidade por entre o formalismo. Estreia-se quinta-feira.
Ler maisCríticas dos leitores
A saga continua
Carlos
É, para alguns, difícil de entender a arte e implicitamente o esforço que as equipes dos vários setores desta obra conseguiram imprimir. Um filme denso em que o drama se sobrepõe a forma como este clássico é apresentado.
O cinema quer-se assim longo, sem que as cenas se atropelem. Quer-se narrativo, que respeite minimamente a história, o drama que, infelizmente, não deixa de ser incondicionalmente contemporâneo. 10/10
Duna: parte dois
Fernando Oliveira
O tempo da história contada por Frank Herbert em “Duna”, livro publicado em 1965, é um futuro distante, vinte cinco milénios, um futuro tecnologicamente avançado mas onde o poder dominante é o da mente. É uma escrita complexa porque a narrativa cruza os jogos de força políticos e de guerra (pouco interessantes, a ideia de uma estratificação social baseada na idade medieval é sempre bastante ridícula num mundo onde as viagens interplanetárias são o comum, mas enfim as space operas tendem a “cair” para esse lado) com o confronto entre o humano e o divino, entre o que está destinado e que impede o livre-arbítrio e que por isso há parágrafos inteiros onde são descritos os pensamentos, as ideias, os conflitos íntimos das personagens.
David Lynch tentou a sua versão em 1984, desvirtuada ou não pelos produtores, é um filme falhado; com algum fascínio é certo, mas falhado. A escolha de Denis Villeneuve para realizar uma nova versão da história pareceu-me de alguma maneira certa: lembrei-me de “Arrival” e de “Blade Runner 2046”, filmes de que gosto muito, e juntar a sua queda para um formalismo “frio”, com a sua capacidade de tornar cenários “áridos” em ambiências com uma grandiosidade imagética deslumbrante pareciam certos para contar em imagens “Duna”.
É verdade que isto está tudo nestas duas partes do filme, mas o equilíbrio que teve de encontrar entre o ritmo “lento” da narrativa, e a necessidade de “encher” o ecrã com o catrapum-pum-pum exigido no Cinema de entretenimento de hoje causam um desfoque que nos “afasta para fora” dos dois filmes.
Gabamos a extraordinária construção visual de uma arquitectura de um mundo diferente de tudo o que já vimos, até engolimos o misticismo que encharca o filme, mas no fim ficamos com a sensação que falta o mais importante: gente na história.
(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com)
Banal, sem carisma, sem ponta de emoção
João Paulo
Definitivamente, um dos maiores flops dos últimos tempos: TC compõe um Paul Atreides banal, destituído de carisma e sem estados emocionais dignos de nota. No seu todo, salvam-se as componentes técnicas.
Como "obra de arte", resta apenas a obra porque, da arte, não se vislumbram mais do que resquícios. Não foi desta que Dune teve uma encenação, uma interpretação e uma representação dignas de nota. Medíocre, na melhor das hipóteses!
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